Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://ri.ufmt.br/handle/1/1146
Tipo documento: Dissertação
Título: A importância da intoxicação natural por Amorimia pubiflora (Malpighiacea) em bovinos no estado de Mato Grosso, reprodução experimental da intoxicação em ovinos e bovinos e indução e transferência de resistência a intoxicação por A. pubiflora em ovinos
Autor(es): Becker, Marciel
Orientador(a): Colodel, Edson Moleta
Membro da Banca: Colodel, Edson Moleta
Membro da Banca: Néspoli, Pedro Eduardo Brandini
Membro da Banca: Pimentel, Luciano da Anunciação
Resumo : Este trabalho relata aspectos epidemiológicos da intoxicação natural por Amorimia (=Mascagnia) pubiflora, (A. Juss.) W.R. Anderson em bovinos no município de Colniza, MT e a reprodução dessa intoxicação com administração de folhas jovens, coletadas em dois períodos do ano para ovinos e bovinos, da administração de folhas maduras e frutos para ovinos e investiga a indução e transferência de resistência às intoxicações por A. pubiflora em ovinos. A ocorrência de intoxicação por A. pubiflora foi constatada em visitas a fazendas nos anos de 2004, 2011 e 2012 através do quadro clínico patológico e da presença da planta nas pastagens. A intoxicação foi reproduzida em bovinos e ovinos; o início do quadro clínico ocorreu em média 8 horas após a administração da planta e a evolução clínica foi em torno de 4 horas, com fase final super aguda que variou de 3 a 21 min. As principais alterações clínicas encontradas foram taquicardia, evidenciação da jugular, tremores musculares, apatia e relutância à movimentação. Notou-se também taquipneia com respiração abdominal, decúbito esternal e rapidamente lateral ou quedas em decúbito lateral, opistótono, nistagmo e cianose de mucosa oral, seguidos de morte. As folhas jovens, independentemente do período da coleta, foram mais tóxicas; causaram a morte de ovinos a partir de 2g/kg e de um bovino que ingeriu 3g/kg. Já as folhas maduras revelaram-se tóxicas e causaram morte na dose de 20g/kg e a de frutificação ocasionou a morte de um ovino que ingeriu 5g/kg. Monofluoracetato de sódio (MFA) na concentração de 0,015% foi caracterizado como princípio tóxico relacionado à “morte súbita” das folhas em brotação de A. pubiflora. A resistência ao consumo foi induzida através de fornecimento durante 20 dias da dose de 0,5g/Kg/dia de A. pubiflora para um Grupo de Ovinos (G1-i) após o intervalo de 15 dias foi desafiado com a dose de 1g/kg durante 3 dias consecutivos. A avaliação da possibilidade de transferência de resistência foi realizada por transfaunação de líquido ruminal durante 10 dias com 100 ml de líquido ruminal de ovinos do GI pra outro grupo de ovinos (G2-t) que não teve contato prévio com A. pubiflora e posteriormente foi desafiado de forma similar ao G1-i. A resistência foi conferida através de monitoramento clínico, principalmente início dos sinais clínicos, frequência cardíaca, desfecho clínico e comparação com grupos controles (GC-1 e GC-2) os quais não passaram por fases de indução ou transfaunação, mas receberam doses tóxicas da planta. Os ovinos do G1-i e G2-t apresentaram sinais clínicos 58h±17h e 101h±51h após a administração da planta e a frequência cardíaca média foi de 83±11 e 84±13 batimentos por minuto (bpm), respectivamente. A frequência cardíaca de GC-1 foi de 126 bpm e o início dos sinais clínicos foi de aproximadamente 23h. Dos cinco ovinos transfaunados, 4 permaneceram vivos, enquanto todos do grupo controle morreram quando desafiados com 3g/Kg de folhas de A. pubiflora. Essa planta é tóxica, também, para ovinos em que o quadro clínico é similar ao descrito para bovinos. Os achados indicam que doses não tóxicas diárias de A. pubiflora (que contém 0,075mg/kg de MFA) induzem resistência e que a resistência pode ser transferida para não resistentes por transfaunação.
Resumo em lingua estrangeira: Epidemiological aspects of natural poisoning by Amorimia (=Mascagnia) pubiflora, (A. Juss.) W.R. Anderson, in cattle in the county of Colniza, Mato Grosso State, Brazil, and the experimental reproduction of the poisoning in cattle and sheep are described. Young leaves collected during two seasons were administered to sheep and cattle and mature leaves and fruits were administered to sheep and study investigates the induction and transfer of resistance to poisoning by A. pubiflora in sheep. The occurrence of poisoning by A. pubiflora was found in farm visits in 2004, 2011 and 2012 from clinical pathology and the presence of the plant in the pastures.. The poisoning was experimentally reproduced in cattle and sheep. The onset of clinical signs occurred in average 8 hours after administration of the plant and the clinical manifestation period was around 4 hours, with a superacute final phase which ranged from 3 to 21 min. The main clinical signs were tachycardia, engorment of the jugular veins, muscle trembling, apathy and reluctance to move, which were more evident especially when the animals were moved. The young leaves, independently of the collection period, were more toxic and caused death of sheep and cattle after ingestion of 2g/kg and 3g/kg, respectively. Mature leaves caused death at the dose of 20g/kg and the fruits at 5g/kg. Young leaves of A. pubiflora contained 0,015% of sodium monofluoracetate, which is responsible for clinical signs of “sudden death”. The resistance to consumption was induced by daily during 20 days at a dose of 0.5 g / kg A. pubiflora for a Group of Sheep (G1-i)after an interval of 15 days were challenged with a dose of 1g/kg for 3 consecutive days. Evaluation the possibility of transfer of resistance with transfaunation of rumen fluid from G1-i to a group of sheep (G2-t) who had no prior contact with A. pubiflora and subsequently challenged similarly to G1-i. The resistance was conferred by clinical monitoring, particularly onset of clinical signs, heart rate, and clinical outcome compared to control groups (GC-1 and GC-2) which have not gone through phases of induction or transfaunation but received dosage toxic plant. Sheep from G1-i and G2-t showed clinical signs ± 58h 17h 51h ± and 101H, respectively, after administration of the plant, the average heart rate was 83 ± 11 and 84 ± 13 beats per minute (bpm), respectively, while the heart rate of GC-1 was 126 bpm and the onset of clinical signs was approximately 23h. Of the five transfaunation recipient sheep, 4 remained alive while all of the control group died when challenged with 3g/kg of leaves of A. pubiflora. The plant is toxic also for sheep causing a clinical picture similar to that reported in cattle poisoned by monofluoracetate-containing plants and The findings indicate that nontoxic doses daily of A. pubiflora (0.075 mg / kg AFM) induce resistance and the resistance can be transmitted by not resistant to transfaunation.
Palavra-chave: Amorimia pubiflora
Mascagnia pubiflora
Micriobiota ruminal
Monofluoroacetato
Morte súbita
Plantas tóxicas
Ovino
Palavra-chave em lingua estrangeira: Amorimia pubiflora
Mascagnia pubiflora
Monofluoracetate
Toxic plants
Sudden death
Sheep
CNPq: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::MEDICINA VETERINARIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
Sigla da instituição: UFMT CUC - Cuiabá
Departamento: Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia (FAMEVZ)
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Referência: BECKER, Marciel. A importância da intoxicação natural por Amorimia pubiflora (Malpighiacea) em bovinos no estado de Mato Grosso, reprodução experimental da intoxicação em ovinos e bovinos e indução e transferência de resistência a intoxicação por A. pubiflora em ovinos. 2013. 72 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias) - Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia, Cuiabá, 2013.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://ri.ufmt.br/handle/1/1146
Data defesa documento: 28-Mar-2013
Aparece na(s) coleção(ções):CUC - FAMEVZ - PPGVET - Dissertações de mestrado

Arquivos deste item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DISS_2013_Marciel Becker.pdf1.66 MBAdobe PDFVer/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.