Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://ri.ufmt.br/handle/1/1693
Tipo documento: Dissertação
Título: Negócio de carbono e povos indígenas na amazônia : riscos interculturais, biocolonialidade e o direito ao diálogo de saberes socioambientais
Autor(es): Novaes Sobrinho, Lafayette Garcia
Orientador(a): Irigaray, Carlos Teodoro José Hugueney
Membro da Banca: Irigaray, Carlos Teodoro José Hugueney
Membro da Banca: Dantas, Fernando Antonio de Carvalho
Membro da Banca: Silva, Carmem Lucia da
Resumo : O negócio de carbono é uma alternativa de renda para os povos indígenas amazônicos. Por ser um instrumento econômico ocidental, este negócio oferece riscos interculturais aos povos indígenas. O estudo analisa estes riscos no contexto dos direitos culturais dos povos indígenas. Para tanto, apresenta a visão dos povos indígenas amazônicos sobre o negócio de carbono e o direito à identidade cultural. Compara a noção de natureza na visão indígena (Mãe) e com a noção de natureza na visão ocidental (recursos naturais). Aponta a dominação como base do saber ocidental e a cooperação como base do saber indígena. Estes conflitantes modos de conhecer exigem uma nova racionalidade. A ecologia de saberes de Boaventura de Sousa Santos é apresentada como o método de construção de um novo saber: a racionalidade ambiental. O modo de conhecer baseado no diálogo de saberes. Disto surge a proposta de um novo modo de conviver, que se baseia no diálogo entre as culturas, no direito de conviver com a diferença. Convivência que não teme o risco intercultural de miscigenação, porque se funda no direito de viver a diferença, de viver a diversidade cultural. A interculturalidade vista como condição humana. Uma insustentável leveza das culturas, inevitavelmente sujeitas aos riscos interculturais, ou seja, sujeitas à confusão de horizontes. A diversidade, enquanto direito humano, revela um novo mundo. Uno e diverso, ao mesmo tempo. Plural como os sabores (as experiências). Fluído como as fronteiras (as perspectivas). O direito a uma vida integral, ou seja, sem fragmentação, sem reducionismos anestesiantes. O direito à libertação do humano e da natureza através do cultivo da sensibilidade. Porque só o reconhecimento da dignidade da natureza, do corpo garante a dignidade humana.
Resumo em lingua estrangeira: The business of carbon is an alternative income for the Amazonian indigenous people. Being a Western economic instrument, this business offers intercultural risks to the indigenous people. The study analyzes these risks in the context of the cultural rights of indigenous people. It presents the business of carbon and the right to cultural identity from the Amazonian indigenous people´s viewpoint. It also compares the notion of nature in the indigenous viewpoint (Mother) and in the Western perspective (natural resources). It points dominance as the basis of the Western knowledge and cooperation as the basis of indigenous knowledge. These conflicting ways of knowing require a new rationality. Boaventura de Sousa Santos´ ecology of knowledge is presented as the method of constructing a new knowledge: environmental rationality, which is the way of knowing based on the dialogue of knowledge. From this comes the proposal of a new way of living based on dialogue between cultures as well as the right to experience the difference. This coexistence does not fear the risk of cultural miscegenation as it is based on the right to experience the difference and the cultural diversity. Interculturality is seen as a human condition. An unbearable lightness of cultures, inevitably subjected to the intercultural risks, that is, subjected to the confusion of horizons. Diversity, as a human right, discloses a new world, unique and diverse at the same time, plural as the flavors (experiences), fluid as the borders (the prospects). The right to a full life, ie, without fragmentation, without numbing reductionism. The right to nature and human freedom through the growth of sensitivity. Because only the recognition of the nature´s dignity and the body guarantees human dignity.
Palavra-chave: Direito agroambiental
Diálogo de saberes
Negócio de carbono
Povos indígenas
Riscos interculturais
Palavra-chave em lingua estrangeira: Agri environmental right
Dialogue of knowledge
Business carbon
Indigenous people
Intercultural risks
CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
Sigla da instituição: UFMT CUC - Cuiabá
Departamento: Faculdade de Direito (FD)
Programa: Programa de Pós-Graduação em Direito
Referência: NOVAES SOBRINHO, Lafayette Garcia. Negócio de carbono e povos indígenas na amazônia: riscos interculturais, biocolonialidade e o direito ao diálogo de saberes socioambientais. 2011. 109 f. Dissertação (Mestrado em Direito Agroambiental) - Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Direito, Cuiabá, 2011.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://ri.ufmt.br/handle/1/1693
Data defesa documento: 21-Dec-2011
Aparece na(s) coleção(ções):CUC - FD - PPGD - Dissertações de mestrado

Arquivos deste item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DISS_2011_Lafayette Garcia Novaes Sobrinho.pdf722.02 kBAdobe PDFVer/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.