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Tipo documento: Tese
Título: Nossos corpos não são mais os mesmos : narrativas de mulheres trans e travestis sobre o processo de envelhecimento
Autor(es): Lima, Ana Paola de Souza
Orientador(a): Jesus, Danie Marcelo de
Membro da Banca: Jesus, Danie Marcelo de
Membro da Banca: Ribeiro, Renilson Rosa
Membro da Banca: Mendes, Luís César Castrillon
Membro da Banca: Araujo, Rubenilson Pereira de
Membro da Banca: Moreira, Amara Rodovalho Fernandes
Resumo : As vivências de mulheres trans e travestis desencadeiam uma série de análises acerca do binarismo de gênero homem/mulher, uma vez que sua materialização ocorre por meio da construção de uma imagem que destoa da imagem da feminilidade imposta pelo discurso hetero-cis-normativo. Outrossim, a categoria geracional velhice, igualmente, insere-se em um campo minado por discursos orientados por binarismos outros como saudável/prejudicial; digno/indigno; certo/errado; belo/feio. Essa pesquisa de doutorado, portanto, visa analisar narrativas acerca do processo de envelhecimento de mulheres trans e travestis, com os objetivos de a) compreender como as travestis/mulheres trans constroem sentidos acerca de si, sejam elas idosas ou não; b) entender como as mulheres trans/travestis percebem/significam o seu processo de envelhecimento; c) assimilar como as mulheres trans/travestis articulam as noções de gênero e envelhecimento na sua construção identitária. As perguntas que nortearam esse estudo foram: 1. Como as travestis/mulheres trans significam o seu processo de envelhecimento?; e, 2. De que maneira as violências sofridas pelas travestis/mulheres trans em suas trajetórias são determinantes/marcadores do início do seu processo de envelhecimento? Para tanto, lancei mão da pesquisa qualitativa-interpretativista (FLICK, 2009; KING; HORROCKS, 2010; DENZIN; LINCOLN, 2006), uma vez que ela não constitui-se em outro binarismo – certo/errado, mas apoia-se na leitura de um determinado contexto a partir das lentes de um dado investigador. A entrevista narrativa foi a principal ferramenta constituída por meio de perguntas abertas. Os resultados indicam que o processo de envelhecimento das sujeitas em referência não se fixa em uma idade cronológica, de igual modo, sofre influências das inúmeras formas de violência enfrentadas pelas mulheres trans e travestis nas ruas.
Resumo em lingua estrangeira: ABSTRACT The experiences of trans women and transvestites trigger a series of analysis about the gender binarism male/female, since their materialization occurs through the construction of an image which distorts the image of femininity imposed by the hetero-cis-normative discourse. Moreover, the age-old generational category, likewise inserts itself in a field undermined by discourses guided by other binarisms as healthy/harmful; worthy/unworthy; right/wrong; beautiful/ugly, youth/elderly. This doctoral research, therefore, aims to analyze narratives about the aging process of trans women and transvestites, with the objectives of: a) understand how travestites/trans women construct meanings about themselves, whether they are elderly or not; b) understand how travestites/trans women perceive/signify their aging process; c) assimilate how travestites/trans women articulate the notions of gender and aging in their identity construction. The questions that guided this study were: 1. How do travestites/trans women mean their aging process? and, 2. In what ways do the violence suffered by travestites/trans women, in their trajectories, determine the markers of the onset of their aging process? For that, I used qualitative-interpretative research (FLICK, 2009, KING; HORROCKS, 2010; DENZIN; LINCOLN, 2006) since it does not constitute another binarism - right / wrong, but it supports in a given context from the lens of a given researcher. The narrative interview was the main tool, organized as open questions. The results show the aging process of trans women and travestities is not based on a chronological age, and also, it suffers influence of a variety of manners of violence faced by them.
RESUMEN Las vivencias de mujeres trans y travestis desencadenan una serie de análisis acerca del binarismo de género hombre / mujer, una vez que su materialización ocurre por medio de la construcción de una imagen que desentona de la imagen de la feminidad impuesta por el discurso hetero-cis-normativo. Asimismo, la categoría generacional vejez, igualmente, se inserta en un campo minado por discursos orientados por binarismos otros como sano / perjudicial; digno / indigno; correcto / incorrecto; bonito / feo. Esta investigación de doctorado, por lo tanto, busca analizar narrativas acerca del proceso de envejecimiento de mujeres trans y travestis, con los objetivos de a) comprender cómo las travestis / mujeres trans construyen sentidos acerca de sí, sean ancianas o no; b) entender cómo las mujeres trans / travestis perciben / significan su proceso de envejecimiento; c) asimilarse como las mujeres trans /travestis articulan las nociones de género y envejecimiento en su construcción identitaria. Las preguntas que guiaron este estudio fueron: 1. ¿Cómo las travestis / mujeres trans significan su proceso de envejecimiento?; y 2. ¿De qué manera las violencias sufridas por las travestis / mujeres trans en sus trayectorias son determinantes / marcadores del inicio de su proceso de envejecimiento? Por lo tanto, renuncié la investigación cualitativa-interpretativista (FLICK, 2009; KING; HORROCKS, 2010; DENZIN; LINCOLN, 2006), una vez que no se constituye en otro binarismo, correcto / equivocado, pero se apoya en la lectura de un determinado contexto a partir de las lentes de un investigador. El cuestionario tuvo por delimitador la entrevista narrativa, por medio de preguntas abiertas. Los resultados indican que el proceso de envejecimiento no se fija a una edad cronológica, de igual modo, sufre influencias de las innumerables formas de violencia enfrentadas por las mujeres trans y travestis en las calles.
Palavra-chave: Mulheres trans e travestis
Transgêneras
Envelhecimento
Velhice
Discurso
Palavra-chave em lingua estrangeira: Travestites and trans women
Transgenders
Aging
Elderly
Discourse
CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
Sigla da instituição: UFMT CUC - Cuiabá
Departamento: Instituto de Linguagens (IL)
Programa: Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem
Referência: LIMA, Ana Paola de Souza. Nossos corpos não são mais os mesmos: narrativas de mulheres trans e travestis sobre o processo de envelhecimento. 2019. 145 f. Tese (Doutorado em Estudos de Linguagem) - Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Linguagens, Cuiabá, 2019.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://ri.ufmt.br/handle/1/1965
Data defesa documento: 28-Jan-2019
Aparece na(s) coleção(ções):CUC - IL - PPGEL - Teses de doutorado

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