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Tipo documento: Dissertação
Título: Fatores psicossociais e laborais associados ao risco de suicídio entre enfermeiros e médicos da área hospitalar
Autor(es): Freire, Fernanda de Oliveira
Orientador(a): Marcon, Samira Reschetti
Coorientador: Espinosa, Mariano Martínez
Membro da Banca: Marcon, Samira Reschetti
Membro da Banca: Reiners, Annelita Almeida Oliveira
Membro da Banca: Baptista, Makilim Nunes
Resumo : Objetivo: analisar os fatores psicossociais e laborais associados ao risco de suicídio entre enfermeiros e médicos da área hospitalar. Método: estudo transversal, desenvolvido em um Hospital Universitário de Cuiabá- MT, com 216 profissionais da saúde, entre os meses de julho e setembro de 2018. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram questionário com variáveis sociodemográficas, econômicas, laborais e de comportamento suicida; o Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI) que avaliou o risco de suicídio; Teste de Triagem do Envolvimento com Álcool, Cigarro e outras Substâncias (ASSIST); e a Escala de depressão, ansiedade e estresse (DASS 21) que verificou a presença de tais sintomas. Utilizou-se o programa estatístico SPSS versão 20.0 para as análises bivariada e múltipla. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Júlio Müller sob o no 2.744.116. Resultados: os achados foram apresentados na forma de um manuscrito com a seguinte caracterização dos profissionais: predomínio a faixa etária de 39 a 59 anos (57,87%); sexo feminino (68,06%); orientação sexual heterossexual (95,83%); estado civil com companheiro (73,61%); católicos (59,26%); e renda familiar superior a 20 salários mínimos (50,93%). Quanto às variáveis laborais, 99,07% tinham curso de pós-graduação, eram médicos (60,65%), atuavam no setor assistencial (91,20%), tempo de serviço no HUJM inferior a cinco anos (69,44 %), carga horária semanal igual ou inferior a 24 horas (54,17%), turno diurno (78,70%) e com dois ou mais vínculos empregatícios (59,26%). Os resultados mostraram, tentativas de suicídio anteriores entre os profissionais (5,09 %), e os métodos de tentativas mais utilizados foram as drogas medicamentosas (4,17%) e arma de fogo (0,92%). Tentativa de suicídio de 23,61% e de suicídio de 15,28% entre familiares e tentativas de suicídio de amigos de 43,5% e para o suicídio de 35,6%. Com relação ao uso de substâncias psicoativas, evidenciou-se alto/ moderado risco para o uso de álcool, 9,72% e 5,09% para sedativos/hipnóticos. Quanto aos sintomas depressivos, 17,59% relataram sua presença, 20, 37% ansiedade e 20,83% estresse. A prevalência do risco de suicídio foi de 15,74%. Obteve-se na bivariada a associação do risco de suicídio com as variáveis orientação sexual (p=0,006), estado civil (p=0,004), tentativa de suicídio anterior, uso de hipnóticos/sedativos, sintomas de depressão, ansiedade e estresse, todas com valor de p<0,001. Mantiveram-se no modelo final as variáveis estado civil (sem companheiro) (p=0,037), tentativa de suicídio anterior (p<0,001), sintomas de estresse (p=0,008), sintomas de depressão (p=0,008), interação entre os sintomas de estresse e depressão (p=0,039) e sintomas de ansiedade (p=0,366) como variável de ajuste. Conclusão: os resultados do estudo são similares ao que vem sendo exposto na literatura científica principalmente sobre associação entre o risco de suicídio e variáveis psicossociais. Já em relação às variáveis laborais, embora a literatura tenha ressaltado a sua possível influência no risco do suicídio, no presente estudo tal associação não foi obtida. Os achados reforçam para a imprescindibilidade da elaboração e implementação de estratégias de intervenção dentro da instituição hospitalar para a prevenção desse sério evento, assim como o desenvolvimento de novos estudos investigando as variáveis laborais.
Resumo em lingua estrangeira: Objective: To analyze the psychosocial and labor factors associated with the risk of suicide among nurses and physicians in the hospital area. Method: This is a cross-sectional study, developed at a University Hospital in Cuiabá-MT, with 216 health professionals, from July and September 2018. The instruments used for data collection were: a questionnaire with sociodemographic, economic, labor and suicidal behavior-related variables; the Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI), which evaluated the risk of suicide; the Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test (ASSIST); and the Depression, Anxiety and Stress Scale (DASS-21), which verified the presence of such symptoms. We used the SPSS statistical software, version 20.0, to perform bivariate and multiple analyses. The study was approved by the Research Ethics Committee of the Júlio Müller University Hospital (HUJM) under opinion no 2.744.116. Results: The discoveries were displayed in the form of a manuscript with the following characterization of the professionals: predominance the age group from 39 to 59 years (57.87%), female gender (68.06%), heterosexual sexual orientation (95.83%), marital status committed (73.61%), Catholics (59.26%) and family income higher than 20 minimum wages (50.93%). Regarding the labor variables, most had a graduate course (99.07%), and they were physicians (60.65%), worked in the health care sector (91.20%), service time in HUJM less than five years (69.44%), weekly workload equal to or less than 24 hours (54.17%), day shift (78.70%) and with two or more employment bonds (59.26%). The results signalized previous attempted suicides among professionals (5.09%), where the most used methods were medicine overdoses (4.17%) and firearms (0.92%). Attempted suicide and suicide rates were 23.61% and 15.28% among relatives; and attempted suicide and suicide rates were 43.5% and 35.6% among friends. As for the use of psychoactive substances, we noted a high/moderate risk for alcohol (9.72%) and sedatives/hypnotics (5.09%). With respect to depressive symptoms, 17.59% reported their presence, 20.37% anxiety and 20.83% stress. The prevalence of the risk of suicide was 15.74%. In the bivariate analyses, we obtained the association of the risk of suicide with the variables: sexual orientation (p=0.006), marital status (p=0.004), as well as previous attempted suicide, hypnotics/sedatives consumption, symptoms of depression, anxiety and stress, all with a value p<0.001. In the ultimate model, the following entries remained as adjustment variables: marital status (without partner) (p=0.037), previous attempted suicide (p<0.001), stress symptoms (p=0.008), depression symptoms (p=0.008), interaction between the symptoms of stress and depression (p= 0.039) and anxiety symptoms (p=0.366) as adjustment variable. Conclusion: The results of the study are similar to what has been exposed in the scientific literature, mainly on the association between the risk of suicide and psychosocial variables. Regarding the labor variables, although the literature has highlighted its possible influence on the risk of suicide, this association was not obtained in the study at issue. The discoveries reinforce the indispensability of the preparation and implementation of intervention strategies within the hospital institutions for the prevention of this serious event, besides the development of further studies investigating the labor variables.
Palavra-chave: Enfermeiros
Médicos
Suicídio
Palavra-chave em lingua estrangeira: Nurses
Physicians
Suicide
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
Sigla da instituição: UFMT CUC - Cuiabá
Departamento: Faculdade de Enfermagem (FAEN)
Programa: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Referência: FREIRE, Fernanda de Oliveira. Fatores psicossociais e laborais associados ao risco de suicídio entre enfermeiros e médicos da área hospitalar. 2019. 103 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Enfermagem, Cuiabá, 2019.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://ri.ufmt.br/handle/1/3163
Data defesa documento: 27-Fev-2019
Aparece na(s) coleção(ções):CUC - FAEN - PPGENF - Dissertações de mestrado

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