Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://ri.ufmt.br/handle/1/3391
Tipo documento: Tese
Título: Regular o corpo, governar a vida : a política de saúde na escola
Autor(es): Costa, Danielle Dias da
Orientador(a): Chaves, Silvia Nogueira
Membro da Banca: Chaves, Silvia Nogueira
Membro da Banca: Vieira, Eduardo Paiva de Pontes
Membro da Banca: Santos, Luís Henrique Sacchi dos
Membro da Banca: Bastos, Sandra Nazaré Dias
Membro da Banca: Alves, José Jerônimo de Alencar
Resumo : Como se aprende a ser um sujeito saudável hoje? Como as práticas escolares estão implicadas nesse processo? Que processos e técnicas de subjetivação são postos em operação? O que se prescreve a esse indivíduo e a uma parcela da população dita saudável na escola? Estas perguntas orientaram os caminhos desta pesquisa no sentido de defender a tese de que diferentes práticas discursivas e não discursivas operam processos de governamento da vida e do corpo e tem a escola como lugar de propagação e incitação para a construção dos ditos sujeitos saudáveis. O caminho da investigação iniciou com a seleção do corpus, a princípio foram pesquisados artefatos/práticas produzidos em nome da saúde na escola, sendo eles materiais didáticos, materiais e instrumentos utilizados na formação de professores, atividades, espaços arquitetônicos e funções profissionais presentes na escola, assim como relatórios, materiais publicitários de políticas estatais. Após esse momento, o corpus selecionado foi composto das práticas produzidas no período de 2000 a 2017, endereçadas à saúde de uma das parcelas da população escolar, o público infantil. No processo de análise do material empírico discutido acionamos conceitos do ferramental teórico disposto por Michel Foucault, tais como: Sujeito, Discurso, Biopolítica, Biopoder e Governamentalidade. As análises da empiria, no manejo com as ferramentas teóricas, destacam que os indivíduos e grupos populacionais ditos saudáveis se fabricam por biopolíticas específicas. As práticas e técnicas de instituição do sujeito criança saudável opera de forma múltipla e simultânea na escola e elas mantém o foco na regulação do corpo e da subjetividade, por técnicas pelas quais se governa esse sujeito a partir da disciplina, do controle e dispositivos contemporâneos que funcionam (des) continuamente nas perspectivas da saúde higiênica, alimentar-motora e (neuro)psíquica. Nesses processos, ocupar a posição de uma criança saudável se fabrica por mecanismos e procedimentos que funcionam a partir do estabelecimento de normas acionadas por relações de poder que se instituem tanto em nível individual quanto coletivo. São estas normas que definem e classificam os sujeitos crianças como saudáveis ou doentes, normais ou anormais, ao mesmo tempo em que orientam as condutas destinadas aos indivíduos desviantes. Vale destacar que o saber científico desfruta de posição central nesses processos de subjetivação e normalização. É especialmente por meio dos saberes médicos, psicológicos e pedagógicos que circulam na escola e em diferentes práticas/artefatos que se estabelecem os limites entre o normal e o patológico, bem como as tecnologias empregadas atuam no controle, na administração e (re)condução dos que se situam fora da norma de “ser saudável”.
Resumo em lingua estrangeira: How to learn to be a healthy subject today? How are school practices involved in this process? What processes and techniques of subjectivation are put into operation? What is prescribed for this individual and a portion of the so-called healthy population in school? These questions guided the paths of this research in order to defend the thesis that different discursive and non-discursive practices operate life and body governing processes and have the school as a place of propagation and incitement for the construction of these healthy subjects. The path of the investigation began with the selection of the corpus, at first, artifacts / practices produced in the name of health in the school were researched, they were didactic materials, materials and instruments used in the formation of teachers, activities, architectural spaces and professional functions present in the school, as well as reports, publicity materials for state policies. After this moment, the selected corpus was composed of the practices produced from 2000 to 2017, addressed to the health of one of the portions of the school population, the children. In the process of analysis of the empirical material discussed we trigger concepts of the theoretical tools provided by Michel Foucault, such as: Subject, Speech, Biopolitics, Biopower and Governmentality. The empirical analyzes, in the management with the theoretical tools, highlight that the so-called healthy individuals and population groups are manufactured by specific biopolitics. The practices and techniques of institution of the healthy child subject operate in multiple and simultaneous ways in the school and they keep the focus on the regulation of the body and the subjectivity, by techniques by which this subject is governed from the discipline, the control and the contemporary devices that they function (dis) continuously from the perspective of hygienic, food-motor and (neuro) psychic health. In these processes, occupying the position of a healthy child is manufactured by mechanisms and procedures that work from the establishment of norms triggered by power relations that are instituted at both individual and collective levels. It is these norms that define and classify child subjects as healthy or sick, normal or abnormal, while at the same time guiding the conduct of deviant individuals. It is worth noting that scientific knowledge enjoys a central position in these processes of subjectivation and normalization. It is especially through the medical, psychological and pedagogical knowledge that circulates in the school and in different practices / artifacts that the boundaries between normal and pathological are established, as well as the technologies used to control, administer and (re) conduct the that fall outside the norm of “being healthy”.
Palavra-chave: Educação em ciências
Saúde escolar
Biopolítica
Governo da vida
Palavra-chave em lingua estrangeira: Science education
School health
Biopolitics
Government of life
CNPq: CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::MATEMATICA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
Sigla da instituição: UFMT CUC - Cuiabá
Departamento: Instituto de Ciências Exatas e da Terra (ICET)
Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática - PPGECEM
Referência: COSTA, Danielle Dias da. Regular o corpo, governar a vida: a política de saúde na escola. 2019. 118 f. Tese (Doutorado em Educação em Ciências e Matemática) - Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Ciências Exatas e da Terra, Cuiabá, 2019.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://ri.ufmt.br/handle/1/3391
Data defesa documento: 26-Mar-2019
Aparece na(s) coleção(ções):CUC - ICET - PPGECEM – Teses de doutorado

Arquivos deste item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
TESE_2019_Danielle Dias da Costa.pdf4.72 MBAdobe PDFVer/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.