Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://ri.ufmt.br/handle/1/3514
Tipo documento: Tese
Título: Produção e valor nutritivo da Urochloa ruziziensis adubadas com dejeto líquido de suíno
Autor(es): Silva, Marinho Rocho da
Orientador(a): Abreu, Joadil Gonçalves de
Coorientador: Weber, Oscarlina Lúcia dos Santos
Membro da Banca: Abreu, Joadil Gonçalves de
Membro da Banca: Weber, Oscarlina Lúcia dos Santos
Membro da Banca: Scaramuzza, José Fernando
Membro da Banca: Silva Neto, Inácio Martins da
Membro da Banca: Santos, Cláudia Cardoso dos
Resumo : A suinocultura é uma atividade econômica que se destaca no cenário nacional, entretanto a geração de resíduos bem como sua destinação é motivo de preocupação, tendo em vista o grande volume gerado no seu sistema de produção e a problemática destinação dos mesmos. A degradação das pastagens no Brasil é um problema rotineiro e de grande abrangência, e a utilização de resíduos orgânicos, como o dejeto líquido de suíno (DLS) é uma alternativa que apresenta viabilidade, pela constituição de nutrientes em sua composição como também pela destinação correta desse resíduo. Por outro lado, a ausência de adubação tem sido uma das principais causas de degradação das pastagens, fato esse que pode ser amenizado ao utilizar esses resíduos com fonte de nutrientes para as plantas forrageiras. Diante do exposto, objetivou-se avaliar o potencial de produção e valor nutritivo de Urochloa ruziziensis, em resposta a adubação com DLS em dois anos de cultivo. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com cinco tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos no primeiro ano foram quatro doses de DLS (0; 10; 20 e 30 m3 corte ha-1) e uma adubação mineral (500 kg ha-1 N) tendo como fonte ureia e, no segundo ano (0; 30; 60 e 90 m3 corte ha-1) e uma adubação mineral (200 kg ha-1 N). Trinta dias após a emergência foi realizado corte de uniformização a 15 cm de altura de resíduo e aplicadas as doses a cada corte correspondente a cada tratamento. Os meses de março, abril, maio, outubro, novembro, dezembro de 2014 e janeiro de 2015 corresponderam aos cortes do primeiro ano (7) e os meses de fevereiro, março, abril e maio de 2015, aos cortes do segundo ano (4). Em cada corte foi realizado medições de altura em 10 pontos, e coleta de massa verde em três pontos de 1 m2 em cada parcela. As amostras foram pesadas e levadas para estufa de circulação de ar forçado na temperatura de 60ºC por 72 horas. Em seguida, as amostras foram moídas a 1 mm e guardadas em potes herméticos. Foram avaliados a altura de planta (ALT), produção de massa seca total (PMS), teores de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN) e ácido (FDA), estimativas de nutrientes digestíveis totais (NDT), digestibilidades da matéria seca (DMS) e matéria orgânica (DMO) e teores de macronutrientes (N, P, K, Ca, Mg e S) e micronutrientes (Fe, Zn, Mn e Cu). A adubação mineral no primeiro ano proporcionou maiores alturas de planta, teor de PB, extrações de N e S, e menor teor de FDN. Não houve diferença nos teores de FDA, NDT, DMS e DMO entre as doses de DLS e a adubação mineral. Na dose de 30 m3 ha-1 de DLS, a PMS e as extrações de P, K, Ca e Mn foram iguais à adubação mineral. Para extrações de Mg, Fe, Zn e Cu, as doses 20 e 30 m3 ha-1 de DLS não diferiram da adubação mineral. Entre as doses de DLS houve efeito linear crescente, com incremento no tratamento com maior dose sobre o tratamento testemunha (0) nas variáveis PMS (30,89%), ALT (14,94%), PB (17%), N (53,01%), P (40,79%), K (27,84%), Ca (35,17%), Mg (29,6%), S (47,13%), Fe (31,2%), Zn (31,69%) e Mn (23,04%). No 2º ano, a adubação mineral proporcionou maior extração de S comparado às doses de DLS, com incremento de 52,23% sobre a maior dose. A dose de 90 m3 ha-1 de DLS foi igual à adubação mineral nas variáveis ALT e PB, enquanto para PMS as doses de 60 e 90 m3 ha-1 de DLS foram iguais à adubação mineral. Nas variáveis FDN, FDA, NDT, DMS e DMO, não diferiram entre as doses de DLS e a adubação mineral. Nas extrações de N, P, K, Ca, Mg, Fe, Zn, Mn e Cu, as doses 60 e 90 m3 ha-1 não diferiram da adubação mineral. Entre doses de DLS, houve efeito linear crescente com incremento na maior dose sobre a testemunha nas variáveis PMST (106%), ALT (39%), PB (15%), extração de N (140%), P (153%), K (147%), Ca (89%), Mg (110%), S (107%), Fe (119%), Zn (104%), Mn (106%) e Cu (101%). Dose de 90 m3 ha-1 de DLS promove incremento na PMS e no teor de PB, sem alterar FDN, FDA, NDT, DMS e DMO além de aumentar linearmente macro e micronutrientes na Urochloa ruziziensis.
Resumo em lingua estrangeira: Pig farming is an economic activity that stands out on the national scene, however the generation of waste as well as its destination is a matter of concern, considering the large volume generated in its production system and the problematic destination of it. The degradation of pastures in Brazil is a problem of wide scope and routine, and the use of organic residues, such as swine liquid manure (DLS) is an alternative that presents viability, by the constitution of nutrients in its composition as well as by the correct destination of that residue. On the other hand, the lack of fertilization has been one of the main causes of degradation of pastures, a fact that can be reduced by using these residues as sources of nutrients for forage plants. Given the above, the objective was to evaluate the production potential and nutritional value of Urochloa ruziziensis, in response to fertilization with DLS in two years of cultivation. The experimental design was a randomized block with five treatments and four replications. The treatments in the first year were four doses of DLS (0; 10; 20 and 30 m3 ha-1) and a mineral fertilizer (500 kg ha-1 N) with urea as source, and in the second year (0; 30; 60 and 90 m3 cut ha-1) and a mineral fertilizer (200 kg ha-1 N). Thirty days after the emergency, a uniform cut was made at a height of 15 cm and the doses were applied to each cut corresponding to each treatment. In the months of March, April, May, October, November, December 2014 and January 2015 corresponded to the cuts of the first year (7) and the months of February, March, April and May 2015, the cuts of the second year (4). In each cut, height measurements were made at 10 points, and green mass was collected at three points of 1 m2 in each plot. The samples were weighed and taken to a forced air circulation oven at a temperature of 60ºC for 72 hours. Then, the samples were ground to 1 mm and stored in airtight jars. Plant height (ALT), total dry mass production (PMS), dry matter (DM), crude protein (PB), neutral detergent fiber (NDF) and acid (FDA), digestible nutrient estimates were evaluated total (NDT), dry matter (DMS) and organic matter (DMO) digestibility, macronutrient content (N, P, K, Ca, Mg and S) and micronutrient content (Fe, Zn, Mn and Cu). Mineral fertilization in the first year provided higher plant heights, CP content, N and S extractions, and lower NDF content. There was no difference in the levels of FDA, NDT, DMS and DMO between the doses of DLS and mineral fertilization. At the dose of 30 m3 ha-1 of DLS, PMS and the extractions of P, K, Ca and Mn were equal to mineral fertilization. For Mg, Fe, Zn and Cu extractions, doses of 20 and 30 m3 ha-1 of DLS did not differ from mineral fertilization. Between the doses of DLS there was an increasing linear effect, with an increase in the treatment with a higher dose over the control treatment (0). For the variables PMS (30.89%), ALT (14.94%), PB (17%), N (53.01%), P (40.79%), K (27.84%), Ca (35.17%), Mg (29.6%), S (47.13%), Fe (31.2%), Zn (31.69%) and Mn (23.04%). In the 2nd year, mineral fertilization provided greater extraction of S compared to doses of DLS, with an increase of 52.23% over the highest dose. The dose of 90 m3 ha-1 of DLS was equal to mineral fertilization in the variables ALT and PB, while for PMS the doses of 60 and 90 m3 ha-1 of DLS were equal to mineral fertilization. In the variables NDF, FDA, NDT, DMS and DMO, they did not differ between the doses of DLS and mineral fertilization. In the extractions of N, P, K, Ca, Mg, Fe, Zn, Mn and Cu, doses of 60 and 90 m3 ha-1 did not differ from mineral fertilization. Between doses of DLS, there was an increasing linear effect with an increase in the highest dose on the control in the variables PMST (106%), ALT(39%), PB (15%), N extraction (140%), P (153%), K (147%), Ca (89%), Mg (110%), S (107%), Fe (119%), Zn (104%), Mn (106%) and Cu (101%). Dose of 90 m3 ha-1 of DLS promotes an increase in PMS and CP content, without altering NDF, FDA, NDT, DMS and DMO in addition to linearly increasing macro and micronutrients in Urochloa ruziziensis.
Palavra-chave: Água residuária
Forrageiras tropicais
Nutrição mineral
Palavra-chave em lingua estrangeira: Wastewater
Mineral nutrition
Tropical forages
CNPq: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
Sigla da instituição: UFMT CUC - Cuiabá
Departamento: Faculdade de Agronomia e Zootecnia (FAAZ)
Programa: Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical
Referência: SILVA, Marinho Rocho da. Produção e valor nutritivo da Urochloa ruziziensis adubadas com dejeto líquido de suíno. 2020. 67 f. Tese (Doutorado em Agricultura Tropical) - Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Agronomia e Zootecnia, Cuiabá, 2020.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://ri.ufmt.br/handle/1/3514
Data defesa documento: 6-Mar-2020
Aparece na(s) coleção(ções):CUC - FAAZ - PPGAT - Teses de doutorado

Arquivos deste item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
TESE_2020_Marinho Rocho da Silva.pdf1.38 MBAdobe PDFVer/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.