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http://ri.ufmt.br/handle/1/4763
Tipo documento: | Dissertação |
Título: | Biofortificação agronômica da rúcula (Eruca sativa) com selênio : impacto nos compostos fenólicos totais e atividade antioxidante |
Autor(es): | Kamchen, Camila Menezes |
Orientador(a): | Morzelle, Maressa Caldeira |
Membro da Banca: | Morzelle, Maressa Caldeira |
Membro da Banca: | Takeuchi, Katiuchia Pereira |
Membro da Banca: | Camargo, Adriano Costa de |
Resumo : | A rúcula e outros vegetais da família das Brássicas têm destaque na alimentação humana devido ao seu conteúdo de bioativos como os compostos fenólicos ou os glicosinolatos e também pela habilidade de acumular selênio. O selênio é um mineral importante na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, manutenção do sistema imune. Considerando a variabilidade no teor de selênio nos solos e especialmente os níveis reduzidos na maior parte do Brasil, a biofortificação de brássicas com selênio tem sido explorada como uma estratégia para aumentar a ingestão de selênio pelos seres humanos. Entretanto, o impacto da biofortificação de brássicas com selênio no conteúdo de metabólitos secundários como os compostos fenólicos ainda é uma lacuna científica que precisa ser explorada. Além do impacto no teor dos compostos fenólicos, um fator importante é a bioacessibilidade dos mesmos, pois nem todo conteúdo ingerido é realmente absorvido pelo organismo. Além da biofortificação, fatores intrínsecos da planta como o estágio de crescimento também podem ser determinantes no conteúdo de compostos fenólicos das brássicas. Sendo assim, esse trabalho teve como objetivo analisar os compostos fenólicos em diferentes estágios de maturação da rúcula; mensurar a influência da biofortificação com selenito ou selenato no conteúdo de antioxidantes fenólicos, valor nutricional, teor e acessibilidade de compostos fenólicos; e avaliar o impacto da biofortificação de selênio nos compostos fenólicos através de uma revisão sistemática e meta-análise. Os resultados demonstram que biofortificação não alterou o conteúdo nutricional da rúcula apenas aumentou o teor de minerais devido à concentração de selênio adicional, com destaque para a rúcula biofortificada com selenato, que obteve cerca de 98% maior conteúdo de Se que a rúcula com selenito. O teor de compostos fenólicos foi reduzido com a biofortificação (11% para selenato e 18% para selenito), porém a acessibilidade destes compostos avaliada através da digestão simulada in vitro aumentou 15% nas amostras biofortificadas com selenato. Na revisão sistemática, foram incluídos sete estudos, e desses estudos quatro foram inclusos na meta-análise. Os resultados da meta análise demonstraram que a biofortificação pode aumentar o teor de compostos fenólicos, sendo que diversos fatores como tipo de aplicação, dose de selênio, tipo de selênio e espécie da planta podem interferir. A fase de desenvolvimento da rúcula interferiu no teor de compostos fenólicos e atividade antioxidante, sendo o pico de acúmulo no 29º dia, quando a planta apresentou 20% maior teor comparado à rúcula no tamanho comercial. De acordo com os resultados da revisão sistemática a biofortificação pode aumentar o teor de compostos fenólicos, porém em algumas espécies, como no caso da rúcula neste estudo, ela pode reduzir. Entretanto de acordo com esse estudo a hipótese é que a biofortificação com Se pode aumentar a acessibilidade desses compostos. Além disso, a rúcula imatura possuiu maior teor de compostos fenólicos comparada ao tamanho adulto, então o consumo de plantas imaturas deve ser incentivado para aumentar o consumo desses compostos e por serem produzidas em espaços reduzidos e com menos desperdício. |
Resumo em lingua estrangeira: | Arugula and other vegetables from the Brásicas family are prominent in human food due to their bioactive content such as phenolic compounds or glycosinolates and also for their ability to accumulate selenium. Selenium is an important mineral in the prevention of chronic non-communicable diseases, maintenance of the immune system. Desiring the variability in selenium content in soils and especially reduced levels in most of Brazil, a biofortification of brassicas with selenium has been explored as a strategy to increase the intake of selenium by humans. However, the impact of the biofortification of brassicas with selenium on the content of secondary metabolites such as phenolic compounds is still a scientific gap that needs to be explored. In addition to the impact on the content of phenolic compounds, an important factor is their bioaccessibility, as not all ingested content is actually absorbed by the body. In addition to biofortification, intrinsic factors of the plant such as the growth stage can also be determinant in the content of phenolic compounds in brassicas. Thus, this work aimed to analyze the phenolic compounds at different stages of maturation of the arugula; measure the influence of biofortification with selenite or selenate on the content of phenolic antioxidants, nutritional value, content and accessibility of phenolic compounds; and to assess the impact of selenium biofortification on phenolic compounds through a systematic review and meta-analysis. The results demonstrate that biofortification did not alter the nutritional content of the arugula, it only increased the mineral content due to the concentration of additional selenium, with emphasis on the biofortified arugula with selenate, which obtained about 98% higher content of Se than the arugula with selenite . The content of phenolic compounds was reduced with biofortification (11% for selenate and 18% for selenite), but the accessibility of the compounds evaluated through simulated in vitro digestion increased by 15% in biofortified with selenate. In the systematic review, seven studies were included, and these studies four were included in the meta-analysis. The results of the meta-analysis demonstrated that a biofortification can increase the content of phenolic compounds, and several factors such as type of application, dose of selenium, type of selenium and species of the plant can interfere. The development phase of the arugula interfered with the content of phenolic compounds and antioxidant activity, with the peak of accumulation on the 29th day, when the plant presented 20% higher content compared to the arugula in the commercial size. According to the results of the systematic review, biofortification can increase the content of phenolic compounds, but in some species, as in the case of arugula in this study, it can reduce. However, according to this study, the hypothesis is that biofortification with Se can increase the accessibility of these compounds. In addition, the immature arugula had a higher content of phenolic compounds compared to the adult size, so the consumption of immature plants should be encouraged to increase the consumption of compounds and because they are produced in reduced spaces and with less waste. |
Palavra-chave: | Brassicaceae Selenato Selenito Digestão in vitro Polifenóis |
Palavra-chave em lingua estrangeira: | Brassicaceae Selenate Selenite In vitro digestion Polyphenols |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Federal de Mato Grosso |
Sigla da instituição: | UFMT CUC - Cuiabá |
Departamento: | Faculdade de Nutrição (FANUT) |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Alimentos e Metabolismo |
Referência: | KAMCHEN, Camila Menezes. Biofortificação agronômica da rúcula (Eruca sativa) com selênio: impacto nos compostos fenólicos totais e atividade antioxidante. 2021. 101 f. Dissertação (Mestrado em Nutrição, Alimentos e Metabolismo) - Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Nutrição, Cuiabá, 2021. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://ri.ufmt.br/handle/1/4763 |
Data defesa documento: | 14-Mai-2021 |
Aparece na(s) coleção(ções): | CUC - FANUT - PPGNAM - Dissertações de mestrado |
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