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http://ri.ufmt.br/handle/1/4817
Tipo documento: | Dissertação |
Título: | Atividade antioxidante da folha de Smilax fluminensis e da casca do caule de Caesalpinia ferrea em camundongos Swiss |
Autor(es): | Cunha, Ana Paula Simões da |
Orientador(a): | Sinhorin, Valeria Dornelles Gindri |
Coorientador: | Sinhorin, Adilson Paulo |
Membro da Banca: | Sinhorin, Valeria Dornelles Gindri |
Membro da Banca: | Alegranci, Pâmela |
Membro da Banca: | Rubin, Maribel Antonello |
Resumo : | O paracetamol (PCM) é um medicamento antipirético e analgésico amplamente utilizado pela população, que em doses aceitáveis e recomendadas pode ser seguro, porém, se administrado em altas doses pode causar dano hepático, levando a hepatoxicidade, devido a formação do metabólito tóxico, N-acetil-p-benzoquinona imina (NAPQI). Smilax fluminensis é conhecida popularmente como “salsa-parrilha” ou “japecanga” e suas espécies são utilizadas na medicina popular para tratamento de diversas enfermidades, sendo que seus estudos vêm demonstrando potencial antioxidante decorrente da presença de alguns metabólitos secundários. A Caesalpinia ferrea, conhecida popularmente como “pau-ferro” ou “jucá” sofreu uma reclassificação e hoje é conhecida como Libidibia ferrea e é utilizada popularmente com a finalidade anti-inflamatória e analgésica. O presente trabalho investigou se o extrato bruto (EB) e as frações F1 e F2 das folhas de Smilax fluminensis e o extrato etanólico da casca do caule da Caesalpinia ferrea promoveu alterações bioquímicas num modelo de estresse oxidativo, através de uma alta dose de PCM, em camundongos Swiss. Após a aclimatação, os camundongos foram divididos em grupos e administrados o tratamento por via gavagem. Para a S. fluminensis foram divididos em CONTROLE (água filtrada); PCM (paracetamol 250 mg kg-1 + água filtrada); EB (extrato bruto - 250 mg kg-1 ), F1 (fração 1 - 250 mg kg-1 ), F2 (fração 2 - 250 mg kg-1 ), PCM + EB, PCM + F1, PCM + F2. Para a administração do extrato etanólico da C. ferrea os camundongos foram divididos em 4 grupos: CONTROLE (água filtrada + 0,1% Tween 80), PCM (250 mg kg-1 de PCM em dose única + 0,1% Tween 80), PCM + EXT (250 mg kg-1 de PCM em dose única + 100 mg kg-1 de EXT) e EXT (água filtrada + 100 mg kg-1 de EXT). Inicialmente foram administrados o indutor do estresse oxidativo (PCM) ou água filtrada ou 0,1% de Tween 80 e após três horas iniciou-se o tratamento com as frações ou os extratos ou 0,1% de Tween 80 ou água filtrada. Depois de 24 horas da última dose dos tratamentos, os animais foram anestesiados via i.p. (intraperitoneal), foi realizada a punção cardíaca para retirada do sangue, e após, eutanasiados através de deslocamento cervical para a retirada dos órgãos (fígado, cérebro e rins) e as amostras foram congeladas a -85 ºC. Os dados foram avaliados por Anova seguida pelo post hoc teste de Tukey (p<0,05). Foram verificados se houve alterações nos parâmetros bioquímicos como os antioxidantes enzimáticos catalase (CAT) e glutationa-S-transferase (GST), nos antioxidantes não enzimáticos glutationa reduzida (GSH) e vitamina C, na carbonilação proteica (CARBONIL) e na peroxidação lipídica (TBARS) nos tecidos hepáticos, cerebral e renal. No plasma foram avaliadas as transaminases aspartato aminotransferase (AST) e a alanina aminotransferase (ALT), glicose, triglicerídeos e colesterol. O melhor efeito antioxidante encontrado nas folhas da S. fluminensis foi encontrado na fração 1 da planta onde houve diminuição da atividade de AST e ALT plasmática, aumento no fígado da atividade das enzimas CAT e GST, do antioxidante GSH, embora tenha aumentado TBARS, somados a diminuição da CARBONIL renal e cerebral e apresentou ter ação hipoglicêmica e hipocolesterolêmica. Já o extrato de C. ferrea foi capaz de reverter o dano lipídico e proteico causado pelo fármaco no tecido hepático, causando o mesmo efeito nos tecidos renais e cerebral na CARBONIL, diminuição da atividade da GST hepática e aumento na atividade da CAT e GST cerebral, além de diminuir a glicose e o colesterol. Dessa forma, acredita-se que a boa atividade antioxidante observada no extrato da S. fluminensis possa ser devida à presença de compostos flavonoides, neste caso específico, a quercetina e para o extrato da C. ferrea seja, provavelmente, pela presença de taninos. Novas pesquisas são necessárias a fim de explorar ainda mais o potencial biológico destas plantas para se obter mais conhecimentos sobre seus possíveis benefícios. |
Resumo em lingua estrangeira: | Paracetamol (PCM) is an antipyretic and analgesic medication widely used by the population, which in acceptable and recommended doses can be safe, however, if administered in high doses it can cause liver damage, leading to hepatoxicity, due to the formation of the toxic metabolite, N-acetyl-p-benzoquinone imine (NAPQI). Smilax fluminensis is popularly known as “parsley-parrilla” or “japecanga” and its species are used in folk medicine to treat various diseases, and its studies have shown antioxidant potential due to the presence of some secondary metabolites. Caesalpinia ferrea, popularly known as “pau-ferro” or “jucá” has undergone a reclassification and is now known as Libidibia ferrea and is popularly used for anti-inflammatory and analgesic purposes. The present work investigated whether the crude extract (EB) and the F1 and F2 fractions of the leaves of Smilax fluminensis and the ethanolic extract of the stem bark of Caesalpinia ferrea promoted biochemical changes in a model of oxidative stress, through a high dose of PCM, in Swiss mice. After acclimatization, the mice were divided into groups and the treatment was administered via gavage. For S. fluminensis they were divided into CONTROL (filtered water); PCM (paracetamol 250 mg kg-1 + filtered water); EB (crude extract - 250 mg kg-1 ), F1 (fraction 1 - 250 mg kg-1 ), F2 (fraction 2 - 250 mg kg-1 ), PCM + EB, PCM + F1, PCM + F2. For the administration of the ethanolic extract of C. ferrea, the mice were divided into 4 groups: CONTROL (filtered water + 0.1% Tween 80), PCM (250 mg kg-1 of PCM in a single dose + 0.1% Tween 80), PCM + EXT (250 mg kg-1 of PCM in a single dose + 100 mg kg-1 of EXT) and EXT (filtered water + 100 mg kg-1 of EXT). Initially, the oxidative stress inducer (PCM) or filtered water or 0.1% tween 80 was administered and after three hours treatment with the fractions or extracts or 0.1% tween 80 or filtered water was started. After 24 hours of the last dose of treatments, the animals were anesthetized via i.p. (intraperitoneal), cardiac puncture was performed to remove blood, and then euthanized through cervical dislocation to remove organs (liver, brain and kidneys) and the samples were frozen at -85 ºC. The data were evaluated by Anova followed by the Tukey post hoc test (p <0.05). We checked for changes in biochemical parameters such as enzyme antioxidants catalase (CAT) and glutathione-S-transferase (GST), non-enzymatic antioxidants reduced glutathione (GSH) and vitamin C, protein carbonylation (CARBONYL) and lipid peroxidation (TBARS) in liver, brain and kidney tissues. In plasma, the transaminases aspartate aminotransferase (AST) and alanine aminotransferase (ALT), glucose, triglycerides and cholesterol were evaluated. The best antioxidant effect found in the leaves of S. fluminensis was found in fraction 1 of the plant where there was a decrease in the activity of plasma AST and ALT, an increase in the activity of the enzymes CAT and GST, of the antioxidant GSH, although it increased TBARS, added decreased renal and cerebral CARBONYL and showed hypoglycemic and hypocholesterolemic action. The C. ferrea extract was able to reverse the lipid and protein damage caused by the drug in the liver tissue, causing the same effect on the renal and brain tissues in CARBONYL, decreased hepatic GST activity and increased CAT and GST brain activity, in addition to lowering glucose and cholesterol. Thus, it is believed that the good antioxidant activity observed in the extract of S. fluminensis may be due to the presence of flavonoid compounds, in this specific case, quercetin and for the extract of C. ferrea, it is probably due to the presence of tannins. Further research is needed in order to further explore the biological potential of these plants to gain more insight into their possible benefits. |
Palavra-chave: | Estresse oxidativo Smilax fluminensis Caesalpinia ferrea |
Palavra-chave em lingua estrangeira: | Oxidative stress Smilax fluminensis Caesalpinia ferrea |
CNPq: | CNPQ::OUTROS::CIENCIAS |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Federal de Mato Grosso |
Sigla da instituição: | UFMT CUS - Sinop |
Departamento: | Instituto de Ciências Naturais, Humanas e Sociais (ICNHS) – Sinop |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais |
Referência: | CUNHA, Ana Paula Simões da. Atividade antioxidante da folha de Smilax fluminensis e da casca do caule de Caesalpinia ferrea em camundongos Swiss. 2021. 64 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais) - Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário de Sinop, Instituto de Ciências Naturais, Humanas e Sociais, Sinop, 2021. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://ri.ufmt.br/handle/1/4817 |
Data defesa documento: | 29-Apr-2021 |
Aparece na(s) coleção(ções): | CUS - ICNHS - PPGCAM - Dissertações de mestrado |
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