Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://ri.ufmt.br/handle/1/5109
Tipo documento: | Tese |
Título: | A aula de campo : espaço de formação inicial de professores de Ciências/Biologia |
Autor(es): | Trevisan, Inês |
Orientador(a): | Forsberg, Maria Clara da Silva |
Membro da Banca: | Forsberg, Maria Clara da Silva |
Membro da Banca: | Brito, Licurgo Peixoto de |
Membro da Banca: | Silva, Maria de Fátima Vilhena da |
Membro da Banca: | Oda, Welton Yudi |
Membro da Banca: | Mohr, Adriana |
Resumo : | O estudo buscou investigar o processo formativo de um grupo colaborativo em formação inicial de ciências/Biologia, envolvido na elaboração e execução de aulas de campo com alunos da educação básica. A pesquisa utilizou a abordagem qualitativa associada aos estudos colaborativos, em que a ação se tornou objeto de investigação, subsidiando a produção de conhecimentos sobre si mesma. Duas etapas distintas foram empreendidas. A primeira teve início com uma investigação preliminar, embasando as perspectivas teóricas que sustentaram a interpretação realizada, abarcando duas vertentes, sendo elas, a Formação Docente envolvendo processos reflexivos considerados mobilizadores de saberes profissionais e, Aula de Campo envolvendo a Educação Científica na perspectiva da formação para a cidadania. Com esse quadro teórico, foi possível construir a percepção de que a aula de campo, com propósito de formação docente, está relacionada a uma competência dinâmica em que o sujeito é atuante no processo, fruto da reflexão pessoal e coletiva da prática, quando submetido à iniciação à docência que envolve grupo de trabalho colaborativo. A segunda etapa ocorreu com o processo de investigação e formação, referente às ações reflexivas, com nove licenciandos do Curso de Ciências Naturais/Biologia, do Campus da UEPA Altamira, Pará, compondo um grupo de trabalho colaborativo que perdurou de agosto de 2012 a maio de 2013, e que demandou a construção de um arcabouço procedimental singular, no qual o grupo se tornou o eixo articulador do processo formativo, com discussões teórico-práticas e o delineamento das ações envolvendo aulas de campo para educação básica. A gravação dos encontros e registro nos diários de pesquisa compuseram as estratégias, no processo de triangulação dos dados empíricos, aglutinando as informações passíveis de análise, tanto do contexto individual como do coletivo. A síntese e conclusões foram produzidas a partir da análise textual discursiva, envolvendo três etapas: a unitarização, categorização e produção do metatexto, para compreensão das dinâmicas envolvidas. Os resultados indicaram, entre outros aspectos, que a aula de campo na formação inicial, tendo a colaboração como eixo articulador, pode ancorar a produção de saberes docentes, relacionados às dimensões educativas da educação científica e das atitudes comunicativas entre pares, no sentido de ultrapassar situações-problemas e dilemas, por meio das reflexões coletivas, com possibilidades de execução de práticas diferenciadas nas escolas. Em geral, os desafios, pertinentes à aula de campo no contexto escolar, estiveram relacionados a custos, fragilidade do trabalho colaborativo nas escolas, limitações em aspectos epistemológicos relacionados a ciência, conteúdo e metodologia e ainda, enfrentamento de perturbações escolares e de campo. No tocante a concepção, a aula de campo caminhou para um modelo evolutivo que se refletiu numa prática docente mais participativa e investigativa. Esta pesquisa aponta para a necessidade de se pensar no acesso pleno à informação direto do campo, como uma das condições para o exercício da cidadania. Por isso, a aula de campo em Ciências/Biologia, enquanto tema, necessita de mais discussões, aprimoramentos e pesquisas, tanto na educação básica como no ensino superior. Para consolidação do conhecimento no domínio em estudo, faz-se necessária a realização de outras investigações centradas no mesmo objeto de estudo, em diferentes contextos e níveis de ensino. |
Resumo em lingua estrangeira: | ABSTRACT: This study aimed at investigating the formation process of a collaborative group in initial
Science/Biology training engaged in the preparation and execution of field classes with primary
education students. The research used a qualitative approach associated with collaborative studies,
in which the action became the object of research, subsidizing the production of knowledge over
itself. Two distinct steps were undertaken. The first began with a preliminary investigation, basing
theoretical perspectives that supported the interpretation carried out, covering two aspects, which
are: Teacher Training involving reflective processes considered professional knowledge mobilizers
and, Field Classes involving Science Education from the perspective of training towards citizenship.
With this theoretical framework, it was possible to build the perception that field classes, for the
purpose of teacher training, is related to a dynamic competence in which the individual is an actor
in the process, being a result of personal and collective thinking of the practice, when submitted to
initiation to teaching involving a collaborative working group. The second step occurred with the
process of research and training relating to reflective actions, with nine undergraduate students of
Natural Sciences/Biology, at UEPA Altamira Campus, Pará, composing a collaborative working
group that was formed on August 2012 and lasted until May 2013, and which required the
construction of a single procedural framework in which the group became the theme underlying the
training process, with theoretical and practical discussions and the definition of actions involving
field classes for students in primary education. Recordings of meetings and record in research
journals composed the strategies in the process of triangulation of empirical data, bringing together
analyzable information from both the individual and the collective context. The summary and
conclusions were produced from a discursive textual analysis, involving three steps: unitarization,
categorization and production of the metatext to understand the dynamics involved. The results
showed, among other things, that field classes in initial training, having collaboration as its central
theme, can anchor the production of teaching knowledge, related to the educational dimensions of
science education and communication attitudes among peers, in order to overcome problem
situations and dilemmas through collective reflections with possibilities of conducting differentiated
practices in schools. In general, the challenges, relevant to field classes in the school context were
related to costs, weakness of collaborative work in schools, limitations on epistemological aspects
related to science, content and methodology, and also facing school and field disruption. Regarding
conception, field classes progressed into an evolutionary model that reflected upon a more
participatory and investigative teaching practice. This research points out the need of thinking of
full access to information straight from the field as a condition for exercising citizenship. Thus,
Science/Biology field classes, as subjects, needs more discussion, improvements and research, both
in primary education and higher education. In order to consolidate knowledge in the field under
study, it is necessary to carry out other investigations focused on the same subject matter in
different contexts and levels of education. RÉSUMÉ: L’étude cherche à enquêter sur le processus de formation d’un groupe collaboratif en formation initiale de sciences/Biologie, impliqué dans l’élaboration et l’exécution de cours en zone rurale avec des élèves d’éducation basique. La recherche utilise l’abordage qualitatif associé aux études collaboratrices, faisant que l’action devient objet d’étude, constituant ainsi la production de connaissances sur elle-même. Deux étapes distinctes ont été entreprises. La première initia avec une recherche préliminaire, basée sur les perspectives théoriques qui soutiennent l’interprétation réalisée, incluant deux pans : la Formation de professeur impliquant des processus de réflexions considérés comme mobilisateurs de savoirs professionnels ; et les Cours en zone rurale contenant l’Éducation Scientifique sous la perspective de la formation pour la citoyenneté. Avec ces cadres théoriques, il a été possible de construire une perspective que fait que le cours en zone rurale, avec la proposition de formation de professeurs, soit lié avec une compétence dynamique pour laquelle le sujet participe au processus, fruit de sa réflexion personnelle et collective de la pratique, lorsqu’il est soumis à l’initiative, à l’enseignement qui implique un groupe de travail collaboratif. La seconde étape se produit avec le processus de recherche et de formation, se référant aux actions réflectives, avec neuf étudiants formés en Sciences Naturelles/Biologie, à l’Université d’État du Pará, Altamira, composant un groupe de travail collaboratif qui a duré entre août 2012 et mai 2013, et qui a demandé la construction d’un cadre procédurier unique, dans lequel le groupe devint l’axe d’articulation du processus de formation, avec des discussions théorico-pratiques et la conception des actions impliquant les cours en zone rurale pour l’éducation basique. L’enregistrement des réunions et le registre des journaux de recherche composent les stratégies, dans le processus de triangulation des données empiriques, regroupant les informations pour une probable analyse, autant pour le contexte individuel, comme pour le collectif. La synthèse et les conclusions ont été produites à partir d’une analyse textuelle discursive de trois étapes : l’uniformisation, la catégorisation et la production de métha-données, pour la compréhension des dynamiques. Les résultats indiquèrent, entre autres choses, que les cours en zones rurales dans la formation initiale, ayant la collaboration comme axe articulateur, peut ancrer la production de savoirs, reliant les dimensions éducatives de l’éducation scientifique et des attitudes communicatives, dans le sens d’outrepasser les situations/problèmes et les dilemmes, par moyens des réflexions collectives, avec les possibilités d’exécutions de pratiques différenciées dans les écoles. En général, les défis, pertinents aux cours en zones rurales dans le contexte scolaire, étaient liés aux coûts, à la fragilité du travail collaboratif dans les écoles, aux limitations dans les aspects épistémologiques reliés à la science, au contenu et méthodologie et encore affrontant des perturbations scolaires et de zones rurales. En ce qui concerne la conception, le cours en zone rurale a cheminé vers un modèle évolutif qui s’est répété dans une pratique d’enseignement plus participative et enquêtrice. Cette recherche pointe la nécessité de penser au plein accès à l’information directe des zones rurales, comme une des conditions pour l’exécution de la citoyenneté. Pour cela, les cours en zones rurale, en Sciences/Biologie, en tant que thème, nécessite de plus de discussions, d’améliorations et de recherches, tant en éducation basique, que dans l’enseignement supérieur. Pour la consolidation de la connaissance dans ce domaine d’étude, il devient nécessaire de réaliser d’aitres recherches centrées sur le même objet d’étude, dans divers contextes et différents niveaux d’enseignement. |
Palavra-chave: | Formação de professores de ciências Aula de campo Grupo colaborativo Espaços socioambientais Educação científica |
Palavra-chave em lingua estrangeira: | Science teacher training Field classes Collaborative group Social and environmental spaces Science education |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::MATEMATICA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Federal de Mato Grosso |
Sigla da instituição: | UFMT CUC - Cuiabá |
Departamento: | Instituto de Ciências Exatas e da Terra (ICET) |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática - PPGECEM |
Referência: | TREVISAN, Inês. A aula de campo: espaço de formação inicial de professores de Ciências/Biologia. 2015. 201 f. Tese (Doutorado em Educação em Ciências e Matemática) - Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Ciências Exatas e da Terra, Cuiabá, 2015. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://ri.ufmt.br/handle/1/5109 |
Data defesa documento: | 25-Aug-2015 |
Aparece na(s) coleção(ções): | CUC - ICET - PPGECEM – Teses de doutorado |
Arquivos deste item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
TESE_2015_Inês Trevisan.pdf | 1.64 MB | Adobe PDF | Ver/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.