Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://ri.ufmt.br/handle/1/5169
Tipo documento: | Dissertação |
Título: | Black soul black, black sou : o corpo e a corporeidade negra no movimento Black Rio |
Autor(es): | Silva, Kamila Dinucci Correia |
Orientador(a): | Rodrigues, Bruno Pinheiro |
Membro da Banca: | Gomes, Nilma Lino |
Membro da Banca: | Rodrigues, Bruno Pinheiro |
Membro da Banca: | Sotana, Edvaldo Correa |
Resumo : | A presente pesquisa tem o objetivo de investigar o Movimento Black Rio a partir da perspectiva da história do corpo e da corporeidade negra nos bailes soul, de 1970 a 1980. O Movimento Black Rio é compreendido pela promoção de bailes que tocavam os sucessos da soul music, proveniente de discos da black music norteamericana. Considerado como um movimento importante para o cenário cultural negro no Rio de Janeiro, o Movimento Black Rio é observado enquanto um projeto cultural de negro/a para negro/a, cujas atividades intencionavam a valorização da beleza negra da juventude que frequentavam os bailes e expressavam o orgulho negro de estarem reunidos em comunidade. Nesta pesquisa, o corpo é um elemento pensado pela cultura e a corporeidade, ou seja, o modo como os sujeitos se relacionam com o corpo, participam de processos de aceitação/rejeição étnicoracial e na construção de identidade(s) negra(s). Sob a perspectiva da história do corpo e da diáspora africana, a pesquisa direciona os olhares para a criação do estilo black, que demonstrava a forma como a juventude negra criava um estilo próprio de se vestir, falar, dançar e manipular o cabelo crespo em busca de relações positivas com o corpo. Diante o cenário político da Ditadura CivilMilitar (19641985), o Movimento Black Rio passou a ser monitorado pela comunidade de informações, estruturada pela Doutrina de Segurança Nacional (DSN) e instaurada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI). Sob a realidade do racismo e das violências policiais contra os sujeitos investigados, compreendese que a construção da identidade negra participa de um processo de regulação e emancipação do corpo e da corporeidade negra. Entendese que a regulação do corpo se dá através das ações arbitrárias pela polícia política, e o corpo emancipado, vê a corporeidade negra enquanto saberes produzidos pelos sujeitos negros enquanto estratégias de resistência contra o racismo e o mito da democracia racial. |
Resumo em lingua estrangeira: | This research aims to investigate the Black Rio Movement from the perspective of the history of the body and black corporeality at soul balls, from 1970 to 1980. The Black Rio Movement is understood as the promotion of balls that played soul music hits from North American black music records. Considered as an important movement for the black cultural scene in Rio de Janeiro, the Black Rio Movement is observed as a cultural project by black people for black people, whose activities intended to enhance the black beauty of the youth who attended the balls and expressed black pride in being gathered as a community. In this research, the body is an element thought of by culture and corporeality, that is, the way subjects relate to their bodies, participate in processes of racial/ethnic acceptance/rejection and in the construction of black identity(ies). From the perspective of the history of the body and the African diaspora, the research focuses on the creation of the black style, which demonstrated how black youth created their own style of dressing, speaking, dancing, and manipulating their curly hair in search of positive relations with their bodies. In the political scenario of the CivilMilitary Dictatorship (19641985), the Black Rio Movement began to be monitored by the intelligence community, structured by the Doctrine of National Security (DSN) and established by the National Intelligence Service (SNI). Under the reality of racism and police violence against the investigated subjects, it is understood that the construction of black identity participates in a process of regulation and emancipation of the black body and corporeality. It is understood that the regulation of the body occurs through arbitrary actions by the political police, and the emancipated body, sees the black corporeality as knowledge produced by black subjects as strategies of resistance against racism and the myth of racial democracy. |
Palavra-chave: | Movimento Black Rio História do corpo Racismo |
Palavra-chave em lingua estrangeira: | Black Rio movement History of the body Racism |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Federal de Mato Grosso |
Sigla da instituição: | UFMT CUC - Cuiabá |
Departamento: | Instituto de Geografia, História e Documentação (IGHD) |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em História |
Referência: | SILVA, Kamila Dinucci Correia. Black soul black, black sou: o corpo e a corporeidade negra no movimento Black Rio. 2022. 201 f. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Geografia, História e Documentação, Cuiabá, 2022. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://ri.ufmt.br/handle/1/5169 |
Data defesa documento: | 10-Feb-2022 |
Aparece na(s) coleção(ções): | CUC - IGHD - PPGHis - Dissertações de mestrado |
Arquivos deste item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
DISS_2022_Kamila Dinucci Correia Silva.pdf | 2.78 MB | Adobe PDF | Ver/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.