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Tipo documento: Dissertação
Título: Outras visões sobre a modernidade : a crítica de Enrique Dussel e suas implicações para o ensino de filosofia
Autor(es): Negri, Edson Clebes
Orientador(a): Leite, José Carlos
Coorientador: Silva, Alécio Donizete da
Membro da Banca: Silva, Alécio Donizete da
Membro da Banca: Olea, Hilda Regina Pereira Menezes
Membro da Banca: Passos, Luiz Augusto
Membro da Banca: Leite, José Carlos
Resumo : Buscou-se pela Filosofia da Libertação da América Latina, a partir do livro 1492 - O Encobrimento do Outro: a Origem do Mito da Modernidade do filósofo Enrique Dussel (1993), analisar três Livros Lidáticos do PNLD. Estes são os três Livros Didáticos pesquisados: Iniciação à Filosofia da filósofa Marilena Chaui, de 2010; Filosofando - Introdução à Filosofia das filósofas Maria Lúcia de Arruda e Maria Helena Pires Martins, 2013 e Filosofia: Experiência do Pensamento do filósofo Sílvio Gallo 2016. O objetivo da análise foi elaborar uma crítica construtiva do conteúdo dos Livros Didáticos nas unidades que refletiram o aspecto da política. Há no conteúdo analizado um encobrimento de outras visões da Modernidade. O livro utilizado para conhecermos e compreendermos a inexistência destas outras visões da Modernidade foi o 1492 o Encobrimento do outro. Pretendeu-se com a dissertação elaborar um material para o ensino de Filosofia no Ensino Médio através de alternativas a serem pensadas e refletidas com outros pensadores e pensadoras. Nela, pesquisou-se e refletiu-se as filosofias de outros continentes a partir da realidade da América Latina. Pois, na Filosofia da Libertação encontramos outras possibilidades para pensar a Modernidade hegemônica nos Livros Didáticos que trazem um pensamento verticalizado desde o eurocentrismo. Na Filosofia da Libertação atingiu-se numa sensibilidade encoberta na consciência dos que foram e são colonizados num despertar analético. A Filosofia de Dussel dialética-analética transformou-se num método de descolonização do mito da superioridade imposto pelo eurocentrismo. O outro, o índio e o negro que tiveram seus corpos-vidas encobertos ideologicamente pela escravidão e exploração, agora são sujeitos do descobrimento e protagonista de sua filosofia. Os seus corpos, ortrora, tão maltratados e desprezados pelo encobertamento, mas, enquanto humanos, assumiram a luta pela libertação. A injustiça praticada pela violência imensurável do homem eurocêntrico fraturou a humanidade e a dignidade do índio e do negro pela ideia de não-humanos. O ato de alteridade que a Filosofia da Libertação descobriu tornou-se num processo de recuperação da dignidade a partir do método ‘Analético’ que Dussel pensou, refletiu e escreveu. O método analético não dialoga somente sobre a escravidão, a exploração, a injustiça, a pobreza, a miséria, a fome e a morte do outro. A analética surgiu daqueles que estão com fome, são explorados, vivem na pobreza, na injustiça e são transformados pelo sistema imposto em mão de obra barata, análogo ao trabalho escravo ou escravo. Neste sistema inventado pelos países colonizadores não se viu e não se vê o ser humano explorado. E nem sentiu e sente a morte do outro. O outro colonizado, explorado e subsumido ontem e hoje habita num submundo, o mundo do não humano. A colonização de ontem e de hoje os coisifica com o não-gente. Por isso, a Analética é uma possibilidade de repensar e pensar a partir da Filosofia da Libertação o homem periférico do Hemisfério Sul. A geopolítica e geoeconomia objetivaram a pessoa do indígena e do africano pelo poder hegemônico do Hemisfério Norte. A Filosofia da Libertação procurou libertar-se da visão unívoca, causa da dependência (o Presente-Eterno segundo Dussel) do pensamento eurocêntrico, enquanto o pensar latino-americano fora encoberto. Esta dependência foi imposta pelo colonizador na colonização da América Latina. Ela permanece mesmo depois das independências dos países da América Latina. Outra visão do mundo da vida é um processo de libertação que está encoberto nos nossos Livros Didáticos. O nosso desafio foi sendo orientado pela curiosidade do filósofo e da filósofa que é possível sair do pensamento encoberto e mostrar o descoberto. É possível termos um pensamento latino-americado, libertar-se do eurocentrismo e pensar além dele. Na dissertação duvidou-se, questionou-se, criticou-se e pensou-se daquilo que os eurocêntricos impuseram nos colonizados como falacioso e abriu-se uma visão horizontal pelos saberes e conhecimentos que todas as Etnias e Povos da América Latina criaram a sua própria maneira de ver, compreender, conceber, representar e expressar o seu mundo da vida para além do eurocentrismo.
Resumo em lingua estrangeira: Buscamos la filosofía de la liberación latinoamericana en el libro 1492 - La cobertura del otro: el origen del mito de la modernidad del filósofo Enrique Dussel (1993) para analizar tres libros didácticos del PNLD. Estos son los tres libros didácticos investigados: Introducción a la filosofía de la filósofa Marilena Chaui, 2010; Filosofar - Introducción a la filosofía de los filósofos Maria Lúcia de Arruda y Maria Helena Pires Martins, 2013 y Filosofía: Experiencia de pensamiento del filósofo Sílvio Gallo 2016. El objetivo del análisis fue elaborar una crítica constructiva del contenido de los libros didácticos en las unidades que reflejaban el aspecto. de la política En el contenido analizado hay un encubrimiento de otros puntos de vista de la modernidad. El libro que solía conocer y comprender la inexistencia de estos otros puntos de vista de la Modernidad era 1492, La cobertura del otro. Con la disertación se pretendía elaborar un material para la enseñanza de la filosofía en la escuela secundaria a través de alternativas para ser pensadas y reflejadas con otros pensadores. En él, las filosofías de otros continentes fueron investigadas y reflejadas desde la realidad de América Latina. Pues, en la Filosofía de la Liberación encontramos otras posibilidades para pensar sobre la Modernidad hegemónica en los Libros Didácticos que traen un pensamiento verticalizado desde el Eurocentrismo. En la Filosofía de la Liberación se ocultó una sensibilidad en la conciencia de quienes fueron y son colonizados en un despertar analítico. La filosofía dialéctico-analítica de Dussel se convirtió en un método para descolonizar el mito de superioridad impuesto por el eurocentrismo. El otro, el indio y el negro que tenían sus cuerpos vitales cubiertos ideológicamente por la esclavitud y la explotación, ahora son sujetos de descubrimiento y protagonistas de su filosofía. Sus cuerpos, ortrora, tan maltratados y despreciados por el encubrimiento mientras los humanos emprendieron la lucha por la liberación. La injusticia practicada por la violencia inconmensurable del hombre eurocéntrico ha fracturado la humanidad y la dignidad de los indios y los negros por la idea de los no humanos. El acto de alteridad que descubrió la Filosofía de la Liberación se convirtió en un proceso de recuperación de la dignidad utilizando el método "Analetic" que Dussel pensó, reflexionó y escribió. El método analítico no solo dialoga sobre la esclavitud, la explotación, la injusticia, la pobreza, la miseria, el hambre y la muerte del otro. El análisis provino de aquellos que tienen hambre, son explotados, viven en la pobreza, en la injusticia y se transforman por el sistema impuesto a la mano de obra barata, análogo al trabajo esclavo o esclavo. En este sistema inventado por los países colonizadores, los seres humanos explotados no fueron vistos ni vistos. Tampoco sintió y sintió la muerte del otro. El otro colonizado, explorado y subsumido ayer y hoy habita en un inframundo, el mundo de lo no humano. La colonización de ayer y de hoy los convierte en algo con las personas que no son personas. Por lo tanto, Analética es una posibilidad de repensar y pensar desde la Filosofía de la Liberación el hombre periférico del hemisferio sur: geopolítica y geoeconomía dirigida a la persona indígena y africana por el poder hegemónico del hemisferio norte. La filosofía de la liberación buscó liberarse de la visión unívoca de la dependencia (el presente eterno según Dussel) del pensamiento eurocéntrico, mientras que el pensamiento latinoamericano estaba encubierto. Esta dependencia fue impuesta por el colonizador en la colonización de América Latina. Permanece incluso después de la independencia de los países latinoamericanos. Otra visión del mundo de la vida es un proceso de liberación que está cubierto en nuestros libros de texto. Nuestro desafío estaba siendo guiado por la curiosidad del filósofo y el filósofo de que es posible dejar lo cubierto y mostrar lo descubierto. Es posible tener un pensamiento latinoamericano, liberarse del eurocentrismo y pensar más allá. En la disertación, dudaron, cuestionaron, criticaron y pensaron sobre lo que los Eurocentros imponían a los colonizados como falaz y se abrió una mirada horizontal por el saber y saber que todas las Etnias y Pueblos de América Latina crearon su forma de ver, comprender, concebir, representar y expresar el mundo de su vida más allá del eurocentrismo.
Palavra-chave: Filosofia da libertação
Modernidade
Colonização
Encobrimento do Outro
Analética
Palavra-chave em lingua estrangeira: Filosofía de la liberación
Modernidad
Colonización
Cubriendo al Otro
Analética
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
Sigla da instituição: UFMT CUC - Cuiabá
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS)
Programa: Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Filosofia – PROF-FILO
Referência: NEGRI, Edson Clebes. Outras visões sobre a modernidade: a crítica de Enrique Dussel e suas implicações para o ensino de filosofia. 2020. 212 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Filosofia) - Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Cuiabá, 2020.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://ri.ufmt.br/handle/1/5273
Data defesa documento: 10-Jul-2020
Aparece na(s) coleção(ções):CUC – ICHS – PROF-FILO – Dissertações de mestrado

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