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Tipo documento: Tese
Título: Manifestações decoloniais no currículo da educação do/no campo Escola Nova Sociedade : território de (Re)existência
Autor(es): Oliveira, Rosângela Pereira de
Orientador(a): Oliveira, Ozerina Victor de
Membro da Banca: Oliveira, Ozerina Victor de
Membro da Banca: Garske, Lindalva Maria Novaes
Membro da Banca: Costa, Candida Soares da
Membro da Banca: Machado, Ilma Ferreira
Membro da Banca: Passos, Luiz Augusto
Resumo : O objetivo deste estudo centra-se em compreender e descrever a complexidade na constituição do currículo da Educação do/no Campo, seus processos de formulação, sua materialização, seus componentes institucionais, sobretudo políticos, manifestados no cotidiano escolar da Escola de Educação Básica Nova Sociedade. A problematização salienta as manifestações da tensão colonialidade e decolonialidade evidenciadas na intersecção dos contextos do Ciclo das Políticas do currículo da Educação do/no Campo. Elegemos como locus de investigação a “Escola Nova Sociedade – ENS”, situada no Assentamento Itapuí, assentamento da reforma agrária do Movimento de Trabalhadores Sem-Terra – MST, em Nova Santa Rita, Rio Grande do Sul, Brasil. O recorte temporal localiza-se entre 2014 e 2018, data dos documentos institucionais, (Projeto políticopedagógico e Regimento Interno), da escola pesquisada. O suporte epistemológico está ancorado na abordagem decolonial, em uma compreensão ontologicamente crítica das imposições raciais/étnicas, sociais, políticas, econômicas e culturais. Para tal propósito aprofunda nos pensamentos de Quijano (1998, 2000, 2005); Walsh (2013); Mignolo (2003, 2005, 2007, 2011) e Dussel (1994, 2007). Buscamos compreender a Educação do/no Campo conforme Caldart (2012) e Ribeiro (2010, 2015), como um território preferencial de disputa epistemológica (SANTOS, 2009), social e política. Desse modo, a pesquisa destaca a relevância da cultura, em sólida relação com a política, como possibilidade de construção contra-hegemônica (GRAMSCI, 1984). Para o desenvolvimento desta investigação optamos pelo Ciclo de Políticas como metodologia (BALL, 2012); (BALL; MAGUIRE; BRAUN 2016). Os procedimentos metodológicos estão pautados pela abordagem qualitativa crítica de caráter bibliográfico, documental, observações in loco e entrevistas semiestruturadas, estas últimas adquiriram uma perspectiva participante no decorrer do processo investigativo. As fontes documentais compreendem os documentos da escola: Projeto político-pedagógico, Regimento Interno e planos de ensino, além de registro em Caderno de Campo. Foram realizadas entrevistas com 17 protagonistas do currículo, compreendendo agricultores(as), assentados(as) da reforma agrária e educadores(as). Os critérios para seleção das pessoas entrevistadas se relacionaram com a atuação no processo de formação da escola e/ou planejamento, construção e materialização do currículo. A possibilidade e a imprescindibilidade de tornar visíveis as manifestações decoloniais nos currículos da Educação do/no Campo para pesquisadores(as) e educadores(as) populares e para os movimentos sociais deste Território, justificam este processo investigativo. No mesmo sentido, as possíveis contribuições da pesquisa aos Movimentos Populares de Educação do/no Campo na elaboração de seus currículos e a relação entre teoria crítica dialética e estudos decoloniais. A teoria crítica de currículo (APPLE, 1982), contribui com a articulação das análises propostas por esta investigação a partir da realidade de uma escola do/no Campo. Na análise podemos perceber manifestações decoloniais no currículo da Educação do/no Campo presentes nos textos escolares, na ocupação do espaço e na metodologia de ensino com ênfase na formação humana integral, alicerçada na transformação das relações sociais. A incorporação de aspectos decoloniais nas relações dos seres e seus saberes viabiliza a insurgência de processos educativos críticos dos padrões de poder historicamente estabelecidos no currículo.
Resumo em lingua estrangeira: RESUMEN: El objetivo de este estudio se centra en comprender y describir la complejidad implícita en la constitución del currículo de la Educación del/en el Campo, sus procesos de formulación, su materialización, sus componentes institucionales políticos manifiestos cotidianamente en la Escuela de Educación Básica Nova Sociedade. La problematización resalta las manifestaciones de la tensión Colonialidad /Decolonialidad evidenciadas en la intersección de los contextos del Ciclo de Políticas del currículo de la Educación del/en el Campo. Elegimos como locus de investigación la “Escuela Nova Sociedade – ENS”, situada en el Asentamiento Itapuí, asentamiento de la reforma agraria del Movimiento de Trabajadores Sin Tierra – MST, en Nova Santa Rita, Rio Grande do Sul, Brasil. El marco temporal se localiza entre 2014 y 2018, datación de los documentos institucionales, (Proyecto político-pedagógico y Regimiento Interno), de la escuela investigada. El soporte epistemológico se ancla en la perspectiva decolonial, comprensión ontológicamente crítica de las imposiciones raciales/étnicas, sociales, políticas, económicas y culturales. Con tal propósito profundiza en los pensamientos de Quijano (1998, 2000, 2005); Walsh (2013); Mignolo (2003, 2005, 2007, 2011) y Dussel (1994, 2007). Buscamos comprender la Educación del/en el Campo de acuerdo con Caldart (2012) y Ribeiro (2010, 2015), como un territorio preferencial de disputa epistemológica (SANTOS, 2009), social y política. De este modo, la investigación destaca la relevancia de la cultura, en sólida relación con la política, como posibilidad de construcción contrahegemónica (GRAMSCI, 1984). Para el desarrollo de este estudio optamos por el Ciclo de Políticas como metodología (BALL, 2012); (BALL; MAGUIRE; BRAUN 2016). Los procedimientos metodológicos están pautados por un abordaje cualitativo crítico de carácter bibliográfico, documental, observaciones in locus y entrevistas semiestructuradas que adquirieron una perspectiva participante en el transcurso del proceso. Las fuentes documentales comprenden los documentos de la escuela: Proyecto político-pedagógico, Regimiento Interno y planes de estudio, además de registro en cuaderno de campo. Fueron realizadas entrevistas con 17 protagonistas del currículo, comprendiendo agricultores(as), asentados(as) de la reforma agraria y educadores(as). Los criterios para la selección de las personas entrevistadas se relacionan con su actuación en el proceso de formación de la escuela y la planeación, construcción y materialización del currículo. La posibilidad imprescindible de volver visibles las manifestaciones decoloniales de los currículos de la Educación del/en el Campo, para investigadores(as) y educadores(as) populares y para los movimientos sociales de este Territorio, justifica este proceso investigativo. En el mismo sentido, las posibles contribuciones de la investigación a los Movimientos Populares de Educación del/en el Campo en la elaboración de sus currículos y la relación entre teoría crítica dialéctica y los estudios decoloniales. La teoría crítica del currículo (APPLE, 1982), contribuye con la articulación de los análisis propuestos por el estudio a partir de la realidad de una escuela del/en el Campo. A través del análisis podemos distinguir manifestaciones decoloniales en el currículo de la Educación del/en el Campo presentes en los textos escolares, en la ocupación del espacio y en la metodología de enseñanza con énfasis en la formación humana integral, fundada en la transformación de las relaciones sociales. La incorporación de aspectos decoloniales en las relaciones de los seres y sus saberes viabiliza el surgimiento de procesos educativos críticos de los patrones de poder históricamente establecidos en el currículo.
ABSTRACT: The objective of this study is focused on understanding and describing the complexity implicit in the constitution of the Rural Education, its formulation processes, its materialization, its institutional political components manifested daily in the School of Basic Education Nova Sociedade. The problematization highlights the manifestations of the Coloniality / Decoloniality tension evidenced in the intersection of the contexts of Policy Cycle of Rural Education curriculum. We chose the “Escuela Nova Sociedade - ENS” as a research locus, located in the Itapuí Settlement belonging to the agrarian reform of the Landless Workers Movement - MST, in Nova Santa Rita, Rio Grande do Sul, Brazil. The time frame includes from 2014 to 2018, the date of the institutional documents, (Political Pedagogical Project and Internal Regulations), of the school studied. The epistemological foundation is anchored in a decolonial approach and its ontologically critical understanding of ethnic/racial, social, political, economic and cultural impositions. For that purpose, it delves into the thought of Quijano (1998, 2000, 2005); Walsh (2013); Mignolo (2003, 2005, 2007, 2011) and Dussel (1994, 2007). We seek to understand Rural Education, according to Caldart (2012) and Ribeiro (2010, 2015), as a preferential territory of epistemological (Santos, 2009), social and political dispute. Thus, the research highlights the relevance of culture, in a solid relationship with politics, as a possibility of counter-hegemonic construction (GRAMSCI, 1984). For the development of this research we opted for the Policy Cycle as a methodology (Ball, 2012); (Ball; Maguire; Braun 2016). The methodological procedures are guided by the critical qualitative approach of a bibliographic and documentary nature, observations in locus and semi-structured interviews. The documentary sources include school documents such as the Political Pedagogical Project, Internal Regulations, study plans and field notebook records. Interviews wereconducted with 17 protagonists of the curriculum, among farmers and educators from this settlement of the agrarian reform. The criteria for the selection of the interviewees were related to their performance in the school training process and / or construction and materialization of the curriculum. The possibility and the need to make the decolonial manifestations visible in the curriculum of the Rural Education, both as a researcher and popular rural educator and for the rural social movements, justify this research process. Likewise, the possible contributions of this research to the Popular Movements of Rural Education in the elaboration of their curricula and the relationship between critical dialectical theory and decolonial studies. The critical theory of the curriculum (Apple, 1982) contributes to the articulation of the analysis proposed by this research through the reality of the rural schools. In the analysis, decolonial manifestations can be perceived in the Rural Education curriculum, present in school texts, in the occupation of space and in the teaching methodology, with emphasis on integral human formation, based on the transformation of social relations. The incorporation of decolonial aspects in the relationships of beings and their knowledge, promotes the insurgency of educational processes with the capacity to criticize the power patterns historically established in the curriculum.
Palavra-chave: Currículo
Educação do/no campo
Decolonialidade
MST
Ciclo de políticas
Palavra-chave em lingua estrangeira: Currículo
Educación del/en el campo
Decolonialidad
MST
Ciclo de políticas
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
Sigla da instituição: UFMT CUC - Cuiabá
Departamento: Instituto de Educação (IE)
Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação
Referência: OLIVEIRA, Rosângela Pereira de. Manifestações decoloniais no currículo da educação do/no campo Escola Nova Sociedade: território de (Re)existência. 2020. 385 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Educação, Cuiabá, 2020.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://ri.ufmt.br/handle/1/5312
Data defesa documento: 3-Dez-2020
Aparece na(s) coleção(ções):CUC - IE - PPGE - Teses de doutorado

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