Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://ri.ufmt.br/handle/1/6065
Tipo documento: Tese
Título: Reconhecimento e cuidado : cotidiano de docentes com condições crônicas de uma instituição de ensino tecnológico
Autor(es): Almeida, Karla Beatriz Barros de
Orientador(a): Barsaglini, Reni Aparecida
Membro da Banca: Barsaglini, Reni Aparecida
Membro da Banca: Beck, Carmem Lúcia Colomé
Membro da Banca: Silva, Rosângela Marion da
Membro da Banca: Ferreira, Gímerson Erick
Membro da Banca: Pignatti, Marta Gislene
Resumo : Objetivou-se analisar o reconhecimento, a partir dos referenciais teóricos de Axel Honneth e Christopher Dejours, e sua relação com o cuidado, conforme Joan Tronto no cotidiano de trabalho e de cronicidade de docentes. De cunho qualitativo, a perspectiva socioantropológica norteou o estudo, por meio da abordagem da experiência, possibilitada pela pesquisa biográfica. No período de janeiro a março de 2021, foram realizadas entrevistas biográficas com dez servidores docentes de uma instituição de ensino tecnológico e superior de Mato Grosso. A organização e a codificação dos dados foram realizadas por meio do uso do software MAXQDA 2020 e a análise dos dados se pautou na análise de conteúdo. Considerando o cotidiano de trabalho dos docentes com condições crônicas, foram tecidas relações entre os significados atribuídos por eles ao seu trabalho e o sofrimento decorrente das repercussões da própria condição crônica, do trabalho e das relações sociais do trabalho geradoras de sentimentos de desrespeito. A atribuição de significados ao trabalho docente se mostrou fundamental na superação das situações adversas, sendo o trabalho fonte de prazer e da identidade docente, sendo a noção de identidade fundamentada no processo de sua construção social. Os esforços de manutenção do trabalho despendidos mesmo diante de agudizações da cronicidade são justificados pela busca constante da possibilidade de viver uma normalidade, opondo-se àqueles sofrimentos. Para tanto, é necessário que ocorra a identificação dos docentes com o trabalho que realizam e o reconhecimento sobre seu trabalho e/ou sobre seus atributos e não sobre o nãotrabalho. A condição crônica em suas agudizações pode comprometer a construção do sentido social do trabalho devido a fragmentações como afastamentos e limitações impostas no exercício do trabalho. O desrespeito, que é oposto ao reconhecimento social, pode ser aliviado por meio do reconhecimento pelo trabalho realizado e o prazer dele decorrente. O prazer no trabalho pode estar relacionado inclusive à amenização das repercussões da condição crônica. A pandemia modificou o cotidiano dos docentes, deflagrando repercussões na condição crônica, que pode ser agudizada e ter sua rotina de cuidados modificada. Percebeu-se que a intensificação e a precarização do trabalho docente foram exacerbadas, gerando outras circunstâncias propulsoras de sofrimento que dificultam a dinâmica do reconhecimento, aumentando a possibilidade de desencadear agudizações da condição crônica. O reconhecimento, em qualquer contexto, é o caminho para o cuidado, podendo uma instituição de ensino ser cuidadora ao revisitar o cuidado oferecido e avaliar como este repercutiu na vida dos docentes adoecidos crônicos, amparando-os dentro das suas potencialidades.
Resumo em lingua estrangeira: ABSTRACT: This study aimed to analyze the recognition, based on the theoretical references of Axel Honneth and Christopher Dejours, and its relationship with care, according to Joan Tronto in the daily work and chronicity of teachers. Qualitatively, the socioanthropological perspective guided the study, through the experience approach, made possible by biographical research. From January to March 2021, biographical interviews were conducted with ten teaching staff from a technological and higher education institution in Mato Grosso. Data were performed through the use of the MAXQDA 2020 software and data analysis was based on content analysis. Considering the daily work of teachers with chronic conditions, relationships were woven between the meanings attributed by them to their work and the suffering resulting from the repercussions of the chronic condition itself, work and social relations of work that generate feelings of disrespect. The attribution of meanings to the teaching work proved fundamental in overcoming adverse situations, and the work was a source of pleasure and the teaching identity, and the notion of identity was based on the process of its social construction. The efforts to maintain the work spent even in the face of sharp ness of chronicity are justified by the constant search for the possibility of living a normality, opposing those sufferings. Therefore, it is necessary to identify teachers with the work they do and to recognize their work and/or their attributes and not about non-work. The chronic condition in its sharpening may compromise the construction of the social sense of work due to fragmentations such as absences and limitations imposed in the exercise of work. Disrespect, which is opposed to social recognition, can be relieved through recognition for the work done and the pleasure resulting from it. Pleasure at work may even be related to the softening of the repercussions of the chronic condition. The pandemic has changed the daily life of teachers, deflating repercussions on the chronic condition, which can be sharpened and have their care routine modified. It was noticed that the intensification and precariousness of teaching work were exacerbated, generating other circumstances that hinder the dynamics of recognition, increasing the possibility of triggering exacerbations of the chronic condition. Recognition, in any context, is the way to care, and a teaching institution can be a caregiver when revisiting the care offered and evaluating how it has had repercussions on the lives of chronicly ill teachers, supporting them within their potentialities.
RESUMEN: Este estudio tuvo como objetivo analizar el reconocimiento, basado en las referencias teóricas de Axel Honneth y Christopher Dejours, y su relación con el cuidado, según Joan Tronto en el trabajo diario y la cronicidad de los profesores. Cualitativamente, la perspectiva socioantropológica guió el estudio, a través del enfoque de la experiencia, posibilitado por la investigación biográfica. De enero a marzo de 2021, se realizaron entrevistas biográficas con diez docentes de una institución tecnológica y de educación superior en Mato Grosso. Los datos se realizaron mediante el uso del software MAXQDA 2020 y el análisis de los datos se basó en el análisis de contenido. Considerando el trabajo diario de los docentes con enfermedades crónicas, se tejieron relaciones entre los significados atribuidos por ellos a su trabajo y el sufrimiento resultante de las repercusiones de la propia condición crónica, las relaciones laborales y sociales de trabajo que generan sentimientos de falta de respeto. La atribución de significados al trabajo docente resultó fundamental para superar situaciones adversas, y el trabajo fue fuente de placer e identidad docente, y la noción de identidad se basó en el proceso de su construcción social. Los esfuerzos por mantener el trabajo realizado incluso frente a la agudeza de la cronicidad se justifican por la búsqueda constante de la posibilidad de vivir una normalidad, oponiéndose a esos sufrimientos. Por lo tanto, es necesario identificar a los docentes con el trabajo que realizan y reconocer su trabajo y/o sus atributos y no sobre el no trabajo. La condición crónica en su agudización puede comprometer la construcción del sentido social del trabajo debido a fragmentaciones como ausencias y limitaciones impuestas en el ejercicio del trabajo. La falta de respeto, que se opone al reconocimiento social, puede aliviarse mediante el reconocimiento del trabajo realizado y el placer que resulta de él. El placer en el trabajo puede incluso estar relacionado con el ablandamiento de las repercusiones de la condición crónica. La pandemia ha cambiado la vida cotidiana de los docentes, desinflando repercusiones en la condición crónica, que puede agudizarse y modificar su rutina de cuidados. Se observó que la intensificación y precariedad del trabajo docente se exacerbaron, generando otras circunstancias que dificultan la dinámica del reconocimiento, aumentando la posibilidad de desencadenar exacerbaciones de la condición crónica. El reconocimiento, en cualquier contexto, es la forma de cuidar, y una institución docente puede ser cuidadora a la hora de revisar la atención ofrecida y evaluar cómo ha repercutido en la vida de los docentes con enfermedades crónicas, apoyándolos dentro de sus potencialidades.
Palavra-chave: Reconhecimento
Cuidado
Trabalho docente
Condições crônicas
Palavra-chave em lingua estrangeira: Recognition
Care
Teaching work
Chronic conditions
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
Sigla da instituição: UFMT CUC - Cuiabá
Departamento: Faculdade de Enfermagem (FAEN)
Programa: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Referência: ALMEIDA, Karla Beatriz Barros de. Reconhecimento e cuidado: cotidiano de docentes com condições crônicas de uma instituição de ensino tecnológico. 2022. 176 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Enfermagem, Cuiabá, 2022.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://ri.ufmt.br/handle/1/6065
Data defesa documento: 25-Apr-2022
Aparece na(s) coleção(ções):CUC - FAEN - PPGENF - Teses de doutorado

Arquivos deste item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
TESE_2022_Karla Beatriz Barros de Almeida.pdf1.66 MBAdobe PDFVer/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.