Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://ri.ufmt.br/handle/1/6442
Tipo documento: Tese
Título: Avaliação da segurança do extrato hidroetanólico da entrecasca do caule de Virola elongata (Benth.) Warb em modelos experimentais in vitro e in vivo
Autor(es): Carvalho, Michellen Santos de
Orientador(a): Martins, Domingos Tabajara de Oliveira
Membro da Banca: Pavan, Eduarda
Membro da Banca: Lemos, Larissa Maria Scalon
Membro da Banca: Martins, Domingos Tabajara de Oliveira
Membro da Banca: Jesus, Neyres Zinia Taveira de
Resumo : Virola elongata (Benth.) Warb. (Myrsticaceae), conhecida popularmente como "mucuíba", é uma espécie arbórea nativa que pode ser encontrada nas regiões de Floresta Amazônica da América do Sul e nas Florestas Tropicais da América Central. Os extratos macerados da casca do caule desta árvore têm sido tradicionalmente usados para tratar vários problemas de saúde, incluindo úlceras gástricas, infecções, inflamações. V. elongata demonstrou propriedades farmacológicas como antiúlcera, gastroprotetora, antiproliferativa, antimitótica, além de efeitos psicoativos. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a toxicidade do extrato hidroetanólico da casca do caule da Virola elongata (EHVe) em modelos experimentais in vivo e in vitro. O EHVe foi obtido pela maceração do pó da entrecasca do caule em solução hidroetanólica 70% (1:10 p/v). A citotoxicidade do EHVe (3,125-200 µg/mL) foi avaliada pelo ensaio de Alamar blue em células epiteliais de ovário de hamster chinês (CHO-k1) e adenocarcinoma gástrico humano (AGS). A avaliação da genotoxicidade do EHVe (10, 30 ou 100 µg/mL) foi realizada em células CHO-k1 pelo teste do micronúcleo. A toxicidade aguda do EHVe foi avaliada pela administração oral de dose única (2.000 mg/kg) em camundongos, de ambos os sexos. A toxicidade subcrônica do EHVe foi avaliada pela administração oral, durante 30 dias, em ratos, de 300, 600 ou 1.200 mg/kg do extrato. As observações clínicas de parâmetros toxicológicos foram anotadas e agrupadas a cada 6 dias. Após o período de tratamento, foi coletado sangue para análises hematológicas e bioquímicas, e alguns órgãos foram retirados para análises macroscópica e histopatológica. EHVe não apresentou citotoxicidade em células CHO-K1 e AGS (IC50 > 200 μg/mL) e não causou danos ao DNA em células CHO-k1. A administração oral de EHVe em dose única de 2.000 mg/kg não resultou na morte dos camundongos, com redução da variação do peso corporal (33,03%, p < 0,05) e aumento do peso relativo do estômago (12 0,82%, p < 0,05) nos camundongos machos, e aumento do peso relativo do baço (25,00%, p < 0,01) em camundongos fêmeas. Na avaliação da toxicidade subcrônica, o EHVe não resultou na morte dos animais ao longo dos 30 dias. Observou-se redução (p < 0,05) no consumo de água de 36,65% e 34,12% nos grupos tratados com 300 e 600 mg/kg de EHVe, respectivamente, no D6, e a excreção urinária dos animais tratados com 600 mg/kg de EHVe apresentou aumento (p < 0,05) ao longo do experimento, com valor máximo de 46,72% no D12. Os hemogramas mostraram que a dose de 300 mg/kg reduziu (p < 0,05) o número absoluto de linfócitos, enquanto as doses de 300, 600 ou 1200 mg/kg de EHVe reduziram a contagem de células de células vermelhas no sangue total em 24,84% (p < 0,01), 16,72% (p < 0,05) e 22,14% (p < 0,01), e o número absoluto de monócitos (p < 0,05) em 59,77%, 65,51%, e 79,81%, respectivamente. Quanto aos parâmetros bioquímicos, o nível de glicose encontrado aumentou 22,41% (p < 0,05) apenas na dose mais alta, enquanto a creatinina foi reduzida em 44,71% (p < 0,05) na dose de 300 mg/ kg de HEVe. Nos animais com as três doses testadas, os níveis plasmáticos de AST e fosfatase alcalina apresentaram redução (p < 0,05) com o grupo veículo. Porém, as alterações hematológicas e bioquímicas observadas estão dentro dos limites fisiológicos para esta espécie animal. Não foram observadas alterações macroscópicas e histopatológicas nos órgãos dos animais tratados com as três doses de HEVe no período de 30 dias. Os resultados mostraram que o EHVe não apresentou citotoxicidade ou genotoxicidade in vitro. O EHVe provou ser seguro em roedores em testes de toxicidade aguda e subaguda. Em ratos, a dose do nível de efeito adverso não observado (NOAEL) foi maior que 1200 mg/kg por via oral.
Resumo em lingua estrangeira: Virola elongata (Benth.) Warb. (Myrsticaceae), popularly known as "mucuíba", is a native tree species that can be found in the Amazon Rainforest regions of South America and the Tropical Forests of Central America. The macerated extracts from the stem bark of this tree have traditionally been used to treat various health problems, including gastric ulcers, infections, and inflammation. V. elongata has demonstrated pharmacological properties such as antiulcer, gastroprotective, antiproliferative, antimitotic, as well as psychoactive effects. The objective of the present study was to evaluate the toxicity of the hydroethanolic extract from the stem bark of Virola elongata (HEVe) in in vivo and in vitro experimental models. HEVe was obtained by macerating stem bark powder in 70% hydroethanolic solution (1:10 w/v). The cytotoxicity of HEVe (3.125-200 µg/mL) was evaluated by Alamar blue assay in Chinese hamster ovary epithelial cells (CHO-k1) and human gastric adenocarcinoma (AGS). The evaluation of the genotoxicity of HEVe (10, 30 or 100 µg/mL) was carried out in CHOk1 cells using the micronucleus test. The acute toxicity of HEVe was evaluated by oral administration of a single dose (2,000 mg/kg) in mice of both sexes. The subchronic toxicity of HEVe was evaluated by oral administration, for 30 days, in rats, of 300, 600 or 1,200 mg/kg of the extract. Clinical observations of toxicological parameters were noted and grouped every 6 days. After the treatment period, blood was collected for hematological and biochemical analysis, and some organs were removed for macroscopic and histopathological analysis. HEVe did not show cytotoxicity in CHO-K1 and AGS cells (IC50 > 200 μg/mL) and did not cause DNA damage in CHO-k1 cells. Oral administration of HEVe in a single dose of 2,000 mg/kg did not result in the death of mice, with a reduction in body weight variation (33.03%, p < 0.05) and an increase in the relative weight of the stomach (12.82%, p < 0.05) in male mice, and increased relative spleen weight (25.00%, p < 0.01) in female mice. In the evaluation of subchronic toxicity, HEVe did not result in the death of the animals over the 30 days. A reduction (p < 0.05) in water consumption of 36.65% and 34.12% was observed in the groups treated with 300 and 600 mg/kg of HEVe, respectively, on D6, and urinary excretion of the treated animals with 600 mg/kg of HEVe showed an increase (p < 0.05) throughout the experiment, with a maximum value of 46.72% on D12. Blood counts showed that the dose of 300 mg/kg reduced (p < 0.05) the absolute number of lymphocytes, while doses of 300, 600 or 1200 mg/kg of HEVe reduced the red blood cell count in whole blood. in 24.84% (p < 0.01), 16.72% (p < 0.05) and 22.14% (p < 0.01), and the absolute number of monocytes (p < 0.05) at 59.77%, 65.51%, and 79.81%, respectively. As for biochemical parameters, the glucose level was found to increase by 22.41% (p < 0.05) only at the highest dose, while creatinine was reduced by 44.71% (p < 0.05) at the 300 mg/ kg of HEVe. In animals with the three doses tested, plasma levels of AST and alkaline phosphatase showed a reduction (p < 0.05) with the vehicle group. However, the hematological and biochemical changes observed are within physiological limits for this animal species. No macroscopic and histopathological changes were observed in the organs of animals treated with the three doses of HEVe over a period of 30 days. The results showed that HEVe did not present cytotoxicity or genotoxicity in vitro. HEVe has proven safe in rodents in acute and subacute toxicity tests. In rats, the no observed adverse effect level (NOAEL) dose was greater than 1200 mg/kg orally.
Palavra-chave: Virola elongata
Toxicidade
In vivo
In vitro
Palavra-chave em lingua estrangeira: Virola elongata
Toxicity
In vivo
In vitro
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
Sigla da instituição: UFMT CUC - Cuiabá
Departamento: Faculdade de Medicina (FM)
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Referência: CARVALHO, Michellen Santos de. Avaliação da segurança do extrato hidroetanólico da entrecasca do caule de Virola elongata (Benth.) Warb em modelos experimentais in vitro e in vivo. 2024. 84 f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) - Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Medicina, Cuiabá, 2024.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://ri.ufmt.br/handle/1/6442
Data defesa documento: 1-Mar-2024
Aparece na(s) coleção(ções):CUC - FM - PPGCS - Teses de doutorado

Arquivos deste item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
TESE_2024_Michellen Santos de Carvalho.pdf2.07 MBAdobe PDFVer/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.