Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://ri.ufmt.br/handle/1/6553
Tipo documento: | Dissertação |
Título: | Influência do grau de obesidade ou da atividade física na variabilidade da frequência cardíaca ambulatorial e risco cardiovascular em pacientes obesos candidatos a cirurgia bariátrica |
Autor(es): | Alves, Débora Andréa Castiglioni |
Orientador(a): | Cambri, Lucieli Teresa |
Coorientador: | Cunha, Gisela Arsa da |
Membro da Banca: | Cambri, Lucieli Teresa |
Membro da Banca: | Pinheiro, Marcelo Maia |
Membro da Banca: | Oliveira, Júlio Cezar de |
Resumo : | Este estudo avaliou se o grau de obesidade ou a atividade física influenciam a pressão arterial (PA) e a modulação autonômica cardíaca ambulatorial em participantes com obesidade que pretendiam realizar cirurgia bariátrica. É um estudo retrospectivo de pacientes encaminhados para avaliação cardiológica pré-operatória para cirurgia bariátrica, realizado na Clínica Cardios Exames Gráficos LTDA, no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2018. Método: Indivíduos com obesidade (n = 1055) foram divididos em grupos de obesidade grau II (n = 524) e grau III (n = 531) (37,90 vs 42,3 kg/m2 ), e posteriormente divididos em insuficientemente ativos (n = 825) e ativos fisicamente (n= 230). Os critérios de inclusão foram: ter entre 18 e 64 anos de idade; ambos os sexos e IMC ≥ 35 kg/m2 . Os seguintes dados foram obtidos dos prontuários: biográficos (idade, sexo), antropométricos (massa corporal, estatura), antecedentes pessoais para os fatores de risco cardiovascular (hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemia e tabagismo), uso de medicamentos, informações referentes a prática de atividade física, sinais vitais de repouso (frequência cardíaca - FC, pressão arterial) e a modulação autonômica cardíaca de 24h (Holter 24h). Foram analisados os índices de variabilidade da FC no domínio do tempo (SDNN, SDANN, rMSSD e pNN50) e no domínio da frequência (LF, HF e LF/HF). O teste T não pareado para dados paramétricos e o teste U de Mann-Whitney para dados não paramétricos foram utilizados para comparar variáveis entre 1) grupo obesos grau III vs grau II; 2) grupo fisicamente ativo vs insuficientemente ativo; 3) grupo com baixo vs alto SDNN. As variáveis categóricas (sexo, presença de obesidade grau III, hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemia, uso de medicamentos e tabagismo) foram comparadas pelo teste Qui-quadrado. Adicionalmente, foi calculada a razão de chance do grupo obeso grau III, grupo com baixo SDNN ou grupo fisicamente ativo apresentar diagnóstico de obesidade grau III, hipertensão arterial, diabetes mellitus e dislipidemia. Resultados: PA mais elevada (128 vs 126 e 85 vs 84 mmHg, p < 0,01), chances de diagnóstico de hipertensão (OR 2,05 (1,60- 2,63; p < 0,01) e uso de medicamentos para hipertensão (OR 2,00 (1,54-2,60; p < 0,01) e menores índices de variabilidade da frequência cardíaca (VFC) (p < 0,01) foram observados no grupo de obesidade grau III comparados ao grau II. Indivíduos obesos com baixo SDNN tem maiores indicadores de obesidade (41,30 vs 38,90 kg/m2; p < 0,01), PA (128 vs 126 e 85 vs 84 mmHg; p <0,05) e menores índices de VFC (p < 0,01) em comparação aos indivíduos obesos com alto SDNN, também tem 74% mais chance de diagnóstico de hipertensão (OR 1,74 (1,36- 2,22 p < 0,01), 88% mais chance (OR 1,88 (1,45 – 2,44 p < 0,01) de tomar medicação para hipertensão, 11% mais chance (OR 1,11-2,22 p < 0,01) de diagnóstico de DM, assim como, indivíduos com obesidade grau III tem 3,96 vezes maior chance (OR 3,96 (3,07-5,11; p < 0,01) de apresentar baixo SDNN. Por outro lado, menores indicadores de obesidade (39,80 vs 40,00 kg/m2; p < 0,01), PA sistólica (125 vs 128 mmHg; p < 0,01), diagnóstico de hipertensão (OR 0,64 (0,47-0,87; p < 0,01) , uso de medicamentos para hipertensão (OR 0,70 (0,50-0,96; p = 0,02) e índices ambulatoriais de VFC mais elevados foram observados no grupo de fisicamente ativo (p < 0,01) comparado ao grupo insuficientemente ativo. Conclusão: A obesidade grau III demonstrou influência negativa na PA e na VFC ambulatorial, no entanto, a atividade física parece mitigar esses efeitos ao se verificar melhor modulação autonômica cardíaca e menor chance de hipertensão e uso de medicamentos. |
Resumo em lingua estrangeira: | This study evaluated whether the degree of obesity or physical activity influences blood pressure (BP) and ambulatory cardiac autonomic modulation in participants with obesity who intended to undergo bariatric surgery. It is a retrospective study of patients referred for preoperative cardiology evaluation for bariatric surgery, carried out at Clínica Cardios Exame Gráficos LTDA, from January 2010 to December 2018. Methods: Individuals with obesity (n = 1055) were divided into grade II obesity (n = 524) and grade III obesity (n = 531) groups (37.90 vs 42.3 kg/m2 ), and further divided into insufficiently active (n = 825) and physically active (n = 230) groups. Inclusion criteria were: age between 18 and 64 years; both sexes and BMI ≥ 35 kg/m2 . The following data were obtained from medical records: biographical (age, sex), anthropometric (body mass, height), personal history of cardiovascular risk factors (hypertension, diabetes mellitus, dyslipidemia, and smoking), use of medications, information regarding physical activity, vital signs at rest (heart rate - HR, blood pressure), and 24-hour cardiac autonomic modulation (Holter24-hour). Heart rate variability indices were analyzed in the time domain (SDNN, SDANN, rMSSD and pNN50) and in the frequency domain (LF, HF and LF/HF). The unpaired T-test for parametric data and the Mann-Whitney U test for nonparametric data were used to compare variables between 1) grade III vs. grade II obese group; 2) active vs. insufficiently active group; 3) low vs. high SDNN group. Categorical variables (gender, presence of grade III obesity, hypertension, diabetes mellitus, dyslipidemia, use of medications, and smoking) were compared using the Chi-square test. In addition, the odds ratio of the grade III obese group, the group with low SDNN, or the physically active group with a diagnosis of grade III obesity, arterial hypertension, diabetes mellitus, and dyslipidemia was calculated. Results: higher BP (128 vs 126 and 85 vs 84 mmHg, p < 0.01), odds of diagnosis of hypertension (OR 2.05 (1.60-2.63; p < 0.01) and use of hypertension medications (OR 2.00 (1.54-2.60; p < 0.01) and lower heart rate variability (HRV) indices (p < 0.01) were observed in the grade III obesity group compared to grade II. Obese individuals with low SDNN have higher indicators of obesity (41.30 vs 38.90 kg/m2; p < 0.01), BP (128 vs 126 and 85 vs 84 mmHg; p <0.05) and lower HRV indices (p < 0.01) compared to obese individuals with high SDNN, are also 74% more likely to be diagnosed with hypertension (OR 1.74 (1.36-2.22 p < 0.01), 88% more chance (OR 1.88 (1.45-2.44 p < 0.01) to take medication for hypertension, 11% more chance (OR 1.11-2.22 p < 0.01) to be diagnosed with DM, and grade III obesity individuals are 3.96 times more chance (OR 3.96 (3.07-5.11; p < 0.01) of presenting low SDNN. On the other hand, lower obesity indicators (39.80 vs 40.00 kg/m2; p < 0.01), systolic BP (125 vs 128 mmHg; p < 0.01), diagnosis of hypertension (OR 0.64 (0.47-0.87; p < 0.01) and use of hypertension medications (OR 0.70 (0.50-0.96; p = 0.02) and higher outpatient HRV indices were observed in the physically active group (p < 0.01) compared to the insufficiently active group. Conclusion: In summary, although grade III obesity showed a negative influence on outpatient BP and HRV, physical activity improved cardiac autonomic modulation and decreased the chance of hypertension and the use of medications. |
Palavra-chave: | Variabilidade da frequência cardíaca Obesidade Atividade física Fatores de risco cardiovascular |
Palavra-chave em lingua estrangeira: | Heart rate variability Obesity Physical activity Cardiovascular risk factors |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::EDUCACAO FISICA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Federal de Mato Grosso |
Sigla da instituição: | UFMT CUC - Cuiabá |
Departamento: | Faculdade de Educação Física (FEF) |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Educação Física |
Referência: | ALVES, Débora Andréa Castiglioni. Influência do grau de obesidade ou da atividade física na variabilidade da frequência cardíaca ambulatorial e risco cardiovascular em pacientes obesos candidatos a cirurgia bariátrica. 2024. 54 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) - Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Educação Física, Cuiabá, 2024. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://ri.ufmt.br/handle/1/6553 |
Data defesa documento: | 7-Aug-2024 |
Aparece na(s) coleção(ções): | CUC – FEF – PPGEF – Dissertações de mestrado |
Arquivos deste item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
DISS_2024_Débora Andréa Castiglioni Alves.pdf | 813.96 kB | Adobe PDF | Ver/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.