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http://ri.ufmt.br/handle/1/7106
Tipo documento: | Tese |
Título: | Distribuição geoespacial dos casos de covid-19 em Mato Grosso, perfil epidemiológico e clínico de indivíduos recuperados da infecção no Vale do São Lourenço |
Autor(es): | Silva, Jéferson Pereira da |
Orientador(a): | Slhessarenko, Renata Dezengrini |
Membro da Banca: | Slhessarenko, Renata Dezengrini |
Membro da Banca: | Pavoni, Juliana Helena Chavez |
Membro da Banca: | Oliveira, Ruberlei Godinho de |
Membro da Banca: | Santos, Marcelo Adriano Mendes dos |
Membro da Banca: | Taques, Isis Indaiara Gonçalves Granjeiro |
Resumo : | A pandemia de COVID-19 impactou os sistemas de saúde pública global, afetando a qualidade de vida de diversos grupos populacionais. Esta pesquisa empregou análises espaço-temporais para examinar a distribuição dos casos e óbitos por COVID-19 no estado de Mato Grosso (MT) entre 2020 e 2023 a partir de dados secundários do IndicaSUS. Durante esse período, foram registrados 879.706 casos, com disparidades regionais notáveis. Mulheres apresentaram uma incidência ligeiramente maior de infecção, enquanto homens exibiram taxas de mortalidade mais elevadas, especialmente aqueles com comorbidades como hipertensão e diabetes. Clusters de alto risco foram identificados em municípios específicos, como Campo Novo do Parecis, Porto Estrela e Nova Ubiratã, destacando a dinâmica espacial da pandemia no estado. Além das manifestações agudas da doença, um número crescente de evidências destaca o surgimento da síndrome pós-COVID-19, caracterizada por sinais e sintomas persistentes que duram mais de 90 dias após a recuperação clínica. Esta pesquisa investigou os perfis epidemiológico e clínico de indivíduos recuperados da COVID-19 em quatro municípios da região do Vale do São Lourenço, Mato Grosso, Brasil: Jaciara, Dom Aquino, São Pedro da Cipa e Juscimeira. Esses municípios formam um agrupamento demográfico e geográfico significativo, facilitando uma análise transversal robusta. Uma amostra de 361 adultos recuperados da COVID-19 foi submetida a avaliações clínicas entre 3 meses e 3 anos após a recuperação. A maioria dos participantes era do sexo feminino (62,1%), de etnia/cor parda (64,82%) e tinha média de idade de42 anos. A maioria dos participantes concluiu o ensino médio (52,34%) e possuía renda de até dois salários-mínimos (66%). A gravidade dos episódios agudos da doença foi classificada em leve (n=295), moderada (n=52) e crítica (n=14). Os principais achados revelaram associações significativas entre comportamentos e condições de saúde, como inatividade física, insônia, tabagismo e hipertensão, com a gravidade dos sintomas da COVID-19 na fase aguda. No total, foram identificados 33 sintomas persistentes entre os participantes, incluindo fadiga (n=232), cefaleia (n=161), perda de memória (n=148) e fraqueza muscular (n=121). Notavelmente, indivíduos avaliados mais de 12 meses após a recuperação relataram, em média, menos sintomas (6,43) em comparação com aqueles avaliados anteriormente (7,92). A fadiga persistiu em todos os níveis de gravidade da doença aguda, enquanto a falta de ar predominou em casos críticos. Os desfechos gestacionais e neonatais entre 28 gestantes infectadas pelo SARS-CoV-2 durante a gestação e seus neonatos/bebês demonstrou que nenhum caso exigiu hospitalização, e os desfechos neonatais foram amplamente positivos, com escores de APGAR variando entre 7 e 10 no primeiro e quinto minutos de vida. Esses resultados foram atribuídos à priorização da vacinação para gestantes, reduzindo a gravidade da doença neste grupo de risco avaliado. Este estudo ressalta a importância da integração de dados clínicos, epidemiológicos e espaciais para orientar políticas de saúde pública. Os achados não apenas lançam luz sobre os impactos a longo prazo da COVID-19, mas também enfatizam a necessidade de abordagens multidisciplinares para enfrentar a síndrome pós-COVID-19 e mitigar futuras crises sanitárias. Os formuladores de políticas em saúde podem utilizar esses insights para desenvolver intervenções direcionadas, otimizar a alocação de recursos e apoiar de maneira eficaz as populações vulneráveis. |
Resumo em lingua estrangeira: | The COVID-19 pandemic has impacted public health systems worldwide, affecting the quality of life of several population groups. This research used spatiotemporal analyses to examine COVID-19 cases and deaths distribution in Mato Grosso State between 2020 and 2023 using secondary data from IndicaSUS. During this period, a total of 879,706 cases were recorded, with notable regional disparities. Women had a slightly higher incidence, whereas men exhibited higher mortality rates, particularly those with comorbidities such as hypertension and diabetes. High-risk clusters were identified in specific municipalities, including Campo Novo do Parecis, Porto Estrela, and Nova Ubiratã, highlighting the pandemic spatial dynamics within the state. Beyond the acute manifestations of the disease, a growing body of evidence highlights the emergence of post-COVID-19 syndrome, characterized by persistent signs and symptoms lasting more than 90 days after clinical recovery. This study investigated the epidemiological and clinical profiles of individuals who had recovered from COVID-19 in four municipalities of the Vale do São Lourenço region, Mato Grosso, Brazil: Jaciara, Dom Aquino, São Pedro da Cipa, and Juscimeira. These municipalities form a significant demographic and geographic cluster, enabling a robust cross-sectional analysis. A sample of 361 adults who had recovered from COVID-19 underwent clinical evaluations between 3 months and 3 years post-recovery. Majority of participants were female (62.1%), of mixed ethnicity/color (64.82%), and had an average age of approximately 42 years. Most participants completed high school (52.34%) and had an income of up to two minimum wages (66%). The severity of acute disease episode was classified as mild (n=295), moderate (n=52), and critical (n=14). Key findings revealed significant associations between certain behaviors and health conditions, such as physical inactivity, insomnia, smoking, and hypertension—and the severity of acute COVID-19 . A total of 33 persistent symptoms were identified among participants, including fatigue (n=232), headache (n=161), memory loss (n=148), and muscle weakness (n=121). Notably, individuals evaluated more than 12 months post-recovery reported on average, fewer symptoms (6.43) compared to those assessed earlier (7.92). Fatigue persisted across all acute disease severity levels, whereas shortness of breath was predominantly associated with critical cases. Another focus of the study was the gestational and neonatal outcomes among 28 pregnant women infected with SARS-CoV-2. Overall, no severe case requiring hospitalization was recorded; neonatal outcomes were positive, with APGAR scores ranging between 7 and 10 in the first and fifth minutes of life. These results were attributed to the vaccination prioritization of pregnant women, reduzing disease severity in this risk group. This study underscores the importance of integrating clinical, epidemiological, and spatial data to inform public health policies. The findings not only shed light on the long-term impacts of COVID-19 but also emphasize the need for multidisciplinary approaches to address post-COVID-19 syndrome and mitigate future health crises. Public health strategists can leverage these insights to develop targeted interventions, optimize resource allocation, and effectively support vulnerable populations. |
Palavra-chave: | COVID-19 Síndrome pós-COVID-19 Perfil epidemiológico COVID-19 longa Mato Grosso |
Palavra-chave em lingua estrangeira: | COVID-19 Post-COVID-19 syndrome Epidemiological profile Long COVID 19 Mato Grosso |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Federal de Mato Grosso |
Sigla da instituição: | UFMT CUC - Cuiabá |
Departamento: | Faculdade de Medicina (FM) |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde |
Referência: | SILVA, Jéferson Pereira da. Distribuição geoespacial dos casos de covid-19 em Mato Grosso, perfil epidemiológico e clínico de indivíduos recuperados da infecção no Vale do São Lourenço. 2025. 115 f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) - Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Medicina, Cuiabá, 2025. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://ri.ufmt.br/handle/1/7106 |
Data defesa documento: | 26-Mar-2025 |
Aparece na(s) coleção(ções): | CUC - FM - PPGCS - Teses de doutorado |
Arquivos deste item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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