Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://ri.ufmt.br/handle/1/4049
Tipo documento: Dissertação
Título: Borderland : formação de professores e práticas de letramento de inglês para alunos surdos
Autor(es): Coelho, Jubileia Mendes de Matos
Orientador(a): Jesus, Dánie Marcelo de
Membro da Banca: Jesus, Dánie Marcelo de
Membro da Banca: Vesz, Fernando Zolin
Membro da Banca: Caetano, Carmem Jená Machado
Resumo : A ideia de fronteira significa mais do que os conceitos de limite, margem, delimitação e deslocamento. Agasalha o sentido também de aproximação e movimento. A conceituação de fronteira como entre-lugar – espaço que une Borderland (ÁGUAS, 2013) – traduz lugar de interação, movimento de práticas socioculturais. A metáfora Borderland, descreve, nesse traçado de pesquisa, um espaço fronteiriço de movimentos de aproximação cultural e linguístico entre professores ouvintes e alunos surdos no ensino de línguas (inglês). Nesse viés, a concepção de língua não constitui um conjunto fechado, uniforme e indivisível, mas abraça a ideia do entre- -lugar como um espaço aberto de práticas sociais e culturais situadas de leitura e escrita, ou seja, práticas de letramento. O objetivo é analisar a experiência de ensinar inglês para alunos surdos. Para tanto, examino a formação de professores de línguas. O referencial teórico abarca estudos de letramento (DUBOC, 2007; DUBOC, 2015; MATTOS, 2015; MONTE MÓR, 2013a; MONTE MÓR, 2013b; MONTE MÓR, 2015; STREET, 2014) e letramento crítico (JESUS, 2017; JORDÃO, 2015; JORDÃO, 2016; MENEZES DE SOUZA, 2011a; MENEZES DE SOUZA, 2011b). Envolve também línguas adicionais (SCHLATTER; GARCEZ, 2009; SCHLATTER; GARCEZ, 2012) e cuidando de algumas demandas educacionais dos alunos surdos no Brasil, como a educação bilíngue de duas modalidades – língua oral e língua sinalizada –, e a perspectiva das diferenças e não deficiência do surdo em nosso contexto educacional. Metodologicamente, este estudo se enquadra dentro de um paradigma de pesquisa qualitativo-interpretativista (BORTONIRICARDO, 2008; BOGDAN; BIKLEN, 1994). Os principais instrumentos para a geração dos dados foram filmagem e transcrição de aulas e entrevistas, questionário de sondagem, atividades desenvolvidas em sala de aula e observação participativa. A pesquisa considerou as atividades de leitura e escrita, somada às impressões do pesquisador-observador, bem assim impressões e sentidos atribuídos pelas professoras-alunas sobre sua ação pedagógica. O mote que originou este trabalho ocorreu em decorrência da observação das práticas de letramento de leitura e escrita no ensino de línguas (inglês), desenvolvidas por um grupo de cinco professoras em formação do curso de Letras de uma universidade pública, durante estágio supervisionado para duas turmas de alunos surdos. Estes eram adolescentes, jovens e adultos, em nível inicial de aprendizagem de inglês, cursando o ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos. Os resultados apontaram que práticas de letramento de leitura e escrita de inglês se revelaram um espaço fronteiriço de interação com alguma aprendizagem significativa para os alunos surdos. Desse modo, conclui-se que a prática de estágio ensejou às participantes desta pesquisa a constante revisitação de sua própria ação pedagógica, ao longo de todo o estágio, e a percepção dessa prática como um momento de aprendizagem. Isso permite pontuar que a perspectiva monolíngue (ZOLIN-VESZ, 2014; ZOLIN-VESZ, 2015; ZOLIN-VESZ, 2016; ZOLIN-VESZ; LIMA, 2017) pode ser problematizada a partir de uma prática docente que promova a reflexividade, favorecida por constantes mediações e questionamentos teóricometodológicos.
Resumo em lingua estrangeira: The idea of boundary means more than the concepts of boundary, margin, delimitation and displacement. It clutters the sense of approach and movement too. The conceptualization of the border as between-place (ÁGUAS, 2013) - space that unites Borderland - translates place of interaction, movement of sociocultural practices. The Borderland metaphor describes, in this research trajectory, a border space of cultural and linguistic approximation between hearing teachers and deaf students in language teaching. In this bias, the conception of language does not constitute a closed, uniform and indivisible set, but it embraces the idea of inter-place as an open space of social and cultural practices located in reading and writing, that is, literacy practices. The goal is to analyze the experience of teaching English to deaf students. To that end, I examine the training of language teachers. The theoretical reference covers studies of literacy (DUBOC, 2007; DUBOC, 2015; MATTOS, 2015; MONTE MÓR, 2013a; MONTE MÓR, 2013b; MONTE MÓR, 2015; STREET, 2014) and critical literacy (JESUS, 2017; JORDÃO, 2015; JORDÃO, 2016; MENEZES DE SOUZA, 2011a; MENEZES DE SOUZA, 2011b). It also involves additional languages and takes care of some educational demands of deaf students in Brazil, such as bilingual education of two modalities - oral and sign language - and the perspective of differences and not deafness in the same educational context. Methodologically, this study fits within a paradigm of qualitative-interpretative research (BONTONI-RICARDO, 2008; BOGDAN; BIKLEN, 1994). The main instruments for data generation were filming and transcription of classes and interviews, probing questionnaire, classroom activities and participatory observation. The research considered the activities of reading and writing, together with the impressions of the researcher-observer, as well as impressions and meanings attributed by the female teachers on their pedagogical action. The motto that originated this work occurred as a result of the observation of reading and writing literacy practices in language teaching (English), developed by a group of five teachers in the course of Letters of a public university during a supervised stage for two classes of deaf students. These were adolescents, young people and adults, in an initial level of English learning, attending elementary school, high school and youth and adult education. The results showed that English reading and writing literacy practices proved to be a frontier area of interaction with some meaningful learning for deaf students. In this way, it is concluded that the internship practice allowed the participants of this research to constantly revisit their own pedagogical action, throughout the entire stage, and the perception of this practice as a moment of learning. This allows pointing out that the monolingual perspective (ZOLIN-VESZ, 2014; ZOLIN-VESZ, 2015; ZOLIN-VESZ, 2016; ZOLIN-VESZ; LIMA, 2017) can be problematized from a teaching practice that promotes reflexivity, favored by constant mediations and theoretical-methodological questions.
Palavra-chave: Práticas de letramento
Formação de professores
Estudos de letramento
Ensino de inglês para surdos
Letramento crítico
Palavra-chave em lingua estrangeira: Literacy practices
Teacher training
Literacy studies
Teaching english for the deaf
Critical literacy
CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
Sigla da instituição: UFMT CUC - Cuiabá
Departamento: Instituto de Linguagens (IL)
Programa: Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem
Referência: COELHO, Jubileia Mendes de Matos. Borderland: formação de professores e práticas de letramento de inglês para alunos surdos. 2017. 135 f. Dissertação (Mestrado em Estudos de Linguagem) - Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Linguagens, Cuiabá, 2017.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://ri.ufmt.br/handle/1/4049
Data defesa documento: 4-Dec-2017
Aparece na(s) coleção(ções):CUC - IL - PPGEL - Dissertações de mestrado

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