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Tipo documento: Tese
Título: Esquizografias infantis entre as relações de gêneros no espaçotempo da escola
Autor(es): Souza, Edilma de
Orientador(a): Monteiro, Silas Borges
Membro da Banca: Oliveira, Bárbara Cortella Pereira de
Membro da Banca: Petry, Cleriston
Membro da Banca: Raic, Daniele Farias Freire
Membro da Banca: Monteiro, Silas Borges
Membro da Banca: Maldonado, Maritza Maciel Castrillon
Resumo : Entre os liames e os dramas de acontecências infantis, as quais fervilham o espaçotempo da escola, é vivenciado multiplicidades de afetos e sensibilidades que tocam e se deixam tocar pelos dizeres, sentires e saberesfazeres que pululam com a vida ordinária. Na educação há discursos que pairam sobre o protagonismo infantil e se tornam necessários à sua problematização, pois a partir das vivências, sentidas na pele em sala de aula, observa-se que há palavras, ações e gestos que propagam a homogeneização, a normatividade e o falogocentrismo, como processos deterministas e presentes na objetivação das subjetividades infantis. No tocante da pesquisa, foi-se problematizado a presença do falogocentrismo no espaçotempo da escola na observância de compreender: Como as crianças reverberam atos de performatividades de gêneros entre os discursos binários e heteronormativos no contexto de suas vivências escolares? Nessa aposta, a partir do pensamento na/da diferença, a pesquisa percorreu pelos labirintos de inscrições dos cotidianos de uma escola pública da rede estadual no interior do estado de Mato Grosso entre as crianças que frequentavam o quinto do ano do ensino fundamental, com o objetivo de encontrar, na direção de outros fluxos e práticas não costumeiras, os enunciados de palavras e discursos que intentam subverter alguns padrões impostos oriundos da ordem da governamentalidade falogocêntrica, como também, os deslocamentos inventivos crianceiros. O caminho investigativo da pesquisa foi trilhado pelo método da Dramatização, proposto por Deleuze na obra A ilha deserta e outros textos (2006), o qual constitui-se como um exercício do pensamento filosófico, tendo como procedimentos: a leitura, a compreensão, a análise e a produção do pensamento, os quais foram explicitados no texto por meio da escritura infantil, resultando nas esquizografias. As esquizografias, designam-se como uma escritura subversiva na possibilidade de experimentar outros (im)possíveis, linhas de fugas e resistência às ordens de discursos que tentam a todo momento oprimir a vida. Portanto, nesta investidura, as crianças participaram de oficinas de transcriação, por meio de filmes de curtas-metragens, nos quais os infantis assistiram, problematizaram e produziram leituras-escritas de seus pensamentos. Por intermédio das esquizografias, as crianças afirmaram-se como arteiros de uma vida inventiva, como também, assumiram o carácter revolucionário existente ao profanar a norma, a forma, o formal e o normal. Considerando o movimento escritural das esquizografias, foi possível ponderar como esse ato minoritário resiste às formas de domesticação e controle das almas crianceiras, apresentando a possibilidade imanente do devir-criança, a potencialidade da novidade infantil no currículo da escola, pois outras maneiras foram criadas e barreiras foram quebradas para mostrar que no currículo há a possibilidade da profanação, invenção, modificação e a improvisação de outros (im)possíveis em respeito às alteridades que na escola habitam.
Resumo em lingua estrangeira: Between the bonds and dramas of childhood events, which swarm the school's space-time, multiplicities of affections and sensibilities are experienced that touch and allow themselves to be touched by the sayings, feelings and know-how that swarm with ordinary life. In education, there are discourses that hover over child protagonism and their problematization becomes necessary, because from the experiences felt on the skin in the classroom, it is observed that there are words, actions and gestures that propagate homogenization, normativity and phallogocentrism as deterministic processes and present in the objectification of children's subjectivities. Regarding the research, the presence of phallogocentrism in the space-time of the school was problematized in the observance of understanding: How do children reverberate acts of gender performativities between binary and heteronormative discourses in the context of their school experiences? In this bet, from the thought in/from difference, the research went through the labyrinths of inscriptions in the daily life of a public school in the state network in the interior of the state of Mato Grosso among children who attended the fifth year of elementary school. With the objective of finding, in the direction of other non-customary flows and practices, the enunciations of words and speeches that intend to subvert some imposed standards arising from the order of phallocentric governmentality, as well as child-inventive displacements. The investigative path of the research was followed by the Dramatization method, proposed by Deleuze in the work The Desert Island and Other Texts (2006), this is an exercise in philosophical thinking, having as procedures: reading, understanding, analysis and production of thought, which were explained in the text through children's writing, resulting in schizographies. Schizographies are designated as a subversive writing in the possibility of experiencing other (im)possibles, lines of escape and resistance to the orders of discourses that try to oppress life at all times. Therefore, in this investiture, the children participated in transcreation workshops, through short films, in which the children watched, problematized and produced written-readings of their thoughts. Through schizographies, children asserted themselves as craftsmen of an inventive life, as well as taking on the existing revolutionary character by profaning the norm, the form, the formal and the normal. Considering the scriptural movement of schizographies, it was possible to consider how this minority act resists the forms of domestication and control of child souls, presenting the immanent possibility of becoming-child, the potentiality of childhood novelty in the school curriculum, as other ways were created and barriers were broken to show that in the curriculum there is the possibility of profanation, invention, modification and the improvisation of other (im)possibles in respect to the alterities that inhabit the school.
Palavra-chave: Crianças
Currículo
Escola
Esquizografias
Relações de gêneros
Palavra-chave em lingua estrangeira: Children
Curriculum
School
Schizographies
Gender relations
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
Sigla da instituição: UFMT CUC - Cuiabá
Departamento: Instituto de Educação (IE)
Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação
Referência: SOUZA, Edilma de. Esquizografias infantis entre as relações de gêneros no espaçotempo da escola. 2022. 218 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Educação, Cuiabá, 2022.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://ri.ufmt.br/handle/1/4331
Data defesa documento: 4-Feb-2022
Aparece na(s) coleção(ções):CUC - IE - PPGE - Teses de doutorado

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