Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://ri.ufmt.br/handle/1/4914
Tipo documento: Dissertação
Título: Qualidade de vida no trabalho em enfermagem : análise da precariedade do trabalho
Autor(es): Teixeira, Karlla Raryagnne
Orientador(a): Ribeiro, Antônio César
Membro da Banca: Ribeiro, Antônio César
Membro da Banca: Valim, Marilia Duarte
Membro da Banca: Chaves, Lucieli Dias Pedreschi
Resumo : a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) possui relação intrínseca com as atividades laborais desenvolvidas pelo trabalhador, repercutindo sobre a performance de trabalho, saúde, relacionamentos, satisfação profissional e projeção social. No entanto, tal objeto de estudo carece de investigação, visto que se evidencia no cenário de trabalho do setor saúde a precarização das relações trabalhistas sob influência de políticas neoliberais existentes no país e que pode afetar a QVT dos trabalhadores de enfermagem. Objetivos: avaliar a Qualidade de Vida no Trabalho entre trabalhadores de enfermagem; caracterizar o perfil sociodemográfico e profissional; e verificar a associação da Qualidade de Vida no Trabalho com a natureza do vínculo empregatício entre os trabalhadores de enfermagem. Método: estudo epidemiológico, analítico, com delineamento transversal, desenvolvido em um hospital público, em Cuiabá-MT. A população foi constituída por 486 de trabalhadores de enfermagem, sendo 103 enfermeiros e 383 trabalhadores de nível médio. A coleta de dados aconteceu em julho e agosto de 2019. Para a construção do perfil sociodemográfico e profissional dos participantes, realizaram-se entrevistas com instrumento estruturado. Para avaliação da QVT, utilizou-se o instrumento autoaplicável Qualidade Total de Vida no Trabalho (TQWL-42). Para a construção do perfil sociodemográfico e histórico profissional, realizou-se análise descritiva com frequência absoluta e relativa e análise estatística bivariada por meio do teste qui-quadrado. Os resultados da classificação de QVT foram submetidos ao teste qui-quadrado para associação das frequências com as variáveis independentes do estudo; e para comparação das médias das esferas, aplicou-se o teste t de Student. Resultados: dos enfermeiros, 53,4% são prestadores de serviço, 87,3% exercem uma jornada semanal de trabalho de 40 horas semanais e 50,4% possuem outros vínculos empregatícios. Entre os trabalhadores de nível médio, 62,9% declaram ser estatutários, 66,8% realizam jornada de trabalho de 40 horas e 63,1% não possuem outros vínculos empregatícios. Quanto à classificação geral de QVT, 33% dos enfermeiros estão insatisfeitos. Nessa categoria, a prevalência de insatisfação se deu entre os estatutários (39,5%), com jornada de trabalho semanal de 40 horas (34,4%), e entre os que não possuem outro vínculo (33,3%); entre os trabalhadores de nível médio, 29,2% encontram-se insatisfeitos e a prevalência de insatisfação foi para os prestadores de serviços (29,5%) cuja carga horária de trabalho é de 40 horas semanais (34,3%) e que possuem outros vínculos (35,4%). Na comparação das médias das esferas de QVT entre as categorias profissionais, identificou-se p- valor significante nas esferas biológica/ fisiológica (p=0,007) e sociológica/relacional (p=0,005). Já na comparação das médias por categorias, segundo a natureza do vínculo, observou-se entre os enfermeiros p-valor significante nas esferas biológica/ fisiológica (p=0,002) e entre os trabalhadores de nível médio significância estatística nas esferas biológica/fisiológica (p=0,005) e psicológica/comportamental (p=0,008). Conclusão: os resultados demonstraram que a natureza do vínculo não influenciou estatisticamente na QVT desse grupo, porém fatores como idade, menor tempo de formação na área, atuação na assistência, jornada semanal de trabalho e múltiplos vínculos foram estatisticamente significantes na classificação geral da QVT. Estudos dessa natureza resultam em um diagnóstico para a gestão do trabalho em saúde/enfermagem acerca da QVT e podem retornar aos trabalhadores na forma de políticas ou programas internos que visem à saúde e QVT dos trabalhadores, bem como discussões acerca de mudanças na forma de inserção do trabalhador na organização.
Resumo em lingua estrangeira: la calidad de vida en el trabajo (QWL) tiene una relación intrínseca con las actividades laborales realizadas por el trabajador, que refleja el desempeño laboral, la salud, las relaciones, la satisfacción laboral y la proyección social. Sin embargo, dicho objeto de estudio necesita ser investigado, ya que la precariedad de las relaciones laborales bajo la influencia de las políticas neoliberales en el país es evidente en el escenario laboral del sector de la salud, que puede afectar la QWL de los trabajadores de enfermería. Objetivos: evaluar la calidad de vida en el trabajo entre los trabajadores de enfermería; caracterizar el perfil sociodemográfico y profesional; y para verificar la asociación entre la calidad de vida en el trabajo y la naturaleza de la relación laboral entre los trabajadores de enfermería. Método: estudio epidemiológico, analítico, con diseño transversal, desarrollado en un hospital público, en Cuiabá-MT. La población estaba compuesta por 486 trabajadores de enfermería, con 103 enfermeras y 383 trabajadores de nivel medio. La recolección de datos se realizó en julio y agosto de 2019. Para la construcción del perfil sociodemográfico y profesional de los participantes, se realizaron entrevistas con un instrumento estructurado. Para evaluar el QWL, se utilizó el instrumento autoadministrado de Calidad de vida total en el trabajo (TQWL-42). Para la construcción del perfil sociodemográfico y de historia profesional, se realizó un análisis descriptivo con frecuencia absoluta y relativa y análisis estadístico bivariado utilizando la prueba de chi- cuadrado. Los resultados de la clasificación QWL se sometieron a la prueba de chi-cuadrado para asociar las frecuencias con las variables independientes del estudio; y para comparar los promedios de las esferas, se aplicó la prueba t de Student. Resultados: de las enfermeras, el 53.4% son proveedores de servicios, el 87.3% trabaja 40 horas a la semana y el 50.4% tiene otros trabajos. Entre los trabajadores de nivel medio, el 62.9% declara que son legales, el 66.8% trabaja 40 horas y el 63.1% no tiene otro empleo. En cuanto a la clasificación general de QWL, el 33% de las enfermeras no están satisfechas. En esta categoría, la prevalencia de insatisfacción se produjo entre los empleados legales (39.5%), con una carga de trabajo semanal de 40 horas (34.4%), y entre aquellos que no tienen otro empleo (33.3%); entre los trabajadores de nivel medio, 29.2% están insatisfechos y la prevalencia de insatisfacción fue para los proveedores de servicios (29.5%) cuya carga de trabajo es de 40 horas por semana (34.3%) y quienes tener otros lazos (35.4%). Al comparar las medias de las esferas QVT entre las categorías profesionales, se identificó un valor p significativo en las esferas biológica / fisiológica (p = 0,007) y sociológica / relacional (p = 0,005). En la comparación de las medias por categorías, de acuerdo con la naturaleza del vínculo, se observó un valor p significativo entre las enfermeras en las esferas biológicas / fisiológicas (p = 0.002) y entre los trabajadores con un nivel medio de significación estadística en las esferas biológicas / fisiológicas (p = 0.005) y psicológico / conductual (p = 0.008). Conclusión: los resultados mostraron que la naturaleza del enlace no influyó estadísticamente en el QLW de este grupo, pero factores como la edad, el tiempo de entrenamiento más corto en el área, la experiencia laboral, las horas de trabajo semanales y los enlaces múltiples fueron estadísticamente significativos en la clasificación general de QWL. Estudios de esta naturaleza dan como resultado un diagnóstico para la gestión del trabajo de salud / enfermería sobre QWL y pueden regresar a los trabajadores en forma de políticas o programas internos dirigidos a la salud de los trabajadores y QWL, así como discusiones sobre cambios en la forma de inserción del trabajador en la organización.
Palavra-chave: Gestão do trabalho
Precarização do trabalho
Trabalhadores de enfermagem
Palavra-chave em lingua estrangeira: Work management
Precarious work
Nursing workers
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
Sigla da instituição: UFMT CUC - Cuiabá
Departamento: Faculdade de Enfermagem (FAEN)
Programa: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Referência: TEIXEIRA, Karlla Raryagnne. Qualidade de vida no trabalho em enfermagem: análise da precariedade do trabalho. 2020. 94 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Enfermagem, Cuiabá, 2020.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://ri.ufmt.br/handle/1/4914
Data defesa documento: 21-Feb-2020
Aparece na(s) coleção(ções):CUC - FAEN - PPGENF - Dissertações de mestrado

Arquivos deste item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DISS_2020_Karlla Raryagnne Teixeira.pdf1.21 MBAdobe PDFVer/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.