Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://ri.ufmt.br/handle/1/1897
Tipo documento: Tese
Título: O esvoaçar de lembranças no pouso de lutas socioambientais de mulheres negras
Autor(es): Souza, Cássia Fabiane dos Santos
Orientador(a): Sato, Michele Tomoko
Coorientador: Silva, Michelle Tatiane Jaber da
Membro da Banca: Sato, Michele Tomoko
Membro da Banca: Torres, Glauce Viana de Souza
Membro da Banca: Nora, Giseli Dalla
Membro da Banca: Santos, Rita Silvana Santana dos
Membro da Banca: Marcomin, Fatima Elizabeti
Resumo : Esta pesquisa faz parte do projeto “Rede Internacional de Pesquisadores em Educação Ambiental e Justiça Climática (REAJA - Fapemat)”, que assume 5 grandes metas investigativas em: i) justiça climática; ii) cultura das dimensões locais; iii) processos formativos; iv) comunicação e arte; v) políticas públicas. O projeto reconhece que embora as mudanças climáticas atinjam todos os habitantes da Terra, há grupos sociais em mais situações de vulnerabilidade. Assim, como objetivo de pesquisa, busquei conhecer as narrativas de vidas de 11 mulheres negras, que embora sejam professoras em sua maioria, atuam em diferentes setores sociais. Por meio da escuta sensível das narrativas, quis conhecer as formas de lutas étnico-raciais, e de que maneira a dimensão climática se associava a esta ação. Dito de outro modo, procurei interpretar os movimentos destas mulheres, e se a pauta climática era percebida em suas lutas, ou se inseriam nas suas práticas de vida de uma pedagogia cotidiana, que de forma explícita ou ainda velada, são aprendizagens à construção de sociedades sustentáveis. Adotando a epistemologia e a práxis de Gaston Bachelard e Michèle Sato, os elementos água, terra, fogo e ar são as metáforas que adensam a fenomenologia para apreciar de que maneira a Justiça Climática se inscrevia nas narrativas de 11 mulheres negras. Em suas histórias de injustiças, estas pessoas compreendem que a pauta racial é mais imediata em suas lutas, contudo, a dimensão ambiental é bastante percebida nos labirintos de suas vidas. Citam casos de Racismo Ambiental, percebem a água como elemento vital em seus cotidianos e reconhecem o valor da educação nos processos de construção de políticas públicas mais justas e inclusivas. Nas biografias destas mulheres, as dimensões da militância, de gênero, de raça, de ambiente e de educação são tintas que colorem o mesmo tecido pedagógico. São pinceis que se movimentam nas memórias pintando a cultura e a natureza em permanentes aprendizagens dentro e fora das escolas. Contudo, nas sociedades global e local, há ausência de informações científicas sobre Justiça Climática. Por isso, ousei emoldurar a tela investigativa participando de processos formativos em Mata Cavalo, quilombo de residência de duas entrevistadas. Com auxílio do artista Gildásio Jardim, evidencio os processos de formação como meios importantes de se comunicar o clima. Sustento a tese de que a Educação Ambiental consegue se inscrever nas vidas das pessoas, pintando telas que denunciam as injustiças das situações de vulnerabilidade climática, mas sobremaneira, são linguagens que anunciam um esperançar com formas, cores e texturas que possibilitam o relevo da vida.
Resumo em lingua estrangeira: This research is part of the project "International Network of Researchers in Environmental Education and Climate Justice (REAJA - Fapemat)", which assumes five major research goals in: i) climate justice; ii) culture of local dimensions; iii) capacity building processes; iv) communication and art; v) public policies. The project accepts that although climate change affects all the inhabitants of the Earth, there are social groups in more situations of vulnerability. Thus, as a research objective, I sought to know the life narratives of 11 black women, who, although they are mostly teachers, work in different social sectors. Through the sensitive listening of the narratives, I required to know the forms of ethnic-racial struggles, and in what way the climatic dimension was associated with this action. In other words, I tried to interpret the movements of these women, and if the climatic agenda was perceived in their struggles, or if they inserted in their daily life practices of a pedagogy that, explicitly or even veiled, are learning to build sustainable societies. Adopting the epistemology and praxis of Gaston Bachelard and Michèle Sato, the elements of water, earth, fire and air are the metaphors that deepen phenomenology in order to appreciate how climatic justice is inscribed in the narratives of 11 black women. In their stories of injustice, these people understand that race is more immediate in their challenges, yet the environmental dimension is widely perceived in the mazes of their lives. They cite cases of environmental racism, perceive water as a vital element in their daily lives and recognize the value of education in the processes of building more just and inclusive public policies. In the biographies of these women, the dimensions of militancy, gender, race, environment and education are like paints that shade the same pedagogical fabric. They are brushes that move in the memories painting the culture and the nature in permanent learning inside and outside the schools. However, in global and local societies, there is a lack of scientific information on climate justice. For that reason, I dared to frame the investigative screen participating in formative processes in Mata Cavalo, a “quilombo” of residence of two interviewees. With the help of the artist Gildásio Jardim, I show the processes of formation as important means of communicating the climate. I support the thesis that environmental education can enrol in people's lives, painting screens that denounce the injustices of situations of climate vulnerability, but above all, they are languages that announce a hope with shapes, colours and textures that allow the relief of life.
Palavra-chave: Educação ambiental
Mulheres negras
Justiça climática
Cartografia do imaginário
Narrativas
Palavra-chave em lingua estrangeira: Environmental education
Black women
Climate justice
Cartography of the imaginary
Narratives
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
Sigla da instituição: UFMT CUC - Cuiabá
Departamento: Instituto de Educação (IE)
Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação
Referência: SOUZA, Cássia Fabiane dos Santos. O esvoaçar de lembranças no pouso de lutas socioambientais de mulheres negras. 2019. 290 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Educação, Cuiabá, 2019.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://ri.ufmt.br/handle/1/1897
Data defesa documento: 8-Fev-2019
Aparece na(s) coleção(ções):CUC - IE - PPGE - Teses de doutorado

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