Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://ri.ufmt.br/handle/1/3452
Tipo documento: Dissertação
Título: Tendência da atividade física e comportamento sedentário entre adultos no Brasil 2006 a 2016
Autor(es): Ide, Patricia Haranaka
Orientador(a): Martins, Maria Silvia Amicucci Soares
Membro da Banca: Martins, Maria Silvia Amicucci Soares
Membro da Banca: Segri, Neuber José
Membro da Banca: Salicio, Viviane Aparecida Martins Mana
Resumo : A prática de atividade física é apontada pela literatura como importante elemento para a promoção da saúde e qualidade de vida da população. As evidências científicas têm mostrado os benefícios da atividade física e como a sua prática é importante para a prevenção das doenças crônicas. No entanto, a inatividade física ainda prevalece elevada sendo uma das principais causas de risco para a morte em todo o mundo, sendo o principal fator que predispõe para doenças crônicas não transmissíveis, como doenças cardiovasculares, câncer e diabetes. O comportamento sedentário também é considerado um fator de risco para doença crônica não transmissível independente da prática de atividade física. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 38 milhões de pessoas morrem anualmente por doenças crônicas não transmissíveis. Um dos maiores desafios para a saúde pública é encorajar a população a serem mais ativas fisicamente, conscientizar esses indivíduos que existem outros domínios da atividade física, não somente no lazer, mas também no deslocamento, ocupacional e doméstico. O Brasil é um dos poucos países em desenvolvimento que apresenta dados nacionais sobre fatores de risco e proteção para doenças crônicas, como atividade física em todos os domínios e o comportamento sedentário. Monitorar esses fatores é essencial para planejar políticas de saúde a fim de alcançar a melhor tomada de decisão. Diante deste contexto, este estudo teve como objetivo analisar a tendência da atividade física e o comportamento sedentário no Brasil do período de 2006 a 2016. Foram utilizados dados secundários do projeto do sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) no período de 2006 a 2016 de todas as capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. As variáveis trabalhadas foram: ativo no tempo livre (150 minutos de intensidade moderada ou 75 minutos de intensidade vigorosa), ativo no deslocamento (≥ 30 minutos por dia a pé ou de bicicleta para ir/voltar do trabalho ou escola), atividade física ocupacional, atividades domésticas e comportamento sedentário (assistir três horas ou mais de televisão por dia). Os dados foram analisados pelo pacote estatístico STATA versão 13 e o modelo utilizado para análise de tendência foi de Prais-Winsten. Todas as estimativas com p valor <0,05 apontaram aumento na tendência quando a mudança anual (APC) fosse positiva e diminuição na tendência quando a mudança anual (APC) fosse negativa, estimativas com valor de p >0,05, a série foi considerada estacionária. Os resultados gerais apresentaram tendência crescente para atividade física no lazer, já para os demais domínios (deslocamento, ocupacional e doméstico) foram estacionárias. O comportamento sedentário geral também apontou tendência estacionária, porém quando associada a variável estado civil viúvo apresentou tendência crescente com uma mudança anual de 1,7% (p = 0,025). Este estudo aponta a necessidade de implantar políticas públicas efetivas e investir em programas de saúde estimulando as pessoas à serem ativas. A meta mais importante para a saúde pública relacionada a atividade física é aumentar essa prática para aqueles que atualmente não realizam nenhuma atividade física e conscientizar a população de que o comportamento sedentário causa efeitos deletérios a saúde independente da prática de atividade física.
Resumo em lingua estrangeira: The practice of physical activity is pointed by literature as an important element for the promotion of health and quality of life of the population. Scientific evidence has shown the benefits of physical activity and how its practice is important for the prevention of chronic diseases. However, physical inactivity is still high, being one of the leading causes of death risk worldwide and it is the main factor which predisposes to chronic non-communicable diseases, such as cardiovascular diseases, cancer and diabetes. Sedentary behavior is also considered a risk factor for chronic non-communicable disease independent of the practice of physical activity. According to the World Health Organization, 38 million people die annually from chronic non-communicable diseases. One of the greatest challenges for public health is to encourage the population to be more physically active, make these individuals aware that there are other domains of physical activity, not only at leisure, but also in commuting, occupational and household chores. Brazil is one of the few developing countries which presents national data about risk factors and protection for chronic diseases, such as physical activity in all domains and sedentary behavior. Monitoring these factors is essential for planning health policies in order to achieve the best decision-making. In light of this context, this study aimed to analyze the trend of physical activity and sedentary behavior in Brazil from 2006 to 2016. Secondary data from the Risk and Protective Factors Surveillance for Chronic NonCommunicable Diseases through Telephone Interview (VIGITEL) project were used from 2006 to 2016 in all capitals of the 26 Brazilian states and in the Federal District. The variables used were: active during their leisure time (150 minutes of moderate intensity or 75 minutes of vigorous intensity), active in commuting (≥ 30 minutes per day on foot or by bicycle to/from work or school), occupational physical activity, household chores and sedentary behavior (watch television for three or more hours). The data were analyzed by the statistic package STATA version 13 and Prais-Winsten model was used for the trend analysis. All estimates with p value <0.05 showed an increase in the trend when the annual trend (APC) was positive and decrease in trend when the annual change (APC) was negative, estimates with p value >0.05, the series was considered stationary. The overall results presented growing trend for physical activity at leisure, since the other domains (commuting, occupational and household chores) were stationary. The general sedentary behavior also pointed to stationary trend, however when associated with the variable civil status widowed, there was a growing trend with an annual change of 1.7% (p = 0.025). This study shows the need of implementing effective public policies and investing in health programs stimulating people to be active. The most important goal for public health related to physical activity is to increase this practice for those that currently do not do any physical activity and make the population aware that sedentary behavior causes deleterious health effects regardless of physical activity.
Palavra-chave: Atividade física
Comportamento sedentário
Doenças crônicas
Palavra-chave em lingua estrangeira: Physical activity
Sedentary behavior
Chronic diseases
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
Sigla da instituição: UFMT CUC - Cuiabá
Departamento: Instituto de Saúde Coletiva (ISC)
Programa: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Referência: IDE, Patricia Haranaka. Tendência da atividade física e comportamento sedentário entre adultos no Brasil 2006 a 2016. 2018. 114 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Saúde Coletiva, Cuiabá, 2018.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://ri.ufmt.br/handle/1/3452
Data defesa documento: 12-Dez-2018
Aparece na(s) coleção(ções):CUC - ISC - PPGSC - Dissertações de mestrado

Arquivos deste item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DISS_2018_Patricia Haranaka Ide.pdf2.2 MBAdobe PDFVer/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.