Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://ri.ufmt.br/handle/1/5069
Tipo documento: Dissertação
Título: Autonomia feminina : construindo caminhos para a humanização do parto e nascimento
Autor(es): Oliveira, Tassiana Maria Duarte Antunes de
Orientador(a): Magalhães, Fernanda Cândido
Membro da Banca: Alves, Paola Biasoli
Membro da Banca: Magalhães, Fernanda Cândido
Membro da Banca: Cury, Vera Engler
Membro da Banca: Poubel, Paula Figueiredo
Resumo : A temática humanização do parto e do nascimento desperta o interesse de pesquisadores nos mais abrangentes contextos e áreas de conhecimento. Há grande preocupação com os dados alarmantes de cesáreas e procedimentos obstétricos, sem a confirmação da real necessidade da sua utilização, e, muitas vezes, sem o consentimento da gestante ou parturiente, descaracterizando a autonomia feminina. Neste sentido, questiona-se o papel e a autonomia da mulher em seu processo de decisões sobre seu próprio corpo, em especial, no momento tão singular do desenvolvimento humano: o gestar e parir. Nesse caminho, notam-se fundamentais não somente políticas públicas que visem à erradicação de intervenções desnecessárias e da violência obstétrica sofrida por muitas mulheres, mas, também, a criação de espaços que possibilitem a promoção de saúde e o despertar do protagonismo feminino de suas vivências. No sentido de inserção da Psicologia neste campo de atuação e investigação, tendo como referencial teórico a Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), formulada por Carl Rogers e o método fenomenológico, trata-se, portanto, de uma pesquisa qualitativa, de base fenomenológica empírica, visando facilitar o processo da construção da autonomia feminina, a partir de encontros em grupo com universitárias, antes mesmo da possibilidade da maternidade em suas escolhas de vida. Especificamente, pretendeu-se compreender, a partir do método das Versões de Sentido, a construção da autonomia feminina gerada nos encontros em grupo com mulheres universitárias, identificando os sentimentos das participantes diante da temática da pesquisa. Foram realizados 11 encontros grupais, na modalidade on-line, com estudantes universitárias, usando o método Versão de Sentidos para registro das vivências. Os resultados foram organizados a partir do agrupamento em eixos com conexões significativas, nomeados da seguinte forma: (1) Autonomia: processo de construção coletiva entre mulheres; (2) Ser mulher, mãe e universitária é possível? (3) A violência como vivência na história de vida da mulher. O percurso do vivido na pesquisa interventiva permitiu compreender o alcance das experiências das estudantes, e mostrou que os aspectos da relação intersubjetiva com a pesquisadora, pautada na escuta ativa, respeitosa, com consideração positiva incondicional e compreensão empática, que permitiu às participantes acessar questões importantes às mulheres e ao florescer da autonomia. Quando se fala da construção da autonomia feminina, nota-se que as experiências permitiram a facilitação deste processo, não sendo este para apontar caminhos ou formular normativas, mas um processo potencializador das vivências das mulheres autorais em seus espaços na sociedade e na saúde, como são as questões da humanização do parto e do nascimento. O mergulho experiencial da pesquisadora com as participantes apontou que o espaço facilitador destes encontros se mostrou acolhedor e promotor de reflexões interessantes no caminho construtivo da autonomia das mulheres.
Resumo em lingua estrangeira: The theme of the humanization of childbirth and birth has evoked the interest of researchers in the most comprehensive contexts and areas of knowledge. There is great concern about the alarming data of cesarean sections and obstetric procedures, without confirming the genuine need for their use and often without the pregnant woman or parturient's consent, which mischaracterizes female autonomy. On this matter, the role and autonomy of women in their decision-making process about their bodies are questioned, especially in this singular moment of human development: pregnancy and birth. In this way, it is fundamental not only public policies aimed at the eradication of unnecessary interventions and obstetric violence suffered by many women but also the creation of spaces that enable the promotion of health and the awakening of the female protagonism of their experiences. In the sense of the insertion of Psychology in this field of action and research, having as theoretical and methodological framework the Person-Centered Approach (PCA), formulated by Carl Rogers, this research was constructed, with qualitative bias, with an empirical phenomenological basis, aiming to facilitate the process of the construction of female autonomy, from group meetings with university students, even before the possibility of motherhood in their life choices. Specifically, it was intended to understand, from the method of sense's versions, the construction of female autonomy generated in group meetings, identifying the participant's feelings in the view of the research theme. Eleven group meetings were held, in the online modality, with university students, using the Sense's Version method to record the experiences. The results were organized from the grouping on axes with significant connections, which were named: (1) Autonomy: collective construction process among women; (2) Is being a woman, mother, and university student possible? (3) Violence as an experience in women's life history. The course of the lived experience in the interventional research allowed us to understand the students' experiences. It showed that the aspects of the intersubjective relationship with the researcher, based on active, respectful listening, unconditional positive regard, and empathic understanding, allowed the participants to access important issues to women and the flourishing of autonomy. When we talk about the construction of female autonomy, it is noted that the experiences allowed the facilitation of this process, not to point out paths or formulate normative, but a process that enhances the experiences of women who are authors in their spaces in society and health, as are the issues of the humanization of childbirth and birth. The researcher's experiential dive with the participants pointed out that the space facilitating these meetings proved to be welcoming and promoter of interesting reflections on the constructive path of women's autonomy.
Palavra-chave: Autonomia feminina
Humanização do parto
Abordagem centrada na pessoa
Versão de sentido
Promoção de saúde
Palavra-chave em lingua estrangeira: Female autonomy
Humanization of childbirth
Person centered approach
Sense's version
Health promotion
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
Sigla da instituição: UFMT CUC - Cuiabá
Departamento: Instituto de Educação (IE)
Programa: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Referência: OLIVEIRA, Tassiana Maria Duarte Antunes de. Autonomia feminina: construindo caminhos para a humanização do parto e nascimento. 2022. 71 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Educação, Cuiabá, 2022.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://ri.ufmt.br/handle/1/5069
Data defesa documento: 29-Jun-2022
Aparece na(s) coleção(ções):CUC - IE - PPGPsi - Dissertações de mestrado

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