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http://ri.ufmt.br/handle/1/5381
Tipo documento: | Tese |
Título: | Caracterização da dinâmica folicular e controle farmacológico do ciclo estral de bovinos da raça pantaneira |
Autor(es): | Marinho, Walter Augusto dos Santos |
Orientador(a): | Zervoudakis, Luciana Keiko Hatamoto |
Coorientador: | Motheo, Tathiana Ferguson |
Membro da Banca: | Zervoudakis, Luciana Keiko Hatamoto |
Membro da Banca: | Motheo, Tathiana Ferguson |
Membro da Banca: | Barbosa, Eleonora Araujo |
Membro da Banca: | Tsuneda, Pedro Paulo |
Membro da Banca: | Ramos, Alexandre Floriani |
Resumo : | A hipótese do presente trabalho é que os bovinos Pantaneiros por serem animais taurinos adaptados às condições ambientais adversas possuem particularidades quanto a dinâmica do desenvolvimento folicular. Essas particularidades reprodutivas podem ser a resposta para os baixos índices observados nos protocolos de manipulação do ciclo estral para o uso de biotecnologias da reprodução, como a inseminação artificial em tempo fixo (IATF). No primeiro capítulo, o objetivo foi caracterizar a dinâmica folicular, o padrão de ondas e suas particularidades para a raça Pantaneira durante o desenvolvimento folicular e luteal. Foram utilizadas 11 fêmeas bovinas da raça pantaneira com avaliação ultrassonográfica dos ovários a cada 24 horas durante dois ciclos estrais consecutivos. Foram avaliados, retrospectivamente, o padrão de ondas foliculares, intervalo interovulatório, número de folículos recrutados, dia da emergência de cada onda, duração de cada onda, taxa de crescimento, máximo diâmetro folicular e dia do máximo diâmetro em cada onda folicular. O padrão de crescimento folicular apresentou ciclos de 2 ondas (2O) (15,78%) e de 3 ondas (3O) (84,21%), já o intervalo entre as ovulações (2O- 19,67±0,33; 3O - 19,56±0,30 dias), a duração da primeira onda ( 5 dias - 2O e 3O) e a emergência da 2ª onda foram semelhantes em vacas de 2O e 3O ( dia 5,6±0,33 e 6±0,3, respectivamente). A duração do folículo ovulatório (FO) foi maior em ciclos de 2O (16±1,53 dias) do que 3O (8,81±0,43 dias,). As taxas de crescimento em vacas de 3O (1°, 2° e 3° FD- 0,95±0,05; 0,87±0,06 e 1,01 ± 0,06 mm/dia, respectivamente) foi maior do que vacas com 2O (1° e 2° FD - 0,75±0,003 e 0,66±0,067 mm/dia, respectivamente). A luteólise ocorreu no mesmo dia (14 dias), tanto em vacas com ciclos de 2O quanto de 3O. As vacas Pantaneiras apresentaram semelhanças em relação a fêmeas taurinas e zebuínas, no entanto, a duração da primeira onda foi mais curta, o surgimento da segunda e terceira ondas, independente do padrão (2O e 3O) foi mais precoce, as taxas de crescimento foram menores e a luteólise foi mais precoce com maior duração do folículo ovulatório. No capítulo 2, objetivou-se caracterizar a emergência e divergência folicular ovariana de fêmeas Pantaneiras. Foram utilizadas 11 fêmeas bovinas da raça Pantaneira, cíclicas. A avaliação ultrassonográfica foi realizada a cada oito horas (08:00 h, 16:00 h e as 24:00 h) antes da ovulação, até 5 dias após ovulação. Observou-se que o intervalo entre o início do estro e a ovulação (D0) foi de 29,8 ± 1,7horas; o surgimento da emergência folicular foi de 3,29 ± 1,542 h em relação ao D0; o desvio folicular ocorreu 2,16 dias após a ovulação; taxas de crescimento do folículo dominante (FD) 48 h antes dadivergência foi de de 0,72 ± 0,092 mm/8h, as taxas de crescimento do folículo subordinado (FS) foi de de 0,14 ± 0,12 mm/8h; o diâmetro do FD no início da divergência foi de 8,10 ± 0,349 e o do FS de 5,30 ± 0,376. Em conclusão, a emergência do FD ocorre logo após à ovulação, onde o surgimento do FS é mais tardio em relação ao FD. O FD apresenta maior diâmetro em relação ao FS desde sua emergência com maiores taxas de crescimento até o desvio folicular. No Capítulo 3 objetivou-se avaliar o potencial de sincronização da ovulação utilizando dois ésteres de estradiol, o benzoato e o cipionato de estradiol em vacas Pantaneiras. Foram utilizadas 11 fêmeas bovinas da raça Pantaneira. Em dia aleatório do ciclo estral, todos os animais receberam um dispositivo intravaginal de progesterona (P4) monodose e aplicação de 2,0mg de benzoato de estradiol por via intramuscular (IM) no D0. No D8, o dispositivo de P4 foi retirado e aplicou-se PGF2α, IM. Os animais foram divididos em 3 grupos: BE (1 mgbenzoato de estradiol); CE (1mg- cipionato de estradiol) e Controle (sem indutor da ovulação). A taxa de animais que responderam ao protocolo foi de 73,3%, resultando em 81,81% de ovulações independentemente do grupo. Para o tratamento com BE, a taxa de ovulação foi de 81,71%, já para CE foi de 88,88% .O tamanho do FD no D8 para todos os tratamentos foi em média de 9,72 mm. O maior diâmetro do FD não diferiu após a retirada do implante para o BE (11,09±0,48) e para o CE (12,47±0,92). O tamanho do folículo pré ovulatório para BE foi de 10,7±0,64 para BE e 11,98±0,95 para CE. Conclui-se que os tratamentos com BE e CE foram eficientes em induzir a ovulação de forma sincronizada. |
Resumo em lingua estrangeira: | The hypothesis of the present work is that Pantanal cattle, as they are taurine animals adapted to adverse environmental conditions, have distinct characteristics and particularities during the dynamics of follicular development. These reproductive peculiarities may be the answer to the low rates observed in the protocols for manipulation of the estrous cycle for the use of reproductive biotechnologies, such as fixed-time artificial insemination (FTAI). In the first chapter, the objective was to characterize the follicular dynamics, the wave pattern and its particularities for the Pantanal breed during follicular and luteal development. Eleven females of the Pantaneira breed were used with ultrasonographic evaluation of the ovaries every 24 hours during two consecutive estrous cycles. The pattern of follicular waves, interovulatory interval, number of recruited follicles, day of emergence of each wave, duration of each wave, growth rate, maximum follicular diameter and day of maximum diameter in each follicular wave were retrospectively evaluated. The follicular growth pattern showed cycles of 2 waves (2O) (15.78%) and 3 waves (3O) (84.21%). Interval between ovulation was similar (2O- 19.67±0.33; 3O - 19.56±0.30 days), duration of the first wave (5 days - 2O and 3O) and emergence of the 2nd wave in 2O and 3O cows (day 5.6±0.33 and 6±0.3, respectively). The duration of the ovulatory follicle (FO) in 2O (16±1.53 days) and for 3O (8.81±0.43 days). Growth rates in 3O cows (1st, 2nd and 3rd FD- 0.95±0.05; 0.87±0.06 and 1.01 ± 0.06 mm/day, respectively) versus cows with 2O (1st and 2nd FD - 0.75±0.003 and 0.66±0.067 mm/day, respectively). Luteolysis occurs on the same day (14 days), both in cows with 2O and 3O cycles. the Pantaneira cows showed similarities but the particularities were: the duration of the first wave was shorter and the earlier appearance of the second wave regardless of the pattern (2O and 3O) and third wave (3O), growth rates were lower and luteolysis was earlier with longer duration of the ovulatory follicle. In chapter 2, the objective was to characterize the ovarian follicular emergence and divergence of Pantanal females. Eleven cyclical Pantaneira bovine females were used. Ultrasonographic evaluation was performed every eight hours (8:00 am, 4:00 pm and 12:00 am) before ovulation up to 5 days after ovulation. There was an interval between the beginning of estrus and ovulation of 29.8 ± 1.7 hours; emergence of follicular emergence of 3.29 ± 1.542 h compared to D0; follicular deviation occurred 2.16 days after ovulation; dominant follicle (DF) growth rates 48 h before divergence 0.72 ± 0.092 mm/8h, subordinate FS follicle growth rates 0.14 ± 0.12 mm/8h; diameter of the FD at the beginning ofthe divergence of 8.10 ± 0.349 and of the FS 5.30 ± 0.376. In conclusion, the emergence of FD occurs right after ovulation, where the appearance of FS is later than FD. The DF has a larger diameter in relation to the FS since its emergence with higher growth rates until the follicular deviation. In Chapter 3, the objective was to evaluate the potential for synchronization of ovulation using two estradiol esters, benzoate and estradiol cypionate in Pantanal cows. Eleven pantaneira bovine females were used. On a random day of the estrous cycle, all animals received a single-dose intravaginal progesterone device (P4) and application of 2.0mg of estradiol benzoate intramuscularly (IM) on D0. On D8, the P4 device was removed and PGF2α IM was applied. The animals were divided into 3 groups: BE (1 mg-estradiol benzoate); EC (1mgEstradiol Cypionate) and Control (without ovulation inducer). The rate of animals that responded to the protocol was 73.3%, resulting in 81.81% of ovulations regardless of the group. For the BE treatment, the ovulation rate was 81.71%, CE was 88.88%. The FD size on D8 for all treatments was on average 9.72 mm. The largest diameter of the DF did not differ after implant removal for BE (11.09±0.48), CE (12.47±0.92). The pre-ovulatory follicle size for BE (10.7±0.64) and CE (11.98±0.95). It is concluded that the treatments with BE and EC were efficient in inducing ovulation in a synchronized way. |
Palavra-chave: | Bos taurus adaptado Emergência folicular Taxa de ovulação Progesterona Hormônio folículo estimulante |
Palavra-chave em lingua estrangeira: | Adapted Bos taurus Follicular emergence Ovulation rate Progesterone |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Federal de Mato Grosso |
Sigla da instituição: | UFMT CUC - Cuiabá |
Departamento: | Faculdade de Agronomia e Zootecnia (FAAZ) |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal |
Referência: | MARINHO, Walter Augusto dos Santos. Caracterização da dinâmica folicular e controle farmacológico do ciclo estral de bovinos da raça pantaneira. 2021. 84 f. Tese (Doutorado em Ciência Animal) - Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Agronomia e Zootecnia, Cuiabá, 2021. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://ri.ufmt.br/handle/1/5381 |
Data defesa documento: | 9-Jul-2021 |
Aparece na(s) coleção(ções): | CUC - FAAZ - PPGCA - Teses de doutorado |
Arquivos deste item:
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