Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://ri.ufmt.br/handle/1/5948
Tipo documento: | Dissertação |
Título: | Circulação de herpesvírus na comunidade indígena Haliti-Paresí |
Autor(es): | Rossi, Elaine Menezes |
Orientador(a): | Trettel, Ana Cláudia Pereira Terças |
Coorientador: | Espinosa, Mariano Martinez |
Membro da Banca: | Trettel, Ana Claudia Pereira Terças |
Membro da Banca: | Muraro, Ana Paula |
Membro da Banca: | Rodrigues, Luana Lorena Silva |
Resumo : | Introdução - As infecções provocadas pelo herpesvírus humano são consideradas como a infecção sexualmente transmissível mais frequente no mundo, com um amplo espectro de acometimentos clínicos, infecções agudas e reativas, alta transmissibilidade e, ainda lesões orofacial e anogenital, provocadas pelo Alphaherpesvírus humano 1 (HSV-1) e 2 (HSV-2), respectivamente. Em se tratando de populações indígenas, as infecções herpéticas agravam ainda mais a situação de saúde desta população, tendo em vista que estes apresentam alguns dos piores indicadores sociais do país, somados a iniquidade no acesso aos serviços de saúde e aumento das vulnerabilidades. Objetivo - Assim, buscou-se investigar a soroprevalência da infecção por HSV-1 e HSV-2em indígenas da etnia Haliti-Paresí no Mato Grosso, Brasil. Métodos - O seu desenvolvimento se deu a partir de pesquisa de caráter transversal. A coleta de dados foi realizada no ano de 2015, em nove aldeias da etnia Haliti-Paresí, situadas no município Campo Novo do Parecis, Mato Grosso. Aplicou-se questionários para coleta dos dados sociodemográficos, com posterior coleta de sangue periférico para constituição do Biobanco. As variáveis investigadas foram reativações por herpes tipo 1 e herpes tipo 2 e variáveis sociodemográficas: sexo, faixa etária, escolaridade, renda familiar, quantidade de moradores no domicílio, realização de atividades fora da aldeia, número de parceiros sexuais, uso de preservativo e manifestações clínicas nos últimos trinta dias, como: febre, cefaleia, mialgia, tontura, dor lombar, diarreia, náuseas, lesão oral e/ou na região genital e dor abdominal. Empregou-se análise bivariada, Teste da Razão de Verossimilhança e Teste Exato de Fischer, com Qui-quadrado significativo ao nível de 5%. A análise das amostras foi realizada em maio de 2020, no laboratório de Imunologia Viral do Instituto Oswaldo Cruz, com o uso de ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA) para determinação da Imunoglobulina G (IgG), de herpes tipo 1 e 2. Resultados - Participaram do estudo 100 indígenas, com prevalência do sexo feminino (60%), adultos com idade entre 18 e 59 anos (61%), baixa escolaridade (67%) e renda mensal de 1 a 2 salários mínimos (83%). A maioria dos entrevistados alegaram não realizar atividades fora da aldeia (79%), relataram possuir apenas um parceiro sexual (73%) e não possuíam o hábito de usar preservativo durante as relações sexuais (70%). Dentre os entrevistados, 97% eram soropositivos para herpes tipo 1 e 24% para o tipo 2. Na análise dos aspectos clínicos, houve associação estatisticamente significativa entre lesão auto genital autorreferida e as manifestações clínicas febre (p<0,01), mialgia (p=0,01), lesão oral (p=0,01) e reativação por herpes tipo 1 e tipo 2 (p=0,039). Conclusão - Diante disso, a alta soroprevalência de herpesvírus nesta etnia, associados a diversos sintomas, indica a urgência em ações que visem prevenir e controlar a disseminação dos herpesvírus humano, levando em consideração aspectos sócio culturais desta população. |
Resumo em lingua estrangeira: | Introduction - Infections caused by human herpesvirus are considered the most frequent sexually transmitted infection in the world, with a wide spectrum of clinical involvement, acute and reactive infections, high transmissibility and even orofacial and anogenital lesions caused by human Alphaherpesvirus 1 (HSV) and 2 (HSV-2), respectively. In the case of indigenous populations, herpetic infections further aggravate the health situation of this population, given that they have some of the worst social indicators in the country, in addition to inequity in access to health services and increased vulnerabilities. Objective - Thus, we sought to investigate the seroprevalence of HSV-1 and HSV-2 infection in Haliti-Paresí indigenous people in Mato Grosso, Brazil. Methods - Its development was based on cross-sectional research. Data collection was carried out in 2015, in nine villages of the Haliti-Paresí ethnic group, located in the municipality of Campo Novo do Parecis, Mato Grosso. Questionnaires were applied to collect sociodemographic data, with subsequent collection of peripheral blood for the constitution of the Biobank. The variables investigated were reactivation by herpes type 1 and herpes type 2 and sociodemographic variables: sex, age group, schooling, family income, number of residents in the household, carrying out activities outside the village, number of sexual partners, condom use and manifestations. clinical symptoms in the last thirty days, such as: fever, headache, myalgia, dizziness, low back pain, diarrhea, nausea, oral and/or genital lesions and abdominal pain. Bivariate analysis, Likelihood Ratio Test and Fisher's Exact Test were used, with significant Chisquare at 5%. Sample analysis was performed in May 2020, at the Viral Immunology laboratory of Instituto Oswaldo Cruz, using an enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) to determine Immunoglobulin G (IgG) in herpes types 1 and 2. Results - 100 indigenous people participated in the study, with a prevalence of females (60%), adults aged between 18 and 59 years (61%), low schooling (67%) and monthly income of 1 to 2 minimum wages (83%). Most respondents claimed not to carry out activities outside the village (79%), reported having only one sexual partner (73%) and did not have the habit of using condoms during sexual intercourse (70%). Among the interviewees, 97% were seropositive for herpes type 1 and 24% for type 2. In the analysis of clinical aspects, there was a statistically significant association between self-reported autogenital lesion and clinical manifestations fever (p<0.01), myalgia (p=0.01), oral lesion (p=0.01) and reactivation by herpes type 1 and type 2 (p=0.039). Conclusion - In view of this, the high seroprevalence of herpesvirus in this ethnic group, associated with several symptoms, indicates the urgency of actions aimed at preventing and controlling the spread of human herpesviruses, taking into account socio-cultural aspects of this population. |
Palavra-chave: | Herpes simples Saúde pública Saúde de populações indígenas Vulnerabilidade em saúde |
Palavra-chave em lingua estrangeira: | Herpes simplex Public health Health of indigenous peoples Health vulnerability |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Federal de Mato Grosso |
Sigla da instituição: | UFMT CUC - Cuiabá |
Departamento: | Instituto de Saúde Coletiva (ISC) |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
Referência: | ROSSI, Elaine Menezes. Circulação de herpesvírus na comunidade indígena Haliti-Paresí. 2022. 64 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Saúde Coletiva, Cuiabá, 2022. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://ri.ufmt.br/handle/1/5948 |
Data defesa documento: | 26-Set-2022 |
Aparece na(s) coleção(ções): | CUC - ISC - PPGSC - Dissertações de mestrado |
Arquivos deste item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
DISS_2022_Elaine Menezes Rossi .pdf | 739.67 kB | Adobe PDF | Ver/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.