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Tipo documento: Dissertação
Título: Fatores associados ao bem-estar subjetivo de mulheres de meia-idade
Autor(es): Falcão, Vitória Regina Almeida Lobo
Orientador(a): Azevedo, Rosemeiry Capriata de Souza
Coorientador: Reiners, Annelita Almeida Oliveira
Membro da Banca: Azevedo, Rosemeiry Capriata de Souza
Membro da Banca: Reiners, Annelita Almeida Oliveira
Membro da Banca: Divino, Eveline do Amor
Resumo : Introdução: A longevidade das mulheres é um fenômeno marcante que vêm ocorrendo na dinâmica demográfica populacional. Embora vivam mais, as mulheres são as que mais enfrentam problemas sociais. Atualmente, as mulheres de meia-idade, faixa etária que vai dos 40 aos 59 anos, são de uma geração que viveu inúmeras mudanças e foram responsáveis pelas lutas e conquistas formando um novo papel social. Considerando o novo papel social da mulher de meia-idade, além de conhecer os aspectos relacionados a sua saúde é importante entender aqueles relacionados à sua vida. Um indicador que tem sido utilizado para compreender a avaliação que as pessoas fazem de suas vidas é o bem-estar subjetivo (BES). Esse indicador abarca dimensões de satisfação com a vida, afetos positivos e afetos negativos. Pouco se tem investigado sobre o BES de mulheres de meia-idade e os fatores que estão associados a ele. Objetivo: Avaliar os fatores associados ao BES de mulheres de meia-idade atendidas em um ambulatório de climatério. Metodologia: Estudo transversal, analítico desenvolvido com 116 mulheres atendidas no ambulatório de climatério do Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM), Cuiabá-MT, no período de março 2015 a março de 2020. Os dados foram coletados por meio de entrevista por telefone no período de outubro de 2020 a janeiro de 2021, se utilizou questionário com perguntas sobre características sociodemográficas, condições de saúde e psicossociais. Além disso foi utilizado escalas e instrumentos validados: escala de bem-estar subjetivo, Menopause Rating Scale (MRS), Cut Down/ Annoyed/Guilty/Eye Opened (CAGE), Patient Health Questionnaire-9(PHQ-9) e Generalized Anxiety Disorder 7(GAD-7). Foi estimadaa prevalência do BES e de seus domínios, afetos positivos (AFP), afetos negativos (AFN) e satisfação com a vida (SV). Foi calculada a média dos escores do BES, AFP, AFN e SV, conforme as variáveis sociodemográficas, de saúde e psicossociais. As variáveis que apresentaram associação com valor de p<0,20 foram selecionadas para a entrada no modelo de regressão múltipla de Poisson com variância robusta, foram estimadas as razões de prevalência (RP) e seus respectivos intervalos de 95% de confiança (IC 95%). Resultados: Em relação ao BES, a média do índice geral das mulheres de meia-idade foi de 3,24 (DP = 0,50), o maior escore médio obtido foi o de AFP (média=3,20) (DP = 0,94) seguido do da SV (média=3,06) (DP = 0,47) e do escore dos AFN (média=2,54) (DP = 0,90). 71,55% das mulheres avaliam seu BES como moderado, a maioria (79,31%) apresenta índice moderado de SV e elevados índices de AFN (51,72%). Na análise de regressão linear múltipla: para o BES as variáveis que se mantiveram positivamente associadas foram: cor ou raça não branca, ter hábitos de lazer e ausência de sintomas depressivos. As variáveis que se mantiveram possitivamente associadas à SV foi cor e raça não branca e negativamente sintomas moderados da menopausa. As mulheres que possuíam renda familiar de um a dois ou dois ou mais salários-mínimos e as que não apresentavam sintomas depressivos tinham maior AFP em suas vidas. Mulheres que experienciaram AFN eram aquelas que possuíam sintomas severos da menopausa, não possuíam hábitos de lazer, tinham presença de sintomas depressivos e possuíam sintomas de ansiedade Conclusão: Esta pesquisa mostrou que a maioria das mulheres de meia-idade estudadas relataram maior prevalência de BES moderado, a qual, provavelmente, se deve aos vários aspectos que permeiam a vida dessas mulheres. As variáveis que mantiveram associação com os aspectos positivos do BES (SV e AFP) foram cor e raça, sintomas da menopausa, renda familiar de dois ou mais salários mínimos e sinais e sintomas depressivos. Em relação ao AFN, a associação foi com sintomas da menopausa, hábitos de lazer, sinais e sintomas depressivos e de ansiedade. Esses resultados oferecem subsídios para melhor compreender as mulheres nessa faixa-etária e os aspectos que se relacionam com sua vida e saúde. Além disso, as particularidades e necessidades das mulheres nessa fase da vida devem ser consideradas pelos profissionais de saúde no seu atendimento.
Resumo em lingua estrangeira: ABSTRACT: Introduction: The longevity of women is a remarkable phenomenon that has been occurring in population demographic dynamics. Currently, middle-aged women, aged between 40 and 59, are a generation that has undergone countless changes and were responsible for the struggles and achievements that formed a new social role. Although they live longer, women are the ones who face the most social problems. Studies on Subjective Well-being (SWB), a social indicator that has been used to understand the assessment that people make of their lives and encompasses dimensions of satisfaction with life, positive affects and negative affects, reveals that in addition to knowing the aspects related to health it is important to know those related to the lives of these women. Little has been investigated about the BES of middle-aged women and the factors that are associated with it. Objective: To evaluate the factors associated with BES in middle-aged women seen at a menopause clinic. Methodology: Cross-sectional, analytical study developed with 116 women treated at the climacteric outpatient clinic of the Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM), Cuiabá-MT, from March 2015 to March 2020. Data were collected through telephone interviews during the period from October 2020 to January 2021, using a questionnaire with questions about sociodemographic characteristics, health and psychosocial conditions. The prevalence of SWB and its domains, positive affects (APF), negative affects (ANF) and satisfaction with life (SL) was estimated. The mean of the BES, AFP, AFN and SV scores was calculated, according to sociodemographic, health and psychosocial variables. Variables that were associated with a p-value <0.20 were selected for entry into the Poisson multiple regression model with robust variance. Prevalence ratios (PR) and their respective 95% confidence intervals (CI 95) were estimated. %). Results: Most middle-aged women in this study (71.55%) had moderate SBP. The variables that were significant with the SWB were color or race (p≤0.001), leisure habits (p=0.018) and depressive symptoms (p≤0.001), VS was associated with color and race (p≤0.001) and symptoms of menopause (p=0.039) the AFP were associated with family income of two or more minimum wages (p=0.017), and absence of depressive symptoms (p≤0.001), the AFN were associated with the variables severe symptoms of menopause (p=0.006), not having leisure habits (p=0.010), presence of depressive symptoms (p≤0.001) and anxiety symptoms (p=0.040). Conclusion: This research showed that most middle-aged women studied reported a higher prevalence of moderate SWB, which is probably due to the various aspects that permeate these women's lives. The variables that maintained an association with the positive aspects of the SWB (SL and APF) were color and race, menopause symptoms, family income of two or more minimum wages, and depressive signs and symptoms. Regarding ANF, the association was with menopausal symptoms, leisure habits, depressive and anxiety signs and symptoms. These results provide support for a better understanding of women in this age group and the aspects that relate to their lives and health. Furthermore, they point to the need for health professionals to consider the particularities of this stage of life.
RESUMÉN: Introducción: La longevidad de la mujer es un fenómeno notable que se viene dando en la dinámica demográfica de la población. Actualmente, las mujeres de mediana edad, con edades comprendidas entre los 40 y los 59 años, son una generación que ha sufrido innumerables cambios y fueron responsables de las luchas y logros que configuraron un nuevo rol social. Aunque viven más, las mujeres son las que más problemas sociales enfrentan. Estudios sobre Bienestar Subjetivo (BES), indicador social que se ha utilizado para comprender la valoración que las personas hacen de su vida y que engloba dimensiones de satisfacción con la vida, afectos positivos y afectos negativos, revela que además de conocer los aspectos relacionados Para la salud es importante conocer los relacionados con la vida de estas mujeres. Se ha investigado poco sobre el BES de las mujeres de mediana edad y los factores que están asociados con él. Objetivo: Evaluar los factores asociados con el BES en mujeres de mediana edad atendidas en una clínica de menopausia. Metodología: Estudio transversal, analítico desarrollado con 116 mujeres atendidas en el ambulatorio climatérico del Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM), Cuiabá-MT, de marzo de 2015 a marzo de 2020. Los datos fueron recolectados a través de entrevistas telefónicas durante el período de octubre. 2020 a enero de 2021, utilizando un cuestionario con preguntas sobre características sociodemográficas, condiciones de salud y psicosociales. Se estimó la prevalencia de BES y sus dominios, afectos positivos (AFP), afectos negativos (AFN) y satisfacción con la vida (SV). Se calculó la media de las puntuaciones BES, AFP, AFN y SV, según variables sociodemográficas, de salud y psicosociales. Las variables que se asociaron con un valor de p <0,20 se seleccionaron para ingresar en el modelo de regresión múltiple de Poisson con varianza robusta. Se estimaron las razones de prevalencia (PR) y sus respectivos intervalos de confianza del 95% (IC 95).%). Resultados: La mayoría de las mujeres de mediana edad en este estudio (71,55%) tenían PAS moderada. Las variables que resultaron significativas con la BES fueron color o raza (p≤0,001), hábitos de ocio (p = 0,018) y síntomas depresivos (p≤0,001), el VS se asoció con color y raza (p≤0,001) y síntomas de menopausia. (p = 0.039) las AFP se asociaron con ingresos familiares de dos o más salarios mínimos (p = 0.017), y ausencia de síntomas depresivos (p≤0.001), las AFN se asociaron con las variables síntomas severos de menopausia (p = 0.006 ), no tener hábitos de ocio (p = 0,010), presencia de síntomas depresivos (p≤0,001) y síntomas de ansiedad (p = 0,040). Conclusión: Esta investigación mostró que la mayoría de las mujeres de mediana edad estudiadas reportaron una mayor prevalencia de SLB moderada, lo que probablemente se deba a los diversos aspectos que impregnan la vida de estas mujeres. Las variables que mantuvieron asociación con los aspectos positivos del BES (SV y AFP) fueron color y raza, síntomas de la menopausia, ingreso familiar de dos o más salarios mínimos y signos y síntomas depresivos. En cuanto a la AFN, la asociación fue con síntomas menopáusicos, hábitos de ocio, signos y síntomas depresivos y de ansiedad. Estos resultados brindan apoyo para una mejor comprensión de las mujeres en este grupo de edad y los aspectos que se relacionan con su vida y salud. Además, señalan la necesidad de que los profesionales de la salud consideren las particularidades de esta etapa de la vida.
Palavra-chave: Mulheres
Meia-idade
Saúde
Palavra-chave em lingua estrangeira: Women
Middle-age
Health
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
Sigla da instituição: UFMT CUC - Cuiabá
Departamento: Faculdade de Enfermagem (FAEN)
Programa: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Referência: FALCÃO, Vitória Regina Almeida Lobo. Fatores associados ao bem-estar subjetivo de mulheres de meia-idade. 2021. 81 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Enfermagem, Cuiabá, 2021.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://ri.ufmt.br/handle/1/6082
Data defesa documento: 10-Dec-2021
Aparece na(s) coleção(ções):CUC - FAEN - PPGENF - Dissertações de mestrado

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