Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://ri.ufmt.br/handle/1/6429
Tipo documento: Dissertação
Título: Disfunção metabólica gestacional e sua possível influência na programação metabólica neonatal
Autor(es): Montilha, Mara Rúbia Alcino de Souza
Orientador(a): Oliveira, Júlio Cezar de
Coorientador: Queiroz, Eveline Aparecida Isquierdo Fonseca de
Membro da Banca: Miranda, Rosiane Aparecida
Membro da Banca: Oliveira, Júlio Cezar de
Membro da Banca: Paese, Márcia Carolina de Siqueira
Resumo : Considerada um dos principais problemas de saúde pública no mundo, a obesidade pode afetar de forma direta ou indireta a função de inúmeros órgãos e sistemas, levando ao surgimento de várias outras doenças não transmissíveis, além de alterações hormonais e/ou nutricionais que associadas ao estado metabólico materno (em especial durante a gravidez) influenciam o feto e o recém-nascido (RN) de modo a programar na prole um fenótipo de síndrome metabólica. O acompanhamento adequado, durante o pré-natal, da condição metabólica materna é de crucial importância para mitigar a instalação de disfunções metabólicas no bebê, as quais podem perdurar ao longo da vida. Nesse estudo, objetivamos avaliar a relação entre a condição de obesidade materna na gestação e parâmetros antropométricos e metabólicos do RN. Trata-se de um de estudo longitudinal, quantitativo e analítico, realizado com gestantes e seus respectivos RN. Coletaram-se dados pré-gestacionais e gestacionais, bem como amostras sanguíneas do cordão umbilical no momento do parto e amostras de leite ao longo dos cinco primeiros meses pós-parto. Também foram coletadas informações da declaração de nascido vivo e posteriormente realizado o acompanhamento do crescimento do RN. Não se observou aumento do ganho de peso corporal das gestantes com obesidade (P>0,05), no entanto, quando comparadas às gestantes eutróficas, observou-se uma redução dos valores de T3 (27%) e um aumento dos valores de insulina (80,5%), HOMA-IR (54%), triglicerídeos (55%), índice TyG (4,3%), cortisol (21%), colesterol total (37,3%), colesterol-VLDL (39%) e colesterol-LDL (55%), bem como da frequência cardíaca (7,2%) em gestantes com obesidade (P<0,05). Quanto aos RN, observou-se um aumento do perímetro cefálico (5,1%) e um maior ganho de peso ao nascer (9,3%), bem como um maior ganho de peso (5,3%) durante os cinco primeiros meses nos filhos de mães com obesidade, quando comparados aos filhos das eutróficas (P<0,05). Em relação à composição bioquímica do leite materno, as mães com obesidade apresentaram redução de colesterol total (18,3%), proteínas totais (21%), triglicerídeos (7,4%) e cálcio (7%) quando comparadas às eutróficas. Além disso, o leite das mães com obesidade apresentou redução de 38,2% e 0,34% no valor energético em relação ao das eutróficas (P<0,05). O sangue do cordão umbilical das gestantes com obesidade apresentou aumento de 41,4% na glicose e 20% proteínas totais (P<0,05). Em suma, a obesidade materna está associada ao desenvolvimento de hiperinsulinemia, resistência à insulina, dislipidemia e leve aumento de frequência cardíaca, bem como a um leite materno menos energético, além de aumento do perímetro cefálico e ganho de peso nos filhos de mães com obesidade.
Resumo em lingua estrangeira: As one of the major public health problems in the world, obesity can affect, directly or indirectly, the function of several organs and systems, leading to the development of other noncommunicable diseases, in addition to hormonal and/or nutritional changes that, associated with the maternal metabolic state (especially at pregnancy), influence the fetus and/or newborn (NB) programming a metabolic syndrome phenotype in the offspring. Adequate prenatal monitoring of the mother's metabolic condition is crucial to mitigate the installation of metabolic dysfunctions in the baby, which can last throughout life. In this study, we aimed to evaluate the relationship between maternal obesity during pregnancy and the NB’s anthropometric and metabolic parameters. This is a longitudinal, quantitative, and analytical study carried out with pregnant women and their respective NB. Pre-pregnancy and gestational data were collected, as well as blood samples from the umbilical cord at birth and milk samples throughout the first five months postpartum. Information from the live birth certificate was also collected and the NB's growth was subsequently monitored. There was no increase in body weight gain in pregnant with obese (P>0.05), however, when compared to eutrophic pregnant, there was a reduction in T3 values (27%) and an increase in insulin values (80.5%), HOMA-IR (54%), triglycerides (55%), TyG index (4.3%), cortisol (21%), total cholesterol (37.3%), VLDLcholesterol (39 %) and LDL-cholesterol (55%), as well as in heart rate (7.2%) in pregnant women with obesity (P<0.05). As for NB, an increase in head circumference (5.1%) and greater weight gain at birth (9.3%) were observed, as well as greater weight gain (5.3%) during the first five months of the children from women with obesity, when compared to the children of eutrophic women (P<0.05). Regarding the biochemical composition of breast milk, women with obesity showed a reduction in total cholesterol (18.3%), total proteins (21%), triglycerides (7.4%) and calcium (7%) when compared to eutrophic women. Furthermore, women with obesity had a fat content reduced by 38.2% and energy value reduced by 0.34% compared to eutrophic women (P<0.05). The umbilical cord blood of women with obesity showed an increase of 41.4% in glucose and 20% in total proteins (P<0.05). In summary, maternal obesity is associated with the development of hyperinsulinemia, insulin resistance, dyslipidemia and a slight increase in heart rate, as well as less energetic breast milk, in addition to increased head circumference and weight gain in the children of mothers with obesity.
Palavra-chave: Obesidade materna
Programação fetal
Síndrome metabólica
Palavra-chave em lingua estrangeira: Maternal obesity
Fetal programming
Metabolic syndrome
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
Sigla da instituição: UFMT CUS - Sinop
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde (ICS) - Sinop
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências em Saúde
Referência: MONTILHA, Mara Rubia Alcino de Souza. Disfunção metabólica gestacional e sua possível influência na programação metabólica neonatal. 2024. 104 f. Dissertação (Mestrado em Ciências em Saúde) - Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário de Sinop, Instituto de Ciências da Saúde, Sinop, 2024.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://ri.ufmt.br/handle/1/6429
Data defesa documento: 21-Fev-2024
Aparece na(s) coleção(ções):CUS - ICS - PPGCS - Dissertações de mestrado

Arquivos deste item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DISS_2024_Mara Rúbia Alcino de Souza Montilha.pdf5.16 MBAdobe PDFVer/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.