Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://ri.ufmt.br/handle/1/2681
Tipo documento: Dissertação
Título: Torna-se cego : liminaridade, aprendizagem e subjetividade entre pessoas com deficiência visual em Cuiabá/MT
Autor(es): Yamamura, Leonardo Bueno
Orientador(a): Osório, Patrícia Silva
Coorientador: França, Marina Veiga
Membro da Banca: Osório, Patrícia Silva
Membro da Banca: França, Marina Veiga
Membro da Banca: Tarnovski, Flávio Luiz
Membro da Banca: Faria, Eliene Lopes
Resumo : A presente pesquisa foi feita com base em um estudo etnográfico com pessoas com deficiência visual em Cuiabá-MT entre os anos de 2017 e 2019. Os contextos contemplados foram a Biblioteca Pública Estadual Estevão de Mendonça, o Instituto de Cegos do Estado de Mato Grosso (Icemat) e o Centro de Apoio e Suporte à Inclusão da Educação Especial (Casies). A partir das primeiras inquietações sentidas em campo, buscou-se pensar a diferença entre “perder a visão” e “tornar-se cego”. Como desdobramentos desse fenômeno cultural e simbólico, aprofundo a análise em dois enfoques teórico-conceituais: na aprendizagem e na subjetividade. Para tanto, recorreu-se às discussões em torno a) dos rituais de passagem (VAN GENNEP, 1978) e da ideia de liminaridade (TURNER, 1974); b) da aprendizagem na prática, da participação periférica legítima e da comunidade de prática (LAVE; WENGER, 1991; LAVE, 2015); c) da subjetividade e agência (ORTNER, 2006, 2007a, 2007b). As principais conclusões da pesquisa são I) de que parar de enxergar não significa que a pessoa se torna cega. Não é apenas um fator biológico, mas um fenômeno atravessado pelas dinâmicas sociais e simbólicas vivenciadas pelo sujeito; II) de que as aprendizagens desse movimento não acontecem dentro do conteúdo programático-cognitivo das instituições educacionais; III) de que a ideia de “aceitação” é insuficiente para apreender o movimento entre perder a visão e “seguir com a vida”, posto que a travessia se apresenta por um caminho social e simbolicamente denso, dramático em torno da vivência anterior e posterior à perda da acuidade visual.
Resumo em lingua estrangeira: This research was based on an ethnographic study with people with visual impairments in Cuiabá-MT between the years 2017 and 2019. The contexts contemplated were the State Public Library Estevão de Mendonça, the Instituto de Cegos do Estado de Mato Grosso (Icemat) and the Centro de Apoio e Suporte à Inclusão da Educação Especial (Casies). From the first concerns felt in the field, we tried to think about the difference between “losing sight” and “becoming blind”. As a result of this cultural and symbolic phenomenon, I deepen the analysis in two theoretical-conceptual approaches: learning and subjectivity. With this objective, the present debates were used: a) the rituals of passage (VAN GENNEP, 1978) and the idea of liminality (TURNER, 1974); b) learning in practice, legitimate peripheral participation and community of practice (LAVE; WENGER, 1991; LAVE, 2015); c) subjectivity and agency (ORTNER, 2006, 2007a, 2007b). The main conclusions of the research are I) that losing sight does not mean that the person becomes blind. It is not just a biological factor, it is a phenomenon crossed by the social and symbolic dynamics experienced by the subject; II) the learning of this movement does not happen within the programmatic-cognitive content of educational institutions; III) the idea of “acceptance” is insufficient to apprehend the movement between losing sight and “going on with life”, since the process presents itself in a socially and symbolically dense, dramatic path around the experience before and after the loss of visual acuity.
Palavra-chave: Cegueira
Liminaridade
Aprendizagem na prática
Subjetividade
Palavra-chave em lingua estrangeira: Blindness
Liminality
Learning in practice
Subjectivity
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ANTROPOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
Sigla da instituição: UFMT CUC - Cuiabá
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS)
Programa: Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social
Referência: YAMAMURA, Leonardo Bueno. Torna-se cego: liminaridade, aprendizagem e subjetividade entre pessoas com deficiência visual em Cuiabá/MT. 2020. 128 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) - Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Cuiabá, 2020.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://ri.ufmt.br/handle/1/2681
Data defesa documento: 4-Aug-2020
Aparece na(s) coleção(ções):CUC – ICHS – PPGAS – Dissertações de mestrado

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