Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://ri.ufmt.br/handle/1/6153
Tipo documento: Dissertação
Título: Resistência térmica de Escherichia coli produtora de toxina Shiga em carne bovina brasileira
Autor(es): Machado, Maxsueli Aparecida Moura
Orientador(a): Figueiredo, Eduardo Eustáquio de Souza
Membro da Banca: Figueiredo, Eduardo Eustáquio de Souza
Membro da Banca: Conte Junior, Carlos Adam
Membro da Banca: Vieira, Bruno Serpa
Membro da Banca: Carvalho, Ricardo César Tavares
Resumo : Escherichia coli produtora de toxina Shiga (STEC) é um patógeno importante em saúde pública, uma vez que está relacionado a quadros de infecções alimentares graves. O risco dessas infecções aumenta quando esse sorogrupo apresenta resistência às temperaturas recomendadas de manutenção e cozimento doméstico (entre 60° e 71°C). Estudos têm demonstrado a ocorrência de marcadores gênicos, inseridos em uma ilha móvel denominada loccus of heat resistance (LHR), em parcela significativa de cepas altamente resistentes, embora se desconheça a incidência de LHR no Brasil. Assim, este estudo teve por objetivo realizar uma primeira caracterização de E coli STEC no Brasil, relatada para resistência térmica e presença do LHR. Para tanto, 22 isolados de E. coli STEC de carcaças e carne bovina foram cultivados em caldo Luria Bertani (LB) sob diferentes desafios de sobrevivência (60 °C/ 0, 6, 12, 18 e 24min e 71°C/ 0 e 6 min). A concentração de bactérias viáveis foi determinada antes e após os períodos de desafio. Além disso, análise de PCR foi conduzida para identificação do LHR em todos os isolados. Os resultados revelaram a presença do LHR em 4/22 isolados (18,18%), sendo que dois desses isolados apresentaram alta resistência térmica em relação a todos os isolados avaliados, e os outros dois apresentaram moderada resistência. Para as cepas que foram sensíveis, determinamos que apenas incubando-as pelo tempo necessário para chegar a 60 °C (come up time) foi suficiente, e isso aceleraria a identificação de isolados resistentes ao calor em estudos futuros. No entanto, todas as cepas que mostraram alta resistência (60 °C/6 min) foram sensíveis a 71 °C (temperatura estabelecida como segura para cocção de alimentos de acordo com o USDA e próxima da recomendada para cocção de alimentos pela ANVISA- Brasil). Em nosso estudo identificamos alta proporção de isolados LHR positivos quando comparado a estudos em climas frios, o que pode indicar uma seleção natural da resistência térmica devido ao clima tropical do Brasil. Esse estudo representa uma primeira avaliação da resistência térmica de STEC no Brasil e demonstra que cepas de alta resistência térmica podem sobreviver em alimentos prontos para o consumo armazenados a 60 °C.
Resumo em lingua estrangeira: Shiga toxin-producing Escherichia coli (STEC) is an important pathogen in public health as it related to severe food-borne infections. The risk of these infections increases when STEC have high thermal resistance (between 60° and 71°C). Studies have shown the occurrence of gene markers inserted in a mobile island called locus of heat resistance (LHR) in a significant portion of highly heat-resistant strains, but there is no data of LHR incidence in Brazil. So, in this study we performed the first characterization of STEC heat resistance in Brazil with detection of LHR. For this, 22 strains of E. coli STEC randomly selected from carcasses and beef were grown in Luria Bertani broth (LB) under different survival challenges (60 °C/ 0, 6, 12, 18 and 24 min and 71 °C/ 0 and 6 min). The concentration of viable bacteria was determined before and after the challenge periods, with PCR analysis conducted to detect the LHR in all isolates. The LHR was in 4/22 strains (18.18%), with 2 of these strains having the highest heat resistance of all isolates evaluated and the other two having moderate heat resistance. For heat-sensitive strains, we determined that they could be identified by incubating only for the time required for the culture to reach 60 °C, which would speed identification of heat-resistant isolates in future studies. However, all strains that showed high resistance (60 °C up to 6 min) were sensitive to 71 °C (temperature established as safe for food cooking according to USDA and close to that established for food cooking in ANVISA- Brazil). In our study, we identified a high proportion of LHR-positive isolates compared to studies in colder climates may indicate selection for heat resistance by the tropical climate of Brazil. This study represents a first evaluation of STEC heat resistance in Brazil and demonstrates that heat-resistant strains could survive in ready-to-eat foods stored at 60 °C.
Palavra-chave: Escherichia coli
STEC
Loccus of heat resistance
Processamento térmico
Resistência térmica
Palavra-chave em lingua estrangeira: Escherichia coli
STEC
Loccus of heat resistance
Hermal processing
Heat resistance
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
Sigla da instituição: UFMT CUC - Cuiabá
Departamento: Faculdade de Nutrição (FANUT)
Programa: Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Alimentos e Metabolismo
Referência: MACHADO, Maxsueli Aparecida Moura. Resistência térmica de Escherichia coli produtora de toxina Shiga em carne bovina brasileira. 2020. 53 f. Dissertação (Mestrado em Nutrição, Alimentos e Metabolismo) - Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Nutrição, Cuiabá, 2020.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://ri.ufmt.br/handle/1/6153
Data defesa documento: 16-Dez-2020
Aparece na(s) coleção(ções):CUC - FANUT - PPGNAM - Dissertações de mestrado

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